Rapidamente e de olhos fechados, retiro a minha camisola e sinto os meus finos lençóis a tocar minha pele.
- Tuas mãos são as minhas, Ty. – digo ofegante devido aos meus pensamentos. – Toca com as minhas no teu peito. – falo com o desejo na voz e com esta imagem no meu pensamento.
Neste momento minhas mãos deslizam sobre a pele suave de Thomas e ondulam nos seus abdominais.
- Foda-se, Ly, isso não vale. – fala com uma voz rouca que ainda me faz excitar mais. – Não resisto a esse pescoço que chama por mim.
A minha respiração altera-se. Eu inclino a cabeça e deslizo os meus dedos pelo meu pescoço como se cada toque deles fosse cada beijo seu. O meu corpo humedece e pequenos gemidos saem pela minha boca.
- Beija-me com a intensidade do desejo de me tocares. – enuncio com as minhas mãos a passear pelas suas costas.
- Tens a certeza que é isso que queres? – interroga como se me desafiasse.
- Beija-me, Ty. – suplico.
- Toca com as minhas mãos pelo teu corpo e sente o calor da minha língua quando entra na tua boca. - estas palavras fazem-me humedecer mais, suspiro bem fundo.
Com suas mãos passeio sobre meu pescoço e desço até minha barriga que se encontra contraída e arrepiada.
- Encosta o teu corpo ao meu. – falo com falta de ar nas minhas palavras.
- Desculpa, Ly, mas minha pele nua já se encontra colada á tua. – as suas palavras fazem-me vê-lo em cima de mim com o seus lábios a tocarem meu pescoço.
Um choque dá-se em mim após sentir a sua pele deslizando sobre a minha. Eu sinto-me perdida nos meus pensamentos. Deste modo, contorço-me na cama devido á quantidade de desejo que meu corpo tolera.
– Rasteja as tuas mãos até teus seios. São as minhas mãos, Ly. – suspira os seus gemidos.
A respiração começa a falhar-me e desejo deseja-lo ainda mais. Suspiro.
- Thomas. – falo seu nome num quase gemido devido ao calor que irradia o meu corpo.
- Aperta-os com força, aperta, Ly. — suas ordens são os meus atos, fico no silêncio entre a paixão. - Deixa-me beija-los. – meu pensamento faz-me sentir sua língua húmida a tocar levemente meus bicos e a fazer círculos enquanto as suas mãos o apertam com força.
Gemo ainda mais.
Os meus mamilos endurecem e sem conseguir resistir aperto várias vezes meus seios enquanto solto leves gemidos.
- Respira. Ainda não parei. – fala num tom sério que me faz pirar, ainda mais. – Continua, Ly, leva a outra mão onde teu corpo implora que eu lhe toque. – fala com a respiração tao descontrolada quanto a minha.
Eu deslizo as minhas mãos pela minha barriga e minha pele arrepia-se.
– Toca-te. Ly, sou eu. – as suas palavras fazem-me sentir suas mãos novamente.
Eu fico com um plano de fundo completamente negro como se tivesse fechado os olhos na minha imaginação. Sinto a sua mão a levantar minha lingerie e a encontrar a minha fonte de prazer. Solto um gemido e movo lentamente a minha mão. Eu sinto um fio de calor a subir por mim a cima e a minha anca move-se controlada pelo desejo.
- Minhas mãos onde mais desejas, Ty. – falo gemendo e o gemido que sai pela sua boca ainda me faz movimentar mais minha anca.
Tudo o que sinto é novo porque nunca antes me toquei.
– Se estivesses á minha frente, Ly. – fala com falta de ar, seus gemidos aceleram os meus.
O silêncio instala-se sendo perturbado pelos nossos gemidos.
"Anda cá! Tira a roupa! Porque te fazes de difícil?"
"Deixa- me, pai."
" Pai? Se me quiseres chamar assim."
" Por favor larga-me!"
- Não! – grito, abro os olhos e volto ao escuro do meu quarto.
Eu sinto o fio de calor a ser sugado do meu corpo e a adrenalina que corria por ele foi substituída pela astenia. Eu enrolo-me nos meus lençóis para me sentir mais segura. As lágrimas preenchem os meus olhos como se fosse automático.
- Ly, calma. Fecha os olhos e verás que sou eu. – fala suavemente.
- Eu não consigo. – falo com o rosto apavorado e pousado na almofada.
- Volta para mim. Segue só a minha voz. – fala tenuemente. – Fecha os olhos, sou eu, Ly.
Eu fecho os olhos e respiro fundo com as lágrimas a escorrer pelo meu rosto. O meu peito está demasiado acelerado. Uma tela preta é o que resta no meu pensamento.
- Não consigo. – falo com as lágrimas a cair pelo meu queixo.
- Pensa no meu rosto, nos meus olhos alegres quando vêm os teus. – fala com calma e algo desfocado surge num fundo estrelado enquanto só consigo soluçar devido a estes malditos demónios que me assombraram. – As minhas mãos são as tuas. Limpa as tuas lágrimas, Ly.– eu coloco a minha mão no meu rosto e não as deixo escorrer mais sobre ele. – Encontra-te protegida nas minhas asas negras.
A imagem fica nítida e á minha volta estão as suas penas dando-me um abraço aconchegante. Eu rodo o meu corpo e vejo-o nas minhas costas a olhar-me com ternura. Só este olhar fez o meu peito abrandar e enjaular aqueles pesarosos demónios. Eu abro os meus braços e rodopio lentamente enquanto toco nas suas penas. A cada toque meu a sua cor vibra substituindo o negro pelo branco. Cada toque dos meus dedos faz a sua cor se alterar e um sorriso surge no meu rosto iluminado pelo espetáculo das luzes. Obrigado por distraírem a minha mente.
- Posso ficar entre elas esta noite? – digo com o meu corpo colado ao seu num abraço caloroso.
- Hoje, deixaste alguns demónios partir, um dia libertar-te-ei por completo. Ly, cola-te a mim e deixa-me cuidar de ti.
Mais nenhuma palavra não saiu da sua boca. Eu deito-me entre os seus braços e sinto as suas asas a fechar, formando uma espécie de casulo. Deste modo, sinto-me segura e o seu conforto secará minhas mágoas.
Pequeno mas intenso!
Espero que tenham gostado :)
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BETWEEN I - entre corpo e voz [Português De Portugal]
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