Capítulo 27

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Oi pessoal, tudo bem? :)
Eu queria agradecer os desejos de feliz ano novo e dizer que estou bastante feliz com o resultado que essa história está tendo e com os comentários também. Por ser um assunto meio "tabu", eu não imaginava que teria um alcance tão grande. Por isso estou mais uma vez agradecendo pela oportunidade de mostrar outro tipo de amor e que é tão válido quanto qualquer outro :)
Muito obrigada e vamos com mais um capítulo  <3

ELLIOT

Encaro a tela do celular como se estivesse vendo um gnomo bem a minha frente. Por que, sinceramente, ler essas palavras depois de praticamente dois meses é quase coisa de outro mundo.

Meu coração dá um salto em expectativa e as poucas esperanças que eu mantinha se renovam de imediato. Quando pensei que nossos esforços não seriam recompensados, enfim, uma resposta.

Foram tantas flores e cartões (sim, nós resolvemos continuar com a ideia que Vince deu) que, mais do que transformar a casa dela em uma floricultura, temi termos ultrapassado a linha e nos tornado insuportáveis.

Felizmente, considerando essa mensagem, não foi o que aconteceu.

Levanto de supetão, pronto para ir atrás de Christopher e contar sobre as boas novas, mas sequer preciso dar um passo fora do quarto, pois, encontro-o parado na porta e com a mesma expressão surpresa que provavelmente eu estou fazendo.

E ao notar o celular em sua mão, fica claro que, sim, ele também recebeu.

- Você recebeu? – ele pergunta.

- Sim.

Ficamos calados, um observando o outro, sem saber realmente como reagir. Oh, droga! Nós parecemos dois idiotas. Nem a sombra dos homens de quase trinta anos que somos e sim dois adolescentes prestes a ter o primeiro encontro.

Eu até riria da semelhança inusitada que essa situação tem com a que vivi quatro anos atrás ao conhecer Christopher e em como me senti desajeitado. Isso se não estivesse outra vez me sentindo desajeitado e pateticamente ansioso.

Por sorte, eu não sou o único.

- O que faremos? – ele indaga, se aproximando -  Ela aceitou conversar.

- Bem, o que propomos. Um jantar. – dou de ombros – Vamos marcar um dia e recebê-la aqui em casa. E então...

- Não acha que esse assunto deveria ficar para um outro encontro? – questiona pensativo – Podemos assustá-la assim.

- Eu sei. Mas acho que devemos ser sinceros e diretos. Arrastar ou esconder as nossas intenções seria uma tolice.

- Tem razão. – ele suspira – Melhor colocarmos todas as cartas na mesa.

Concordo e, apesar do breve silêncio que recai no quarto, engatamos uma conversa logo em seguida para decidir o que fazer. Estamos ambos sentados na beira da cama, com os celulares em mãos, pensando em como responder a ela. E não demora muito para que nós dois estejamos simultaneamente digitando um dia e horário para que venha em casa.

Ainda que a espera tenha sido longa e nós aprendido a ser pacientes, agora temos pressa, e marcamos para daqui a dois dias o nosso reencontro. Se dará tempo de organizar um jantar decente, bem, isso não sabemos. Tudo o que interessa é que ela aceitou e estamos loucos para vê-la.

Loucos para tê-la entre nós.

Se Yanna vai ou não aceitar a proposta maluca de entrar nesse arranjo conosco, também é algo que não sabemos. Mas temos a esperança de que os seus sentimentos sejam recíprocos aos nossos.

Tanto Christopher quanto eu estamos enferrujados no quesito romantismo. Isso porque somos um casal à quatro anos e vemos em nosso vínculo, nas pequenas coisas juntos, o romance que nos mantém unidos até hoje. Temos os nossos momentos, claro, mas preferimos demonstrar em atos mais simples.

À TrêsOnde histórias criam vida. Descubra agora