Capítulo 37

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CHRISTOPHER

Assim que abro os olhos, percebo que apenas Elliot está na cama. Um tanto sonolento, busco ao redor algum indício de que Yanna esteja no apartamento e respiro aliviado ao escutar o barulho do chuveiro ligado, misturando-se com o da chuva que cai lá fora e só agora parei para prestar atenção.

Despreguiço do jeito que posso com o peso de Elliot sobre meu peito e acaricio seus cabelos louros gentilmente, afastando alguns fios de seus olhos, e sorrio ao lembrar da noite incrível que nós três tivemos ontem.

Foi fantástica!

Talvez tenha sido um pouco patético eu cair no sono logo depois de gozar, mas a transa foi tão intensa (mais do que as outras), que consumiu todas as minhas energias e eu apaguei sem sequer perceber. Ok, foi muito patético.

Bem, não há o que eu possa fazer.

Com preguiça de levantar, estendo o braço livre para o lado e fecho os olhos novamente, na tentativa de voltar a dormir. No entanto, o sono não vem. Também, o que eu esperava depois do desmaio pós-sexo de ontem? Lógico que eu não estaria nem um pouco cansado. Preguiça e sono são coisas diferentes.

Continuo de olhos fechados e acariciando os cabelos de Elliot. O aroma do seu perfume e o de Yanna estão impregnados nos lençóis e eu gosto muito disso. Poderia ficar o dia inteiro aqui e imerso nessa mistura deliciosamente viciante.

No entanto, a súbita vontade de mijar me obriga a levantar, o que faço com cuidado para não acordar o dorminhoco ao meu lado. Pego o celular para checar que horas são e, mais do que ficar surpreso que já tenha passado do meio-dia, bufo ao notar que recebi mais mensagens dos meus pais e as quais eu também irei ignorar. Como se eles fossem me ganhar na insistência. Nem pensar!

Bloqueio o aparelho e devolvo ao criado-mudo. De verdade, só quero esquecer isso e seguir com a minha vida como tenho feito até agora.

Ainda nu e sonolento, entro no banheiro coçando os cabelos e encontro Yanna escovando os dentes. Tomo um minuto para admirá-la e sorrio ao ver sua boca cheia de espuma. De camiseta e calcinha, ela fica extraordinariamente sexy.

— Bom dia. Ou melhor, boa tarde. – digo.

Dou um beijo em seus cabelos e levanto a tampa da privada. Eu deveria me sentir constrangido em mijar na frente dela? Com certeza! Mas cenas como essa já se repetiram tantas vezes, que se tornou normal.

Não é isso que chama de intimidade?

Nem meio minuto se passa quando Elliot, também sonolento e nu, aparece no cômodo. Dá um beijo nos cabelos de Yanna como fiz e outro na minha bochecha, desejando bom dia/boa tarde, para logo em seguida se colocar ao meu lado para compartilharmos a privada. Mais um exemplo de intimidade.

— Vocês não acham que o banheiro está apertado demais? – Yan pergunta depois de cuspir a espuma. Ela nos observa através do espelho – Se bem que eu não posso reclamar de estar contemplando meus dois deuses gregos. Principalmente as bundas, que eu adoro.

Damos risada. Eli dá uma rebolada só para provocar.

— Falando em bunda, como você está? – pergunto.

— Que maneira doce de fazer essa pergunta. – ela dá risada – Estou bem. Um pouco dolorida, mas nada insuportável. Vou sobreviver para a próxima.

— Que ótimo. Porque na próxima serei eu. – Elliot diz ao pressionar a descarga – Bom, que tal um banho? Posso encher a banheira rapidinho.

— Desculpem, mas já tomei uma ducha. Estava toda pegajosa por causa do chocolate e, bem.... Outras coisas também. – devolve a escova de dentes para o suporte, ao lado das nossas – Mas posso ficar para fazer companhia.

À TrêsOnde histórias criam vida. Descubra agora