Capítulo 46

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Paramos no ponto de encontro combinado e ficamos esperando, logo apareceram uns homens armados e eles vieram na nossa direção, eles pararam do lado do carro e o Fraga desceu, parecia que o Fraga convivia com eles, o jeito que ele os tratou era bem amigável.

O Fraga brincava, ria, e eles faziam o mesmo. O Fraga deu a bolsa pra um deles, esse mesmo conferiu a mercadoria e assentiu para um deles que parecia ser o gerente, ou dono do morro, enfim.

Enquanto o Fraga recebia o dinheiro, tinha um traficante que não tirava os olhos do carro, o vidro fumê estava impedindo ele de me ver completamente. Continuei olhando tudo o que acontecia, até que eu escutei um deles falando.

xxx: Quem tá dentro do carro?

Diogo: Ah, é o meu colega de trabalho. (disse nervoso)

xxx2: E ele veio fazer o que aqui, mano? (disse se aproximando do carro)

O que parecia ser o gerente veio até o carro e bateu no vidro com a pistola. Eu desci o vidro um pouco, o olhando diretamente.

xxx2: Desce. (disse ríspido)

Fiz o que ele pediu, tentei parecer calmo e não abaixei a cabeça pra eles.

xxx2: Vira de costas pra mim e abre as perna aí. (disse me virando a força e chutando as minhas pernas, fazendo elas se afastarem)

Ele começou a me revistar e eu tive que aturar aquilo calado, ele pediu pra eu virar de frente e eu virei, ele continuou me revistando.

Ele achou minha carteira e abriu pra ver o que tinha dentro, parecia que eu estava sentindo que isso aconteceria, por sorte eu tinha deixado tudo no batalhão e não tinha nada que comprovasse a minha profissão.

Quando ele acabou de olhar tudo, ele foi pro carro, olhou tudo o que tinha dentro, havia deixado o meu celular no batalhão também, talvez se ele achasse, iria pedir pra eu desbloquear pra tentar achar alguma coisa, e ele acharia várias coisas que decretariam minha morte.

xxx: Qual o seu nome?

Rafael: Rafael.

Eu não quis mentir meu nome, ele tinha acabado de pegar na minha identidade, fiquei com medo dele já ter lido meu nome e eu mentir, seria mais um motivo pra não me deixarem descer.

xxx: Veio fazer o que aqui?

Rafael: Eu vim com ele pra almoçar e falar sobre o trabalho, algumas coisas que estão pendentes, aí ele disse que teria que passar em um lugar antes e eu aceitei, não sabia que era pra cá que ele estava vindo. (disse firme)

Ele me olhou meio desconfiado, mas acreditou, quando o Fraga estava pra entrar no carro, ele disse:

xxx2: Se ele for x-9, você vai ver.

Diogo: Que isso! Ele não é, não! Ele é gente boa, pode confiar. (disse eufórico)


Ele olhou pro Fraga do mesmo jeito que ele havia me olhado e liberou a gente.

Liguei o carro e olhei pra ele, acenando com a cabeça e ele me olhou com desprezo, indo embora. Dei a partida no carro tremendo, mas não deixei o Fraga perceber.

Tropa de Elite 3: Tal Pai, Tal Filho.Onde histórias criam vida. Descubra agora