Capítulo 18

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— Sabe o que é amizade colorida?

— Júlia, olha só...

— Você gosta de mim que eu sei, por que não poderia? — disse me interrompendo.

Suspirei enquanto colocava as mãos no rosto, ela riu e se deitou novamente.

— Você tá bêbada, eu não...

— Só tô um pouco alterada. Mas se eu quero, não é errado. — ela me interrompeu novamente, sorrindo.

Eu não conseguia falar nada, só fiquei a olhando.

— Ah, Rafa, vai! Cê é bonito, a nossa amizade não vai acabar por causa disso.

Continuei a olhando sério, levantei da cama e fui até porta novamente. Quando eu fui me virar, ela me abraçou por trás, beijou o meu pescoço e foi me puxando pra cama. Ela me jogou na mesma e subiu em cima de mim, domando a situação. Eu não conseguia fazer nada além de olhar pra ela, eu não acreditava no que estava acontecendo, não parecia ser verdade.

— Calma. — disse rindo no meu ouvido.

Eu me deixei levar, ela não estava igual antes, estava menos agitada e eu fiquei menos pilhado. Ela que estava fazendo tudo, eu só estava deitado e... Escutei aquela pergunta que jamais pensei que poderia escutar dela algum dia.

— Tem camisinha? — disse no meu ouvido.

Eu não conseguia pensar direito, eu não sabia o que estava acontecendo, eu estava perdido, nervoso demais, e estava acontecendo com a menina que eu gostava. Nada nunca tinha dado tão certo pra mim.

Eu estava ofegante de tanto nervoso e ela ficou me olhando, esperando eu responder.

— Eu... É... Tá no meu bolso. — gaguejei.

Ela sorriu e começou a apalpar os bolsos da minha bermuda. Puxou a embalagem, tirou a minha blusa e estava tentando me acalmar o tempo inteiro, acho que ela sabia que eu nunca tinha feito sexo.


Ela... Ela me encantava de uma forma, eu não sabia direito o que estava sentindo, eu só estava a olhando, e ela me olhava a todo momento, me olhava nos meus olhos. Eu estava apaixonando mais ainda naquela mulher.

Pode parecer um pouco estranho, mas eu gostava demais dela, demais, e eu queria aquilo demais.

Se realmente acontecesse, eu iria tentar algo mais sério com ela, eu tinha que tentar.

Nós não dormimos, quando eu percebi já era quase seis da manhã. Nos deitamos e ela deitou no meu peito novamente.

Sorri com aquilo e fiquei fazendo cafuné nela.

— Promete que o que aconteceu vai ficar entre a gente? Ninguém pode saber disso. — disse me olhando.

— Prometo.

Ela sorriu abertamente e voltou a repousar a cabeça no meu peito. Ficamos assim por longos minutos, até o meu celular começar a tocar.

Olhei pro visor e vi que era o meu pai, logo atendi.

— Oi, pai!

Tropa de Elite 3: Tal Pai, Tal Filho.Onde histórias criam vida. Descubra agora