Capítulo 61

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Rafael: Alguém chama uma ambulância! (disse gritando)


O pessoal me olhava meio perdido, parecia que eu estava falando outro idioma, estava todo mundo tentando entender porque eu queria tanto socorrer ele.


Rafael: Pega a viatura! (disse gritando)


No desespero, eu peguei ele no colo e levei ele pra primeira viatura que eu vi, o Higor me olhou assustado e quando ele ia falar algo, eu não dei oportunidade.


Rafael: Me ajuda, vai pilotar agora! (falei gritando)


Ele entrou na viatura e acelerou, eu fiquei com o Fraga no meu colo, desfalecido, a todo momento eu tentava manter ele acordado, me olhando.


Rafael: A gente já vai chegar, não para de olhar pra mim. (disse com a voz trêmula)

Diogo: Eu quero falar com a Rosane, eu quero... (falou ofegante)

Rafael: Calma. (disse o olhando)


Ele fechou os olhos e foi parando de responder aos meus estímulos, ele havia sido baleado no abdômen, no braço e no ombro.

Meus olhos marejaram e eu me vi sem esperança. Peguei meu celular e liguei pra minha mãe.


Rosane: Oi, meu amor! Tudo bem?

Rafael: Mãe... (disse chorando)

Rosane: Que voz é essa?

Rafael: Eu preciso da senhora calma.

Rosane: Rafael, que foi? (disse séria)

Rafael: O Fraga foi baleado, eu tô levando ele pro hospital.


Disse de uma vez, se eu ficasse fazendo rodeio, ela ficaria muito mais tensa.


Rosane: O que?! (disse aflita)

Rafael: Calma! Vai pro hospital e lá eu te explico.


Falei pra ela qual hospital ele estava indo e logo após desliguei. Assim que chegamos no hospital, já vieram atender ele, antes que eu falasse alguma coisa.

Coloquei ele em cima da maca e fui falar com o Higor.


Higor: Ele tá bem? (disse saindo da viatura)

Rafael: Ele tá desacordado. (disse com a voz trêmula)

Higor: Vai dar tudo certo, calma. (disse me abraçando)


A minha farda estava cheia de sangue, mesmo sendo a farda preta, eu sentia que eu estava molhado de sangue.

Tropa de Elite 3: Tal Pai, Tal Filho.Onde histórias criam vida. Descubra agora