Capítulo 38

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Rafael: Lá tá em guerra, Higor!


Higor: E você é policial ou morador? (disse se virando pra mim)

Rafael: Cê tem noção de quantos bandidos devem ter lá? Se cercarem a gente, a gente nunca mais sai. (disse afobado)

Higor: A nossa profissão é isso, combater eles. O que foi? Tá com medo? (disse rindo)

Eu realmente estava com medo, eu tinha o treinamento e tudo mais, mas o treinamento não tem nada a ver com a realidade. No treinamento ninguém atirava em mim de volta, ninguém ficava ferido, ninguém morria. Não sabia o que estava pra acontecer, só sei que eu não estava nem um pouco afim de subir morro.

Rafael: Claro que eu tô com medo. (disse o óbvio)

Ele riu de mim e de lá fomos pro vestiário pra nos trocarmos, já tínhamos sido dispensados e tudo mais.

Ele tinha carro, então ele me deu carona pra casa, convidei ele pra subir só que ele disse que estava cansado. Me despedi dele e fui pra casa exausto, já ia dar meia-noite e pouca, no dia seguinte eu teria que acordar às 5 e 30 então eu tomei um banho e fui dormir.

1 mês depois

Planejamos tudo cautelosamente pra subir o morro atrás do traficante, que tínhamos descoberto que ele era o braço direito do chefe, o mais importante era que ele ja estava fichado na polícia, já estava marcado, iríamos achar ele mais cedo ou mais tarde.

Iria ser a minha primeira operação, estava nervoso, com medo, inseguro, mas eu fui, mesmo querendo mais que tudo ficar no batalhão.

Meu comandante deu as coordenadas e eu as segui. Tinha sido a minha primeira troca de tiros e não tinha dado em nada, não conseguimos pegar quem a gente queria, só uns traficantizinhos meia boca, mas que pra minha carreira fez diferença, porque eu sozinho consegui pegar 2, e no olhar do meu comandante, eu estava indo melhor do que ele esperava.

No dia seguinte nada demais aconteceu, a não ser a visita do meu pai lá no batalhão.

Roberto: Já deu tiro em alguém? (disse rindo)

Ri também e fui ao encontro dele.

Rafael: Cê tá bem?

Roberto: Tô, quis passar aqui pra te ver fardado.

Rafael: Você já tinha me visto.

Roberto: Só com a farda formal.

Sorri e eu escutei o meu comandante me chamar.

Comandante: Soldado Nascimento!

Rafael: Sim, senhor!

Pela feição dele, ele ia me chamar atenção por estar falando com um familiar meu no meu serviço, mas quando ele viu meu pai, ele sorriu largamente e foi cumprimentar ele.

Eles se conheciam, obviamente, e eu fiquei esperando o meu comandante dizer alguma coisa.

Comandante: Roberto, foi bom ver você, mas agora eu tô precisando do Rafael. (disse simpático)

Tropa de Elite 3: Tal Pai, Tal Filho.Onde histórias criam vida. Descubra agora