Tropa de Elite 3: Tal Pai, Tal Filho.

Capítulo 44

Eles estavam rindo e conversando entre eles, e eu, eu estava tentando tirar da minha mãe alguma coisa, aquilo ali estava muito estranho, eu conhecia a minha mãe, o suficiente pra saber quando alguma coisa estava errada.

Rosane: Não tá acontecendo nada, meu filho.

Rafael: Tem certeza?

Rosane: Tenho. (disse saindo da cozinha)

Rafael: Mãe, vem cá, eu te conheço. (disse calmo, segurando ela pelo braço, impedindo ela de ir)

Ela suspirou longamente e olhou fixamente pro meus olhos.

Rafael: Me diz o que tá acontecendo, eu sei que tá acontecendo alguma coisa. (disse calmo)

Ela ficou em silêncio e eu tentei pela última vez.

Rafael: Eu sou seu filho, mãe. A senhora pode me falar tudo o que a senhora quiser, eu não sou o seu amigo?

Rosane: Você é o meu amigo, filho. Você é! Só que... (disse com a voz trêmula)

Ela não conseguiu terminar a frase e começou a chorar baixo, bem discreta, eu abracei ela e fiquei fazendo carinho até o choro passar. Sequei o seu rosto e o segurei com as duas mãos.

Rafael: O Fraga te fez alguma coisa?

Rosane: Não, filho, não! Ele me trata bem, você sabe. (disse com a voz trêmula)

Rafael: O que tá acontecendo então? Me fala, me fala pra eu ajudar você a resolver.

Quando ela ia dizer algo, o Diogo entrou na cozinha, fazendo ela fingir que estava tudo bem e que estava conversando normalmente comigo.

Suspirei e saí da cozinha, eu estava quase conseguindo arrancar dela o que estava acontecendo, mas o Fraga atrapalhou.

Fui pra sala e a Mavi estava no celular, me sentei do lado dela e ela soltou um "vamos?", eu assenti e disse a ela que eu apenas iria me despedir dos meus pais.

Chamei eles na sala e disse que iria pra casa, a minha me abraçou e o Fraga fez o mesmo, a Mavi ficou no corredor, fora do apartamento, me esperando e quando eu estava pra ir, o telefone residencial deles tocou e eu era a pessoa mais próxima.

O Fraga ficou muito sério de repente e a minha mãe engoliu seco.

Eu apenas ameacei pegar no telefone, foi o suficiente pra minha mãe gritar pedindo pra eu não atender.

Rafael: Por quê?

Diogo: A ligação é pra mim. (disse nervoso)

Eu desconfiei demais daquilo.