Capítulo 24

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Era recíproco e eu estava feliz.

— Tem certeza do que você tá fazendo? — disse rindo.

— Absoluta. — sorri.

Ela sorriu e me beijou e... Eu não sabia o que eu estava sentindo, era um misto de felicidade, com empolgação, com nervosismo e com paixão.

Ficamos mais um tempo na praia e o meu pai me ligou pra perguntar se eu queria que ele fosse nos buscar. Disse a ele que não e nós fomos de táxi, fiz questão de levar ela em casa, dessa vez os pais dela estavam lá, mas eu não quis entrar.

Não era bem medo, era só vergonha, já estava tarde da noite, não faria sentido eu entrar na casa dela com os pais dela dormindo. Fiquei com ela na varanda por longos minutos, curtindo ela e o momento, que estava me fazendo bem.

Cheguei no apartamento do meu pai quase três da manhã e ele estava na sala.

— Pediu ela em namoro? — disse levantando do sofá.

Eu ri e assenti com a cabeça.

— Ela respondeu o que?

— Que sim! — disse rindo.

Ele sorriu aberto e me abraçou.

Era engraçado até ver o meu pai daquele jeito, normalmente eu sempre via ele discutindo, irritado, falando alto. Ver o meu pai mais carinhoso era... Um pouco bizarro.

Mas eu gostava.

— E a minha mãe? — disse sentando no sofá.

— Vou levar você pra lá amanhã e vou aproveitar pra conversar com ela. Eu tô puto ainda, só não deixei vazar isso lá no restaurante.

— Mas ela disse que tava brincando com a Daiana.

— Mas foi ridículo, deu pra perceber que não foi brincadeira.

Nós conversamos mais alguns minutos e depois fomos dormir. Eu ainda ia ter que acordar cedo pra ir trabalhar.

Pegava às oito da manhã e largava às duas da tarde, meu pai foi me buscar e me levou pra minha mãe.

Eu tinha pouco tempo pra descansar antes de ir pra faculdade, agora a rotina tinha mudado e no segundo dia eu já comecei a sentir na pele vida de um estudante de universidade.

Cheguei no apartamento da minha mãe e o meu pai entrou junto comigo.

A minha mãe veio até a sala pra me receber, mas não esperava que o meu pai estivesse junto a mim.

— Eu já vou embora, eu só vim saber porque você tratou a Daiana daquele jeito.

Vi o clima pesando e fui pra cozinha, mas de lá eu escutava tudo.


— Você não disse que ia acompanhado. — disse o encarando.

— E agora eu tenho que te dar satisfações da minha vida? É isso?

Ela ficou em silêncio e continuou o encarando.

— O propósito do jantar era comemorar a entrada do Rafael na faculdade, tá lembrada? E você estragou. — meu pai continuou.

Tropa de Elite 3: Tal Pai, Tal Filho.Onde histórias criam vida. Descubra agora