Capítulo 81

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Fernandes: Então cê vem com a gente. (disse puxando ele pela gola da blusa)

xxx: Não! Qual foi? Eu já disse que eu não sei mais nada! Minha filha tá aqui, cara, não faz isso, não! (disse amedrontado)


Parei na frente dele e o olhei sério, fazendo ele parar de falar.


Rafael: Não precisa fazer esse teatro, tem arma na sua casa, tem rádio, tem pino de farinha e agora colabora se não quiser morrer, valeu? (disse ríspido)


Ele engoliu seco e olhou pro chão, algemei ele e descemos as escadas, antes de sair vasculhei a casa inteira junto com o Fernandes, revirei tudo, mesmo sabendo que o Lins e o Azevedo já tinham vasculhado tudo.

A mulher dele estava assustada, ofegante, não estava entendendo nada, mas ela sabia o que ele fazia, com certeza.


Rafael: Bora. (disse empurrando ele)

xxx2: Tão levando ele pra onde, moço? (disse chorando, vindo até mim)


Olhei pra menininha que estava no colo dela e olhei pra moça. Eu tinha uma filha, então aquilo pesou na minha mente e eu fui empático com quem eu não deveria. Todas as pessoas que eu capturasse naquele dia, era pra mandar pra vala, já tinha falado com os outros isso, pra eles fazerem o mesmo, mas esse cara... Eu tinha que deixar vivo, pela filha dele.


Rafael: Ele vai pra 15°, fica na Gávea, pode chegar lá a partir das 10 horas. E pode ficar calma, a gente não vai fazer nada com ele. (disse olhando pra elas)


Ela assentiu e se sentou no sofá, acanhada. Saí da casa e encontrei com os outros na varanda.


Rafael: Acharam alguma coisa?

Lins: Um fuzil e uma pistola.

Rafael: E droga?

Azevedo: Só uma buchinha, deve ser pra uso próprio.


Peguei uma fita adesiva que estava em um dos bolsos da minha farda e coloquei na boca dele. Andei com ele até a rua e lá eu comecei a falar.


Rafael: Você vai guiar a gente só apontando com a cabeça, não faz barulho, não tenta falar, não tenta correr, nem gritar, entendeu?


Ele assentiu e a minha tropa começou a andar, realmente a casa era perto, mas não acharíamos sozinhos.

Tirei a fita dele pela metade, só pra ele conseguir falar.


Azevedo: Ele tá em casa?

xxx: Tá, deve tá dormindo. (disse ofegante)

Rafael: Se ele não tiver, você que vai morrer no lugar dele.

Tropa de Elite 3: Tal Pai, Tal Filho.Onde histórias criam vida. Descubra agora