Oi pessoal, tudo bem? Demorei, mas cheguei com SETE MIL PALAVRAS kkk
Antes de qualquer coisa, eu gostaria de avisar que esse capítulo em questão é meio pesado, por conta do que será abordado nele e tudo mais. Então, bom, eu só gostaria de avisa isso antes de vcs lerem.
BRYAN
Fotografar sempre foi a minha paixão.
Capturar momentos, pessoas, histórias ou simplesmente a paisagem. Sim, eu sempre gostei disso e nunca tive dúvidas de que era o que eu queria para a minha vida.
Ganhei a minha primeira câmera aos doze anos de idade e não parei de fotografar desde então. Virei o fotógrafo oficial dos eventos em família e de tudo o que eu poderia registrar, fosse na escola ou em qualquer outro lugar. Um verdadeiro aficionado. Logo, não foi surpresa para ninguém quando falei que iria cursar a faculdade de fotografia. Acho que todos ficariam chocados se eu não o fizesse.
Naquela época, ainda morávamos em outro país e eu prestei o vestibular para a universidade que oferecia o melhor currículo, e consegui passar em uma ótima qualificação. Minha família apoiou e ficou bastante feliz e, no semestre seguinte, eu comecei a estudar. Estava dando mais um passo para realizar o meu sonho.
Só o que eu não sabia era que a universidade mudaria completamente a minha vida e não necessariamente no âmbito que eu imaginava. Foi muito além do que o esperado.
Eu a conheci por causa de um trabalho em conjunto que o professor de 'processos gráficos' propôs com a turma de calouros do curso de letras. Nos reunimos na biblioteca do campus e seu cabelo escandalosamente laranja foi a primeira coisa em que reparei, destacando-se em meio a sobriedade dos móveis e as pilhas de livros. Era um ponto colorido entre todas as cabeleiras comuns, incluindo a minha.
Chamava muita atenção.
No entanto, ela parecia não ligar nem um pouco para os olhares que recebia, agindo como se fosse apenas algo tão natural quanto os meus fios loiros. Era engraçado e ao mesmo tempo fascinante. Talvez até mesmo um pouco intrigante - e instigante.
Por isso, eu não pensei duas vezes em dar um jeito para fazer dupla com ela. Foi assim que descobri que seu nome era Yanna e fui atingido por seus olhos verdes. Tão expressivos e cheios de vida. Eram os mais lindos que já tivera o prazer de ver.
Nós começamos a conversar despretensiosamente e toda a sua espontaneidade me cativou. Ela era uma amante do mundo, tão sonhadora e jovem, um sopro de alegria. Nossas ideias batiam de uma forma assustadora e não demorou muito para que eu me visse completamente fascinado. Graças àquele trabalho, nós viramos amigos.
Mas eu sabia, no momento em que sai daquela biblioteca, que não seria apenas amizade.
Fomos gradativamente nos aproximando um do outro. Nos encontrávamos para comer juntos, às vezes só para papear, ou trocar opiniões sobre os nossos trabalhos. Saíamos com os colegas da universidade, talvez como desculpa para estarmos próximos enquanto ainda não tínhamos coragem para dar o passo seguinte. O que ainda levou alguns meses. A amizade foi se transformando em algo maior.
Grande o suficiente para tomar tudo de mim.
Quando o nosso primeiro encontro aconteceu, eu estava tão nervoso que chegava a ser patético. Até hoje, eu lembro o quanto Yanna estava deslumbrante em um vestido de verão vermelho. Ela havia mudado a cor dos cabelos. Meu coração batia rápido demais diante da imagem dela, que eu pensei ter parado de respirar por um instante.
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À Três
RomansaO amor tem várias faces, vários jeitos, várias interpretações. O coração não faz distinções, não escolhe entre o que é certo ou errado, assim como às vezes não se limita a querer apenas uma pessoa. Mas será que é realmente possível gostar de mais de...