Capítulo 59 - Um reencontro

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Acabei de escrever e publiquei, eu não li mas quando tiver tempo eu irei corrigir algo que esteja mal. Eu fiquei tão entusiasmada que publiquei na mesma. ATENÇÃO:  Eu chorei a escrever este capitulo. 


- Lisie, Lisie. – oiço a voz de Monty que me arranca dos meus pensamentos.

Eu retiro os meus olhos da estrada e desloco-os para Monty que está sentado no banco do carro a meu lado.

– Chegamos, ele está ali dentro. – o seu dedo aponta para o templo vermelho.

Eu coloco a mão no puxador da porta enquanto a voz de Monty faz-me retirar os olhos do templo e a encontrar novamente os seus castanhos-escuros.

- Aquele templo foi contruído em homenagem á deusa de misericórdia. Eu espero que haja misericórdia na vossa relação.

- Obrigado. – solto um sorriso e saio do carro.

Quando o carro arranca, o meu peito está agitado e a minha respiração acelerada. A minha vontade é pegar na minha câmara e tirar uma foto à imagem que os meus olhos me transmitem. A altura deste templo destaca-se na paisagem ao seu redor e, os seus tons de vermelho, exaltam a sua bela arquitetura. Enquanto me aproximo da entrada do templo, reparo numa espécie de portão de entrada bastante bela. As pessoas tapam o meu campo de visão ao circularem na sua frente e tiram fotos. Os meus olhos observam as três lanternas tradicionais penduradas no portão de entrada e, em cada canto dele, encontro duas estátuas diferentes (creio que sejam deuses). Como ainda me encontro longe da entrada, começo a caminhar entre as pessoas que me rodeiam. A maioria delas são turistas e alguns são japoneses, que tentam vender os seus produtos. Os meus pés caminham lentamente deixando os meus olhos procurarem entre a multidão quem o meu coração quer ver. De repente, a multidão começa a passar pelo portão de entrada, provavelmente está a acontecer algum espetáculo dentro do templo, já que as atraiu. Eu olho á minha volta e o lugar que estava com centenas de pessoas passou a ter poucas dezenas. O meu coração aperta-me, os meus poros sobressaem-se na minha pele arrepiada, os suspiros saem da minha boca e a minha respiração altera-se ao ver Diego a caminhar debaixo da grande lanterna vermelha. Como se estivesse num filme romântico, o espaço entre mim e ele está vazio e, em frações de segundos, ele irá ver-me. Os meus pés estão colados ao chão e os meus olhos colados no seu rosto. As lágrimas começam a picar os meus olhos devido ás saudades que eu tenho dele. Confesso a mim nesta este sentimento que negava sentir. Também confesso que o medo está a sobrecarregar este coração que está agitado numa intensidade imensa. Os meus olhos verdes encontram os dele e a preocupação aperta o meu peito ao observar o seu rosto que está um pouco marcado dos combates. Porém, para mim ele está perfeito porque ele é o meu Charming. O homem que mexe comigo desta forma diferente, o homem que me faz sentir mulher, o homem que me faz ser uma mulher completa só porque o seu coração me pertence. O seu rosto espantado não larga o meu. Eu tenho a certeza que ele ainda não acreditou que eu estou mesmo aqui, a menos de 50 metros dele.

