Tropa de Elite 3: Tal Pai, Tal Filho.

Capítulo 39

Higor: Que foi?

Rafael: Por que cê fez isso? (disse desacreditado)

Higor: Porque ele tava merecendo.

Permaneci sem reação e a gente deixou a Beatriz algemar ele, tratar ela com indiferença seria sacanagem, todo mundo erra, ela também era uma policial e estava naquela ocorrência com a gente. A gente não podia simplesmente fingir que ela não estava conosco, que ela não existia.

Na hora de colocar ele no camburão, ele se bateu e arranhou a Beatriz com a algema.

Higor: Qual foi, maluco? (disse dando outro tapa forte na nuca dele)

A Beatriz olhou pra ele assustada e ele a olhou de volta.

Higor: Fica esperto, filho da puta! (disse dando outro tapa nele e fechando o camburão)

Entramos no carro e eu olhei pra ele rindo.

Rafael: Cê gosta de dar tapa em homem, né? Suspeito isso aí. (disse rindo)

Higor: Sai daí, Rafael. (disse rindo)

Olhei pra trás e a Beatriz estava respirando ofegante, junto a senhora que também estava nervosa.

Rafael: Tão bem, gente? (disse calmo)

Beatriz: Tô. (disse com a voz embargada)

A senhora só assentiu, deixamos ela onde havíamos pegado, respirei fundo e olhei pra ela novamente.

Rafael: Escuta, Beatriz. Da próxima vez, você não anuncia a abordagem de dentro do carro, só anuncia quando estiver perto, tá bom? (disse calmo)

Ela assentiu e eu sorri de lado, pra não deixá-la desconfortável com a situação. Ela nem sorriu de volta e quem ficou desconfortável fui eu.

Levamos o assaltante pra delegacia e como eu já tinha sido testemunha dos últimos dois traficantes que eu havia pego, o Higor quis se responsabilizar.

Fui pra casa de carona com o Higor, como de costume e dessa vez ele subiu.

Rafael: Você foi grosso com ela hoje, cara.

Higor: Mas eu achei ela bonita, ué. Só foi um pouco afobada hoje, mas todo mundo erra, né?

Rafael: Ela não vai te dar condição depois de hoje, esquece. (disse indo até a cozinha)

Higor: Tu quer valer? (disse abrindo a geladeira e pegando uma latinha de cerveja)