She Will Be Loved (Camren)

54 - I'm sorry, i love you

GENTEEEE KKKKKKKKK demorei anos pra atualizar, mas o capítulo do aviso bugou e por algum motivo ele aparece após o capítulo que anuncio que vou postar, locura kkkkk

Enfim, escrevi essezinho na super correria, mas de coração, me deu uma onda de inspiração muito forte e eu tô na aula publicando isso! Por esse motivo, perdoem meus erros de ortografia e não desistam de mim.
Comecei a escrever de madrugada, e acabei de terminar. Tô deixando aqui na mídia a musiquinha que ouvi escrevendo ele, e uma outra que também ouvi foi "If You Santos Love - NF ".

Enjoy.

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Uma crise de ansiedade em um momento crítico ou de perigo era de praxe para Camila. Acontecia cada vez mais frequentemente, conforme os anos se passavam, e cada vez por coisas mais bobas. Como quando quando envolveu-se numa briga de trânsito, ou quando tinha discussões sérias com Lauren, e até mesmo quando algo não saía como planejado. Aos poucos, Camila perdia o controle de suas emoções, e algo como a ansiedade, que praticamente não se manifestava, agora toma conta de seu corpo em quaisquer ocasiões que causem à latina o mínimo de estresse.

Ter que dirigir em meio à um trânsito pesado, com o pensamento de alguém a perseguindo não a ajudava a controlar essas sensações. Ainda mais tendo sua família dentro do carro, e somente sua casa para recorrer. Considerando a fala de Lauren antes de entrarem no carro, Camila não precisaria dirigir, muito menos com tal pensamento. Porque, de fato, não passava de apenas um pensamento. Simplesmente não havia carro nenhum atrás delas, e já haviam percorrido o perímetro do que seria equivalente a quase 1/3 da cidade, enrolando pelas ruas, ao que variava bruscamente entre 70 e 90km/h, para ir para casa. Camila somente deu meia volta porque o tanque estava quase vazio, e, segundo sua mente comprometida, parar para abastecer era mais perigoso do que ir para casa.

Horas mais tarde, após chegarem e cuidarem das crianças, Camila ainda sentia aquele aperto no peito. Havia certa dificuldade em sua respiração, mas nada que a incomodasse demais. Levou tempo e muita paciência da parte de Lauren para lidar com uma crise tão forte, mas a hispânica soube controlar a situação.

Naquela noite, Camila sequer pregou os olhos. Passava das duas da manhã, e tudo que ela fazia era volta e meia checar portas, janelas e os cômodos. Da pequena varanda do quarto de hóspedes, que praticamente havia se tornado um quarto de brinquedos, ela observava o céu e vigiava seu jardim. Embora sua mente lhe dissesse que aquilo era inútil, ela continuava ali. Também não era como se Camila tivesse outra opção, seu sono simplesmente não vinha. O máximo que ela poderia fazer era assistir televisão, mas nem isso conseguia. O livro jogado ao lado da espreguiçadeira em que estava recostada era prova disso.

Era uma noite bastante fria, ainda mais pelo horário e pelas recorrentes nevascas, mas não nevava naquele momento. Havia, porém, certa condensação nas janelas, que Camila esperava e observava pacientemente as gotinhas de água acumuladas se congelando conforme as horas passavam e a temperatura caía. Apesar do grande frio, o que naturalmente faz boa parte da fauna do local se esconder, a presença animal naquela noite ainda era bastante perceptível. Talvez fosse apenas pelo grande silêncio da madrugada, ou pela forte atenção de Camila, mas ela ouvia ao longe algumas corujas e quem sabe grilos. Ou talvez fossem cigarras. Ela nunca soube diferenciá-los.

As árvores balançavam sutilmente conforme o vento soprava, sacudindo as folhas e colidindo alguns galhos. A latina gostava de imaginar que alguns daqueles sons era provocados por pequenos animaizinhos naturais daquele local, mas ela sabia que era praticamente impossível.

Por cima daqueles incríveis sons, a porta do quarto rangeu, e logo em seguida um brinquedo foi chutado. Lauren tinha passos leves, ainda mais quando seus filhos estavam dormindo. Por mais que Camila se concentrasse, mal podia ouvir sua movimentação até que chegasse na varanda.