Tropa de Elite 3: Tal Pai, Tal Filho.

Capítulo 54

Saímos de casa e ela quis ir pra Lapa, eu fiz a vontade dela, tinha meses que ela não saía de casa pra se divertir, estava de plantão quase sempre, preferi agradar ela e deixar pra ir em um restaurante outro dia.

A real é que não tinha nada pra fazer lá, só tinha bares e botecos, mas a Mavi queria ficar lá. Ela bebeu e eu fiquei só no suco, eu não gostava de beber pra depois dirigir, e do nada ela quis ficar andando pela Lapa, ela tirou várias fotos e por mais que eu não estivesse me divertindo tanto, ver ela se divertindo já me fazia mais feliz.

Quando deu 2 da manhã, ela não queria voltar pra casa, então eu coloquei ela no carro e quis fazer uma surpresa. Ela gostava de ir a praia, e tinha quase 1 ano que ela não ia, e eu também estava afim, então uni o útil ao agradável.

Tinha tempo também que eu não dava atenção pra minha relação, a gente caiu na rotina e isso era impossível negar.

Quando ela viu que estava na praia, ela ficou irradiante, ela foi pra areia antes e eu fiquei estacionando o carro. Desci e me encontrei com ela, que ficou me puxando pelo braço pra eu andar mais rápido.

Mavi: Vem! (disse indo na frente)

Rafael: Só não se molha, senão vai de táxi! (disse rindo)

Ela riu e foi em direção a água, eu me sentei na areia e fiquei esperando ela voltar. O que eu disse pra ela não adiantou muito, porque ela voltou torcendo o cabelo.

Mavi: Que horas são? (disse sorrindo e sentando do meu lado)

Rafael: Não era pra se molhar, né, senhorita? (disse rindo)

Mavi: Ai, tava tanto tempo sem sentir a água, desculpa! (disse rindo)

Rafael: Tá perdoada, e são 3 e 30.

Mavi: Quer ir embora? (disse encostando a cabeça no meu ombro)
Rafael: Quando você quiser ir, a gente vai. (disse sorrindo pra ela)

Ela sorriu e deitou nas minhas pernas, e ficou me olhando. Na correria do dia a dia, eu não percebia o quão sortudo eu era por ter uma pessoa do meu lado que me aceitasse do meu jeito, sem pedir mudanças, sem reclamar da minha profissão, era uma coisa que eu nunca pensei que conseguiria.

Ficamos na praia até às 4 e 20 da manhã, depois ela começou a bocejar e a reclamar de frio, eu também já estava começando a cansar, decidimos ir pra casa. A gente estava relativamente perto, da praia pra nossa casa eram só 10 minutos de carro.

Mavi: Vamo fazer alguma coisa amanhã? (disse sorrindo)
Rafael: Só falar o que quer que a gente faz. (disse alternando o olhar pra ela e pista)
Mavi: Pode ser cinema?
Rafael: Pode. (disse sorrindo)

Ela sorriu e quando ela virou o rosto a feição dela mudou, ela ficou mais séria. Olhei pra frente e vi 4 homens saírem de trás de um muro alto. Vi que 2 deles portavam pistolas. Já sabia o que estava pra acontecer, então eu respirei fundo e diminui a velocidade do carro.

Rafael: Fica calma, a gente vai ser assaltado de novo. (disse pegando o revólver)

Mavi: Não! Não reage, por favor! Dá a ré! (disse gritando)

Rafael: Não dá mais tempo!

Mavi: Dá sim! Rafael, por favor! (disse assustada)