YANNA
Sentada de frente para a mesa de Daniel e tendo Natham ao meu lado, termino de ler a proposta de marketing para o meu novo livro. Estamos conversando há algum tempo sobre o lançamento, que será daqui a uns meses na Frankfurter Buchmesse. A maior de todas as feiras literárias do mundo, que teve sua primeira edição em 1949.
Geralmente, nós faríamos o lançamento aqui nos EUA, mas decidimos aproveitar que a feira está próxima para fazermos uma incrível e grandiosa apresentação ao público do novo título. Viajarei para a Alemanha e participarei de uma sessão de autógrafos, algo que eu particularmente adoro. Afinal, não há nada mais gratificante do que interagir e estar perto dos meus leitores e fãs.
— O que você achou? — Dani pergunta.
— Eu gostei muito. – respondo – E admito que estou bastante animada para visitar a Frankfurter Buchmesse. Já faz quase três anos desde a última vez em que estive lá.
— Bom, agora que concordamos sobre a data e o local de lançamento, precisamos escolher quais dos manuscritos iremos publicar.
Daniel abre a pasta de documentos em seu iMac e vira o monitor para que Natham e eu possamos ver. Nós nos esticamos um pouco sobre a mesa.
— Os três manuscritos que enviou nesses últimos meses são muito bons, como não poderiam deixar de ser. Todos têm potencial para a Frankfurter Buchmesse.
— Eu li os comentários que Daniel fez de cada um dos manuscritos e concordo com o que diz. – Nam se pronuncia – Mas admito que gostei especialmente do segundo.
— Sim, o segundo também me chamou mais atenção.
— Vamos publicar, então? – indago – Sabem que não tenho predileção.
— É uma boa ideia. – Dani consente – É um conceito completamente novo e que vai alcançar um público diferente do que estamos acostumados.
Natham assente. Eu também. Todos chegamos a um acordo.
— Já que estamos resolvidos, Nam, essa é a sua deixa.
— Vamos as burocracias com o chato do advogado.
Alfineto de maneira divertida, ganhando um revirar de olhos do homem ao meu lado, este que tira algumas folhas de sua pasta e põe em cima da mesa. E então explica:
— Eu revisei o contrato e inclui as cláusulas que havíamos conversado anteriormente.
Ao longo de mais uma hora, discutimos sobre o contrato de publicação e outros detalhes em relação ao lançamento do livro na Frankfurter Buchmesse.
Terminamos a reunião perto do almoço e aproveitamos para ir a um restaurante nas redondezas. São raras as oportunidades que temos de estar os três reunidos fora do ambiente de trabalho e, quando elas aparecem, nós agarramos sem titubear.
Adoramos nossos momentos juntos.
Depois de comermos uma excelente refeição e esticarmos para um cafezinho, seguimos cada qual o seu rumo. Como não tenho mais nada para resolver na editora e sei que Daniel estará muito ocupado durante a tarde para que eu possa ficar e encher o seu saco, decido voltar para o meu apartamento. Elliot e Christopher estão em seus respectivos trabalhos.
Ou seja, passarei o restante do meu dia sozinha.
Não que seja um problema, pelo contrário. Gosto do meu espaço e de um tempo à sós comigo mesma. Em que posso cuidar apenas de mim e fazer o que me der na telha. Mas, convenhamos, entre ficar sozinha e estar em companhia de dois homens maravilhosos e que amo, não é difícil saber o que prefiro, não é?!
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À Três
RomansaO amor tem várias faces, vários jeitos, várias interpretações. O coração não faz distinções, não escolhe entre o que é certo ou errado, assim como às vezes não se limita a querer apenas uma pessoa. Mas será que é realmente possível gostar de mais de...