Oi gente! :)
Esse é o primeiro recadinho que eu deixo aqui e é para, mais do que anunciar esse capítulo surpresa como presente de ano novo, desejar a todos que estão lendo essa história um feliz ano novo e que 2019 seja chego de lindas realizações para todos ❤
Mais uma vez obrigada por estarem acompanhando e continuarei fazendo o meu melhor pra trazer ótimas histórias para vocês. Beijos! :*CHRISTOPHER
O plano era simples: convidá-la para jantar e colocar tudo à limpo. Mas, definitivamente, a teoria é muito mais fácil do que a prática. Infinitamente mais fácil. Ainda me pergunto se foi uma boa ter escutado e seguido as sugestões de Vince ao invés de pensarmos sozinhos em uma maneira de nos reaproximarmos.
Não que enviar as rosas tenha sido uma ideia ruim. Pelo contrário, de início soou perfeita. Porém, levando em conta que ela ainda não entrou em contato com nenhum de nós, talvez devêssemos ter ponderado um pouco mais antes de entrar em ação.
Se bem que nossas ideias sem Vince foram bem ruins. Primeiro pensamos em ir até o apartamento dela, mas um enfrentamento direto talvez levasse a outra discussão. Então descartamos; a segunda alternativa era ligar. Contudo, considerando que ela não ligou, atender também seria difícil. Ou seja, nada que fosse realmente ter algum resultado.
Vamos lá, somos dois homens em um relacionamento, os problemas que temos são facilmente resolvidos, seja no diálogo ou na base do soco (sim, isso já aconteceu). Faz tempo que não nos envolvemos com uma mulher (nesse caso é ainda mais complicado por se tratar da mesma) e estamos enferrujados em lidar com o sexo feminino além do prazer. A premissa talvez até pareça a mesma, ao menos em relação ao diálogo, mas nenhum de nós seria louco de pensar em levantar a mão para ela. Logo, dá para entender o porque de estarmos tão travados e inquietos.
Por isso Elliot achou que seria válido perguntarmos a alguém que vive cercado de mulheres e sabe como tratá-las, sobre o que fazer para reconquistar uma, e foi nessa que Vince entrou. Mas, convenhamos, estamos falando de Vince Bennett. Não que ele seja um canalha, só que o cara troca de “namorada” mais rápido do que troca de cor de cabelo. Eu até fiquei surpreso quando ele sugeriu que enviássemos o convite e as rosas, afinal, romance não é muito a praia dele.
Sem contar que explicar a história para ele foi uma dor de cabeça. Admito que a expressão que soltou foi realmente engraçada. Nunca imaginei que alguém como Vince conseguisse ficar tão desconcertado. Ele entende de relacionamentos casuais e ménage, quiçá um pouco de romantismo barato, mas sequer cogitou a vida toda que três pessoas poderiam se envolver sentimentalmente.
Acho que esse ainda é um nível muito avançado para a cabeça oca dele.
De qualquer forma, não deu certo e voltamos a estaca zero (ao menos por enquanto). Forçar e acuar não são opções. Apesar de querermos mostrar que estamos arrependidos e abertos, queremos que Yanna venha por sua própria vontade. Até por que, pressioná-la seria muito pior. Pois, além de não ser uma reciprocidade sincera, ela viria somente para colocar os “pontos nos i's” e acabaria nisso.
O que não é a nossa intensão.
Então, num consenso, resolvemos dar um tempo e retomarmos os planos assim que as festas de final de ano passarem. Não há muito o que fazer além de esperar, apesar de estarmos ansiosos para tê-la de volta.
Elliot e eu geralmente comemoramos o Natal em um encontro, que termina com nós dois suados em nossa cama. E quanto ao ano novo, apesar de ser mais comum comemorarmos o Seollal (ano novo lunar) na Coreia com os parentes de sua mãe, que acontece em fevereiro, também comemoramos no estilo ocidental. Não é com a mesma importância que damos ao feriado de três dias do Seollal, mas aproveitamos para reunir os amigos e beber acompanhados de boa comida.
Yoan virá da Itália para um trabalho e ficará hospedado em nosso apartamento. Portanto, vai passar a virada do ano conosco, bem como Vince. A mãe de Elliot possivelmente também venha, mas não é certeza, já que o meu namorado comentou que ela está de paquera com um senhor que a ajuda no voluntariado.
No entanto, quem nós de fato desejávamos que estivesse presente sequer deu sinais de vida. O que é preocupante, mas compreensível. Ela provavelmente não quer nos ver nem pintados de ouro.
Vamos dar tempo ao tempo.
Como falta menos de uma semana para o Natal, Elliot e eu começamos a planejar o que faremos na data. Ele terá uma apresentação de caridade à fim de arrecadar dinheiro para instituições que ajudam crianças, e depois disso teremos a noite só para nós. Pela agenda que não bate, faz meses que não o vejo dançar em um palco e não vou perder a oportunidade.
