Capitulo 36

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Fernanda

— Eu vim vê meu ex marido, ou não sou mais nada pra você? – ela estava triste? Não conhecia acreditar nessa tristeza!

— Larissa, se toca! Tu meteu o pé na hora que o bagulho esquentou, agora estou feliz, então rala, some do meu morro!

— Tu tá me estranhando JV? – ué, ela não o chamava de Vitor?

— Não estou não! Eu só quero que tu vaze!

— Todos os anos que passamos juntos não foi nada pra tu não? Eu já vim aqui cheia de moral, explicar os bagulho que aconteceu e você mete o louco!

— Tem explicação não, se tu quiser cola lá na casa do teus chegado mas não ronda e titica nas minhas ideias não, se controla.

— Você está assim por conta dessa aí? – agora foi a hora que ela meteu quem estava quieta na história, a não!!!!

— To tranquilão com minha mulher, não quero problema e tu cheira a problema minha filha.

Ela olhou pra ele com cara de indignada e meteu o pé, a respiração dele estava ofegante e eu sabia o que significava, ele estava surpreso ou talvez arrependido de ter trato ela de tal forma.

— Tu tá tranquila? – fiz sinal de beleza com a mão e subi pro quarto, mas dessa vez não era pro nosso, era o de hóspedes o lugar que eu deveria ter entrado desde o dia que pisei nessa casa, tranquei a porta e me fingi de surda enquanto ele berrava lá na porta.

Não durou muito tempo e eu só ouvi a porta da sala bater, ele tinha saído! Eu estava puta, decepcionada porém satisfeita, eu estava descobrindo coisas que lá na frente poderia ser pior, eu ainda posso fugir de tudo isso e fingir que nada aconteceu, que eu nunca fiz parte da vida dele.

Meus olhos ardiam só de pensar em tudo que estava acontecendo e sabe o pior? Meu coração, ele doía tanto, que era desesperador, eu coloquei a mão sobre a minha barriga e senti uma paz tão grande, uma sensação única e foi ali que eu descobrir que eu já era mãe, eu já tinha um sentimento de mãe, e o que estava ali era meu filho... você não vira mãe porque tem um bebê na sua barriga, você vira mãe quando você se aceita como uma, era único, encantador é perfeito.

— A mamãe te ama meu amor, eu vou te proteger com a minha vida. – ali mesmo, chorei, amei e adormeci em meio de turbilhões de pensamento.

Vitor

Tá ligado quando uma pessoa chega na tua vida e transforma a porra toda? Foi quando Larissa chegou, ela era toda dada, fazia qualquer um da risada fácil, a mina era descomplicada, não tinha erro, foi aquele pente e rala, mas não ralo não, a gente foi ficando e quando menos esperavam ela era minha fiel aqui no morro, tá ligado que os bagulho pra bandido é complicado, nós nunca se entrega, nunca se cria, nunca faz a intimidade rolar a gente simplesmente vai metendo, Larissa conheceu tudo, meus ponto fraco, meus pontos forte e foi com tudo isso que ela me destruiu, quando um policial filho de uma puta falou que se ela desse pra ele a ficha dela tava limpa, tá ligada que mulher de bandido é fichada, principalmente quando os cana são foda... foi isso que Larissa fez, foi lá e sentou pro cara, ele filmou e jogou tudinho na boca da favela, na moral ela quis pagar de doida e falar que ele tinha estuprado ela é pá, mas eu to ligado que não, ela tava gostando e o pior foi que ela não sentou uma vez só, foram varias... então botei ela pra correr, na moral eu deveria ter queimado, mas quando vi a mãe dela ajoelhada no meus pés implorando, ficou um bagulho doido e mandei ela rala, ela obedeceu e depois de 2 anos ela tá aqui atormentando.

— Tá nervoso ai porque? – Adriel colo do meu lado e entregou um verdinho pra mim.

— Tu não tá ligado que a Larissa voltou.

Ele já meteu o zoião na cara e ficou olhando pro nada.

— Na moral, manda ela rala, tu tá com tua mina, grávida e suave, Larissa é o cão ela vai fazer um inferno nessa porra JV.

— Ela já colou lá na minha goma e meteu o louco, na moral Fernanda se trancou no quarto e nem quis papo comigo. – soltei a fumaça de vagar pra relaxar.

— Tu tá afim dessa mina ai ainda? – ele me olhou negando com a cabeça.

— Tá de ideia errada porra? Eu não tenho essas na minha vida não, essa porra que morra pra lá, ela meteu o pé só pra livrar um bagulho que ela sabia que nunca ia cair na casa dela.

— Tu deixou a menina vaza Vitor, se liga nessas duas ideias, ela foi traíra, x9 morou? Tu nem sabe se ela não tá aqui a mando desses cana.

Eu olhei pra ele e fui em direção às bebidas, peguei um Whisky e taquei pra dentro com tudo, na moral tava pesadão minha mente, o bagulho girava todinho, minhas ideias tava doidona já.

— Jaé JV, vou colar lá em casa, Lais já ligou brabona que eu to devendo a porra de um açaí pra aquela vagabunda.

— Chama minha prima de vagabunda não porra. – ele deu risada e fez um toque de mano a mano comigo.

Eu estava sentando olhando pro nada e pensando na porra toda que tava rolando, se Larissa colar na minha frente vou mandar bala nela to nem vendo que ela vem me tontear.

— JV? – era ela, na moral, já tava doido então minha mente já lotou de parada, os bagulho que Adriel tinha me falado, as lembranças.

— Some daqui vagabunda, estouro tua cara todinha na bala.

— Eu só vim conversar com você!

— Não quero conversar com vagabunda, cai fora. – ela me olhou incrédula e veio pra cima de mim e se jogou no meu colo.

— Eu quero tu, fica comigo só essa noite!

Eu a encarei, olhei pros peito dela e o bagulho ficou doido!

Diante do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora