Capítulo 56

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Rafael: Pode deixar. (disse a olhando)


Ela sorriu de lado e mudou de assunto, perguntando da minha vida com a Maria, se estava tudo certo, e coincidentemente ela perguntou quando iríamos ter um bebê. Depois de ter conversado com ela por uns 30 minutos, voltamos pra sala. A Mavi já estava liberada.

O pai da Mavi só não estava lá no hospital porque ele tinha viajado a negócios, mas a Olga o deixou ciente do que havia acontecido, contou toda a história e eu conversei com ele por ligação, que me chamou atenção pela filha dele. Certamente a família me olharia torto por um bom tempo.

Disse a Olga que eu levaria a Maria na casa dela, mas antes eu passaria em casa, pra ela dar um descansada. Assim eu fiz, chamei um táxi pra nós, a maior parte da viagem a Maria ficou em silêncio, as vezes séria, as vezes sorria sozinha, colocando a mão em sua barriga. E como eu não estava dirigindo, dei mais atenção a ela, coloquei minha mão em cima da mão dela, que ainda estava em sua barriga e ela me olhou sorrindo.


Mavi: Agora a nossa família tá completa... (disse baixo)


Sorri pra ela e meus olhos marejaram, eu estava feliz demais, e ansioso também. Queria saber logo o sexo, escolher as roupinhas, o nome, o berço, e o principal, segurar ele ou ela em meus braços.

Tive que deixar a Mavi em casa e voltar na cena do crime, meu carro ainda estava lá e eu precisava ver o concerto dele imediatamente, a Draco estava cuidando do meu caso, já que houve mortes dentro de um veículo, eles tomaram a frente. Liguei pra minha seguradora e tive que esperar mais de 40 minutos até chegarem pra rebocar o carro. Segundo a seguradora, meu carro ficaria pronto em 5 dias úteis e eu teria que ir buscá-lo pois ninguém o traria pra mim.

Tive que assinar um monte de papéis e eu estava morto. Cheguei em casa 9 e 40, a Maria já estava dormindo e ela mesma tinha trocado o seu curativo, a parte boa dela ser enfermeira era que ela não dependia de mim.

Fui descansar também, mas o meu sono quase não durou. Eu estava mais cansado mentalmente do que fisicamente, acordei meio-dia e a Maria ainda dormia, deixei ela dormindo e liguei pro meu pai pra dizer o que havia acontecido.


Roberto: Mas ela tá bem?

Rafael: Tá, ela só teve que ficar em observação, mas agora ela já aqui, dormindo.


Lembrei que a Maria não havia dito pra ninguém que ela estava grávida, então depois de muito conversar com o meu pai, perguntei se no próximo final de semana ele estaria livre, com a confirmação dele, eu só precisaria esperar a Maria acordar pra ver como ela estava afim de revelar isso.

Assim que ela acordou, eu falei o jeito que eu estava afim de revelar, mas ela preferiu que a gente fosse de casa em casa pra contar, ela não queria reunir todos num ambiente só, concordei com ela.

Nesse mesmo dia ela foi ficar com a mãe dela, eu fiquei lá por um tempo mas logo quis ir embora. O Vinícius estava lá com o Antônio e eu não queria ficar lá pra poupar a minha paciência que era pouca.

Ela só me pediu pra ficar mais uns minutos, ela queria que eu ficasse lá pra contar junto com ela.


Olga: Ai, meu Deus... É sério? (disse com as mãos na boca e chorando)

Vinícius: Tá grávida mesmo?

Mavi: Tô. (disse rindo e chorando)


Eles tiveram o momento deles e eu dei um espaço, mas logo eles vieram falar comigo. A Olga foi um amor como sempre, mas o Vinícius estava forçando, dava pra ver de longe.


Vinícius: Parabéns. (falou sério)


Ele estendeu a mão pra mim e eu só o olhei com desprezo, o agradecendo sério. Depois disso, fui embora com a Mavi.


Meses depois


O ano já estava acabando e eu já havia feito 25 anos. Estávamos em dezembro e a Maria estava pra completar 8 meses. A sua barriga estava enorme e eu me pegava olhando encantado a toda hora.

Era uma menina, e eu nunca estive tão ansioso pra algo. Qualquer movimento brusco que a Maria fazia na cama de madrugada, eu já acordava pra ver se ela estava bem.

Ligava de 1 em 1 hora pra saber se estava tudo okay com ela, eu estava doido de ansiedade.

A minha mãe ficava lá em casa quando podia, assim como a mãe da Mavi, eu não queria deixar ela sozinha em casa de jeito nenhum.

No Natal, a Mavi ficou o dia inteiro na casa dos pais dela e eu fiquei com os meus pais já que na virada pro Natal, eu e a Maria passaríamos juntos.

Fiquei um pouco na casa de cada um deles. Passei na casa do meu pai primeiro, agora ele morava junto com a Daiana, tinha tempo que eu não a via e eu sinceramente gostava demais dela, ela me tratava bem à beça, e ver meu pai feliz era ótimo demais.


Roberto: E essa criança que não chega? (disse rindo)

Rafael: Nem fala! Tô muito ansioso!

Daiana: E eu! Teu pai sabe, eu pergunto sempre pra ele. (disse rindo)

Rafael: O parto da Maria tá previsto pro final de Janeiro. Eu sei que de Janeiro não passa. (disse sorrindo)

Roberto: E o nome? Até hoje eu não sei.

Rafael: A Maria ainda tá decidindo. Eu queria Alice, mas ela disse que é muito comum. (disse rindo)

Daiana: Eu acho lindo! (disse sentando do meu lado)

Rafael: Ela nem quer saber desse nome. Acho que ela já tem um em mente, só não quer me dizer. (disse rindo)

Roberto: Só não pode colocar nome de velha. (disse rindo)


Eu fiquei por lá até umas 5 da tarde, depois fui pra casa da minha mãe. Foi praticamente as mesmas perguntas que eu havia escutado na casa do meu pai. No final do dia, eu fui buscar a Maria na mãe dela e fomos pra um restaurante, eu amava comer fora, passamos o natal lá aliás. Optamos por não fazer ceia nenhuma, não nesse ano, talvez no próximo.

Depois eu fiz umas vontades de grávida dela, fomos comprar umas besteiras no mercado e por fim, passamos em um Drive-Thru, a fome dela era infinita e eu até gostava, porque eu me aproveitava disso pra encher a casa de guloseimas, coisa que quando ela não estava grávida, detestava.

No dia seguinte eu iria pro batalhão, iria ficar de plantão. Acordei mais cedo pra deixar a Maria na mãe dela e fui direto pro batalhão. Até 3 da tarde estava tudo normal, mas chegou uma ocorrência de emergência, só nos equipamos e fomos pro morro. No caminho destrinchamos o mapa e eu não queria estar ali, sei lá, minha filha estava pra nascer e eu não queria morrer. Eu até poderia morrer, mas eu queria aproveitar ela um pouco, queria ver ela nascendo, queria pegar ela no colo.

Tropa de Elite 3: Tal Pai, Tal Filho.Onde histórias criam vida. Descubra agora