Eu amo ver o meu homem dançar.
Especialmente quando o tema da apresentação em questão é O Quebra Nozes (como em todos os anos). Elliot fica tão sexy com aquela farda de soldado, que o meu fetiche derivou disso. Seria maravilhoso se Yanna pudesse assistir também, pois, não duvido que ela começaria a compartilhar esse fetiche comigo. Quem sabe mais para a frente.
Termino de enviar os e-mails com trabalhos que finalizei na semana e estou livre para descansar até que o próximo ano se inicie. O bom de ser freelancer as vezes é que posso fazer o meu cronograma e assim encaixar os serviços de modo que não atrapalhe os meus planos. O ruim é que não tenho certeza de porra nenhuma. De quanto receberei no próximo mês ou se conseguirei algum trabalho.
A sorte é que minha demanda é grande e eu lido com diferentes tipos de fotografias, das mais simples até mesmo ser escalado para cobrir conflitos em outros países para algum jornal. Por isso tomei a liberdade de continuar sem vínculo com agências ou estúdios. Além do que, para mim, fotografia é muito mais do que dinheiro.
Fecho o notebook e alongo as costas ainda sentado na cadeira, ouvindo o som nítido de um estalo. Olho ao redor para conferir o estado do meu estúdio e suspiro ciente de que devo fazer uma faxina o mais rápido possível. Elliot vai encher o meu saco se descobri que adiei outra vez a limpeza (embora esteja na cara que ele já sabe disso e simplesmente preferiu ignorar).
Saio do estúdio e vou a procura do meu namorado. Encontro-o colocando as roupas na lavadora e me repreendo mentalmente ao lembrar que eu deveria estar fazendo isso, pois é a minha vez na semana. Meu suspiro chama sua atenção.
- Eli, deixa que eu termino.
- Está tudo bem. – sorri – Você estava ocupado e eu não tinha nada para fazer. De qualquer forma, já terminei aqui.
Levanta e aperta o botão para lavar. Dou um tapa em seu traseiro quando passa por mim, indo para a cozinha. Ele sorri.
- E o ensaio? – pergunto.
- Acabei por hoje e vou tirar o resto da semana para descansar até a apresentação.
- Estou louco para vê-lo com aquela farda.
- Você já me viu daquele jeito milhares de vezes. - dá risada – Não cansa, não?
- Definitivamente não! E ainda vou convencê-lo a comprar um uniforme daquele.
- Vai sonhando...!
- Qual é? O que eu tenho que fazer para te persuadir a comprar um?
- Poderia começar arrumando aquela baderna que chama de estúdio. O que acha?
Respiro fundo com sua indireta e uso a tática de mudar o assunto comentando:
- Yoan chega dia 28.
- Eu sei. Temos que preparar o sofá-cama.
- Farei isso. E a sua mãe?
- Ainda não deu certeza. Mas estou quase certo de que ele não virá.
- Será que ela vai engatar um namoro depois de tanto tempo?
- Sinceramente, eu não sei. Mas gostaria de vê-la amando outra vez e em um relacionamento. Sei que não será como foi com o meu pai, mas ainda assim...
- Eu entendo, querido. O melhor a fazer é dar o tempo dela. Pelo o que contou, seus pais se amavam muito e não deve ser fácil.
- Eu sei. – ele suspira profundamente e se aproxima, parando no meio das minhas pernas. Seus lábios beijam suavemente os meus – E falando em dar espaço, você acha melhor guardarmos os presentes que compramos para a Yanna? Ou devemos enviar como fizemos com as rosas?
- Vamos esperar. Podemos entregar quando ela vir jantar aqui em casa.
- Se ela vier. Por que estou começando a duvidar que isso aconteça.
- Eu sei que ela virá. Só temos que ser mais pacientes.
Ele concorda e, dando-me outro beijo, diz:
– Você faz o jantar hoje.
- Pode deixar.
- E agora vá arrumar o estúdio.
Suspiro cansado. Sem escapatória. A conversa termina comigo fazendo faxina.
A véspera de Natal chega num piscar de olhos e estou mais do que ansioso para assistir Elliot performar. No decorrer da tarde acertamos os detalhes do que faremos depois da apresentação e saímos de casa rumo ao Madison Square Park um pouco depois das seis. O espetáculo está programado para começar as oito, mas ele ainda precisa se arrumar e vestir aquela bendita farda que me deixa excitadíssimo.
Eu ainda vou fazer ele comprar uma.
Assim que encontro uma vaga para estacionar e o faço, deixo um aperto gentil e discreto na mão do meu namorado e lhe dou um sorriso. Infelizmente, com tantas pessoas ao redor, eu não posso fazer o que realmente tenho vontade, que é beijar seus lábios desejando boa sorte (ainda que eu saiba que ele será perfeito como sempre).
