Rafael: Será que se a gente continuar provocando, eles avançam pra mais perto de nós?
Fernandes: Não, né! Cês também deixaram eles com mais raiva, dá nem pra gente botar a cabeça pra fora do muro.
Tudo o que não poderia fazer, fiz. Coloquei a cabeça pra fora do muro, mas não aconteceu nada comigo, por sorte. Tinha um muro mais a frente de nós, e do meu muro eu enxerguei outra equipe se escondendo ali.
Rafael: Tem outra equipe ali no muro da frente, vamo logo! (disse olhando pro resto da equipe)
Fernandes: É arris...
Interrompi ele.
Rafael: A gente vai!
O Fernandes agia pela lógica, não pela emoção, ele era o mais calmo de todos e o que menos fazia as coisas sem antes pensar, mas eu não tinha tempo pra pensar. Ficamos em fila indiana e fomos de dois em dois, os tiros não cessaram pra nós irmos, apenas fomos contando com a sorte e com Deus.
Ninguém foi atingido e nós começamos a trocar tiros na mesma proporção com eles, o rádio transmissor sempre na frequência deles, tudo a gente escutava, até eu escutar o que eu mais desejava.
Mascarado: Fui atingido, porra! Fui atingido!
xxx: Calma, chefe!
Mascarado: Calma é o caralho, porra! Vem logo!
Naquela hora, nada mais importava, eu sabia onde ele estava, não me custava nada sair no meio do tiroteio.
Rafael: Vamo pegar ele logo! (disse agitado)
Azevedo: Cê vai ser atingido! Espera um pouco! (disse alto)
Rafael: Eu não quero esperar mais! (disse irritado)
Lins: A gente já vai conseguir pegar ele de qualquer jeito, calma, Rafael! (disse autoritário)
Estava impaciente, não aguentava mais esperar. Respirei fundo e mesmo meus amigos tendo me avisado dos riscos, eu não liguei. Saí de trás do muro correndo, atirando na direção dos traficantes que eu enxergava, o famoso tiro de supressão novamente, a mesma tática que eu usei com o Higor, na intenção de fazer eles se protegerem e pararem de atirar na minha direção. Fui pra um muro que estava muito próximo dos bandidos, devia tá há uns 7 metros deles, e só ali percebi que eu tinha feito besteira. Fiquei ali agachado, não tinha como eu voltar, caso contrário, era quase 100% de chance de eu ser baleado, eu teria que voltar dando as costas pra eles, quem me protegeria se a minha equipe estava escondida?
Quando eu menos esperei, a minha equipe correu pro mesmo muro em que eu estava, mas 5 dos 9 policiais que vieram, não se protegeram atrás do muro comigo, eles avançaram atirando firme na direção dos bandidos, até os tiros cessarem, em questão de segundos.
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Tropa de Elite 3: Tal Pai, Tal Filho.
Aksiyon(apresentação dos personagens no último capítulo + fotos) A história retrata a vida de Rafael Nascimento, filho do então coronel do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), exonerado, Roberto Nascimento, que foi baleado por engano em uma da...