Elliot pega outra direção e nos separamos na área do palco. Ele vai para a parte de trás enquanto eu vou em busca de um lugar bom para assistir. Apesar de ainda estar cedo, o movimento é grande devido a data, especialmente daqueles que já querem ficar para ver o espetáculo; me embrenho entre as pessoas para me aproximar ao máximo do palco e consigo ficar na grade.
Todos os anos, ao menos os que estou com Eli, a companhia de dança na qual trabalha organiza o espetáculo para ajudar a arrecadar fundos para instituições que ajudam crianças e até idosos em condições mais carentes. Meu namorado adora participar e conquistou o papel principal faz uns dois anos. O foda é que sua parceira seja sempre a Emma. Eu não tenho nada contra a garota, ela é uma excelente bailarina e bonita. Em outros tempos eu até o incitaria, isso se não tivesse a impressão de que ela só o deseja por que não sabe da verdade e que ele jamais aprovaria se envolver com alguém do seu ambiente de trabalho.
A apresentação começa após mais ou menos uma hora. O cenário está impecável e os bailarinos também, mas obviamente os meus olhos estão presos em uma única pessoa, que dança com se estivesse flutuando no palco. E, porra, o que dizer daquele uniforme de soldado?
Elliot transparece tantas emoções com apenas alguns movimentos, que é praticamente impossível não prestar atenção. Ele parece realmente um príncipe. O meu príncipe. Os cabelos louros bem penteados e a expressão serena, apesar de eu saber que está dando tudo de si.
Quem o vê assim, esbanjando confiança, sequer imagina que ele fica apavorado todas as vezes antes de entrar no palco.
Embora eu não entenda muito de dança, mesmo sendo noivo de um bailarino, tenho consciência de que chegar a um nível desses requer anos de treino e muito esforço. O que não falta para ele.
E paixão. Ele é apaixonado pelo que faz.
A plateia explode em aplausos e eu sorrio todo orgulhoso. Elliot realmente nasceu para dançar. Por um breve instante nos agradecimentos, vejo que seus olhos procuram por mim e aceno chamando a sua atenção. Ele abre um sorriso e dá uma piscadinha cúmplice e cheia de intenções.
Por um momento, mais do que imaginar a noite incrível que teremos, outro pensamento atravessa a minha mente:
Eu queria que ela estivesse aqui.
[...]
Receber os amigos em casa é uma das coisas que Elliot e eu mais gostamos, mesmo quando se trata do ranzinza Yoan e do degenerado Vince. Eles são nossos melhores amigos, nos conhecemos à anos, e o mais legal é que sabemos que até o final da noite o Yoan estará xingando porque o Vi provavelmente vai irritá-lo até o limite (talvez eu ponha lenha na fogueira de vez em quando, porém, nada muito grave).
Como o esperado, a minha sogra não virá passar a virada conosco. Pelo jeito, as coisas com o tal colega de voluntariado estão progredindo, já que vão comemorar juntos em Hershey. Assim como o meu namorado disse, também quero vê-la feliz e espero de coração que esse homem possa dar a ela o que merece. Caso contrário, bem, acho que Elliot e eu teremos uma conversinha particular com ele.
Compramos vários engradados de cerveja, algumas garrafas de tequila e preparamos petiscos variados. Yoan ajudou a cozinhar e Vince ficou encarregado da organização, visto que ele é um perigo perto de um fogão.
Sentados na sala e com as bebidas em mãos, tigelas em torno da mesa improvisada e ao som de uma música qualquer do Queen, relembramos algumas de nossas histórias mais hilárias e vergonhosas. Coisas que fizemos na época de colegial e achávamos ser sensacionais, mas que se tornaram constrangedoras.
Com o braço ao redor dos ombros de Elliot e relaxado, dou um gole na cerveja enquanto Vince conta algo que os dois fizeram um pouco antes da formatura e todos nós caímos na risada. Apesar de estar nevando e a temperatura caindo cada dia mais, o clima no apartamento é bem quente e acolhedor. Tudo estaria perfeito se não fosse por um detalhe. Viro para o meu namorado e a troca de olhares que temos dá a entender que ele sente o mesmo.
Ficamos nos observando por uns segundos, até que a voz de Vi nos traz à tona.
- Eles disseram que estão apaixonados pela mesma mulher?
Eli engasga com a cerveja e eu quase cuspo o gole que acabo de tomar. Nós dois encaramos o ruivo e logo depois Yoan, que está paralisado. O silêncio recai e, pela primeira vez em anos, tenho vontade de arremessar a garrafa que estou segurando na testa daquele idiota. Não porque tenha contado o que eu já pretendia dizer ao meu amigo mais para frente, mas sim por contar como se fosse nada demais.
Endireito-me no sofá e ponho a garrafa vazia sobre a mesa. Yoan me lança um olhar intrigado e indaga:
- Vocês vão se separar?
- Não. Nós não vamos nos separar.
- Então o que ele quis dizer com estão apaixonados pela mesma mulher?
- Exatamente o que entendeu. – Elliot responde – Nós estamos apaixonados por uma mulher e que calhou de ser a mesma.
- Isso é impossível...
- Nós também pensávamos assim. – me pronuncio, pegando outra garrafa – Até acontecer e o universo provar o contrário.
Contamos toda a história para Yoan, desde a parte em que esteve envolvido em Veneza até descobrirmos toda a verdade, e a atual intenção de reconquistá-la. Não poupamos nem os pormenores e a expressão espantada do meu amigo seria engraçada se eu não enxergasse certa negativa em seus olhos.
Ele não é conservador ou coisa parecida, porém, nossas convicções no que se refere a relacionamentos são diferentes. Yoan respeita a forma como Elliot e eu nos relacionamos, só que, como o mesmo disse, “sou de uma pessoa só”.
Bem, pelo menos quando está namorando, o que não é o caso agora.
- Então, aquela mulher do cabelo rosa...
- Também esteve com o Eli e nenhum de nós fazia a mais vaga ideia.
- Qual a porra da probabilidade de isso acontecer? – questiona, verdadeiramente pasmo.
- Pois é. – dou risada – Parece até coisa de filme.
- Eu fiquei tão surpreso quanto você, Yoan. – Vince comenta – Ainda mais quando os dois disseram que estão dispostos a incluí-la no relacionamento.
- E vocês acham que isso vai dar certo?
- Honestamente, não fazemos ideia. – Eli responde – Mas estamos realmente acreditando que sim.
Meu amigo vira a tequila que segura e balança a cabeça, sorrindo em seguida.
- Sério, essa história é muito surreal. E se eu acreditasse nessas coisas, diria que ela está “destinada” a ficar com vocês.
- Você não acredita em destino, Yoan?
- Depende. Acredito mais que cada um faz o seu destino. Aceitar sem lutar é realmente uma falta de vontade própria.
- Eu também penso assim. – meu namorado diz – Mas também acredito que algumas coisas estão mesmo destinadas a acontecer, querendo ou não, para que a gente mude e cresça. Conhecermos ela pode ser uma dessas coisas.
- Elliot e seu misticismo romântico. – Vi zomba – Ele disse o mesmo ao conhecer o Christopher quatro anos atrás.
- E veja só, ainda estamos juntos. – digo, apertando meu noivo e beijando seus cabelos – Quem sabe o mesmo não valha para a Yanna?
- Eu não duvido que vocês farão de tudo para que sim. – Yoan implica divertido.
- Pode apostar. – pisco para ele.
A conversa toma outra rumo e com ela mais e mais garrafas são abertas.
Um pouco depois das dez, estamos (levemente) embriagados. Impulsionados pela ideia súbita e maluca do meu namorado e seu amigo, colocamos os casacos de neve e saímos rumo ao Grand Army Plaza, à fim de ver a contagem regressiva e os fogos de artifício.
Assim como metade das pessoas nas ruas, também rimos e falamos alto graças as bebidas, e mal vemos o tempo passar em nossa trajetória; em meio ao Prospect Park, paramos onde outros grupos também esperam a virada e, apesar da temperatura que caiu bruscamente, estamos animados demais para ligar.
Quando os números da contagem aparecem no imenso telão, agarro a mão de Elliot e a aperto com carinho. Nós nos entreolhamos rapidamente e contamos juntos até chegar ao zero. Os fogos de artifício explodem em cores no céu escuro sob a Long Meadow e eu entrelaço os dedos aos do meu namorado. Ficamos frente a frente e me seguro firmemente para não beijá-lo.
Ao invés disso, abraço-o apertado e sussurro em seu ouvido:
- Feliz ano novo, meu amor. Que mais um ano seja incrível e obrigada por continuar ao meu lado mesmo depois de tanto tempo.
Elliot retribui o carinho e responde:
- Eu que agradeço por tornar a minha vida cada dia mais alegre e completa. Por ser a pessoa maravilhosa que você é. E, principalmente e assim como eu, amar incondicionalmente.
O duplo sentido na última parte não me passa despercebido e eu sorrio por isso.
Continuamos abraçados, curtindo um ao outro, e assim que nos afastamos não é preciso palavras para expressar o que nossos olhos o fazem silenciosamente.
Nós queríamos que ela estivesse aqui.
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À Três
RomansaO amor tem várias faces, vários jeitos, várias interpretações. O coração não faz distinções, não escolhe entre o que é certo ou errado, assim como às vezes não se limita a querer apenas uma pessoa. Mas será que é realmente possível gostar de mais de...