Diego

Eu pestanejo várias vezes tentando perceber se o que vejo é real ou se os meus desejos enlouqueceram a minha mente e criaram uma miragem. Os seus olhos verdes observam timidamente os meus. O meu corpo mexe-se de uma forma que me faz respirar fundo. As minhas mãos tremem ao pensar que irei saciar a minha vontade de tocar nela. É irrealizável ela estar aqui, sei que me enlouqueceram, desejos. Eu tenho tantas saudades de tocar o seu rosto, o seu cabelo, o seu corpo... Eu sinto a falta do seu beijo, do seu cheiro e de todos os sentimentos, os mesmo que sinto agora por a ver. Eu amo esta mulher de uma forma que nunca pensei que fosse possível amar alguém. Agora sei que o amor é cego, eu sou cego por ela. Quando não a tenho perto de mim o meu coração suspira com a sua falta, eu preciso dela! Sinceramente, eu não conseguiria viver com o coração desfeito ao não a ter, é assim que eu tenho vivido e tem sido uma batalha bastante difícil. Porque me deixaste? Eu não quero viver sem ti, Lisie. Os meus pés começam a caminhar rapidamente tentando perceber se o que vejo é real. Á medida que caminho, ela vai caminhando lentamente para junto de mim. Os traços simples do seu rosto vão ficando cada vez mais nítido e os seus olhos verdes já lutam contra mim. O meu coração bate de uma forma única que é nova para mim. O meu corpo para junto ao seu e os meus olhos contemplam os meus inimigos. As suas pupilas abrem-se e o seu rosto mostra-me que o seu coração sente o mesmo que o meu, eu sinto-o, mesmo que ela o esconda. Eu respiro fundo e inclino a minha cabeça enquanto seguro as lágrimas que tento prender, são demasiados sentimentos que não consigo prender dentro de mim. Eu pensei que a nossa história tinha terminado naquela carta. Com bastante medo, eu movo as minhas mãos, que tocam nas delas. É real e eu não estou a sonha! Eu entrelaço os meus dedos com os seus, um choque percorre pelo meu braço e atinge com uma pontada forte o meu peito. Eu subo as suas mãos na altura do meu peito, deslaço os nossos dedos e as nossas palmas das mãos tocam uma na outra. Eu observo os seus olhos abrilhantados e diversas lágrimas caem pelos seus olhos. Uma lágrima cai pelo canto do meu olho porque eu sentia tantas saudades dela e vê-la a chorar provoca o mesmo sentimento em mim. Ela escolheu o seu "se". Então porque fugiste de mim, se? Eu respiro fundo e volto a entrelaçar os meus dedos com os dela. Eu aperto a sua mão com força e levo as nossas mãos entrelaçadas para as minhas costas, puxando-a para me abraçar. O seu corpo encosta-se ao meu e, cada parte que tem a dádiva de a sentir, se arrepiar. Se soubesses as sensações que geras em mim. Se soubesses o quanto sou completamente e inteiramente apaixonado por ti. A minha carta foi tão pobre, já que não tenho o dom de conseguir escrever com palavra o que sinto.

- Eu senti tanto a tua falta. – afirmo encostando o meu rosto á sua cabeça, mais lágrimas caem pelo meu rosto, ao ver as suas, o seu estado desolado.

- Desculpa, Diego. – eu abraço-a com mais força ao sentir os soluços do seu choro.

- Porque demoraste tanto a voltar? – digo enquanto reponho alegria em cada parte do meu corpo, já que a tenho nos meus braços.

O silêncio dela magoa-me um pouco mas, os soluços do seu choro são tudo que eu preciso para ter as minhas respostas. Ela sente a minha falta tanto como eu sinto a dela. Eu amo-te, Lisie, digo várias vezes no meu pensamento. Cego, completamente cego! Eu afasto o meu corpo do dela e o seu rosto molhado faz-me sentir felicidade quando me mentalizo que o meu sentimento é reciproco. Eu limpo as lágrimas dela e, de seguida, ela limpa as minhas com um cuidado que me encanta. De repente, ela abre um sorriso encantador e o meu rosto não consegue deixar de sorrir para ela.

- Porque sorris? – questiono enquanto levo uma madeixa do seu cabelo para trás da sua orelha.

- Porque não haverei de sorrir? – as suas palavras fazem-me abrir mais o sorriso no meu rosto.

- Aceitas uma visita guiada? – estico a minha mão ainda sorrindo, não consigo parar de faze-lo.

Ela assente com a cabeça e, com os meus dedos entrelaçados nos dela, caminho em direção á grande lanterna vermelha. Eu imaginei este momento tantas vezes na minha começa que nem acredito que está a acontecer.

- Porque sorris? – ela questiona e eu nem reparei que abri um sorriso por causa dos meus pensamentos.

- Porque não haverei de sorrir? – olho-a nos olhos e ambos sorrimos um para o outro.

Os meus olhos deslocam-se para os lábios dela e sinto a sensação que criei nela. Ela engole em seco e os seus olhos verdes atacam-me penetrando nos meus. Ela tem um olhar tão intenso que faz-me ser seu escravo. Eu respiro fundo e tento combate-los deixando os meus desejos ganharem nesta guerra. A vontade de os tocar é tão grande que eu sinto um impulso no meu peito. Eu respiro fundo e tento vencer esta batalha. Porque me ganham sempre? Respiro fundo, viro o meu rosto para o lado e preparo os meus pés para a caminhada derrotista.

- Diego. – sinto a sua mão a puxar a minha obrigando-me a parar o meu corpo em frente ao seu.

Os nossos olhos cruzam-se e o seu rosto mostra-se tímido e nervoso. Os seus olhos movem-se olhando os meus e descem para os meus lábios. O meu peito treme, assim como as minhas mãos, respiro bem fundo e o ar que o meu peito agitado solto, sai levemente da minha boca. O clima entre nós aumenta parecendo que neste momento quem luta contra os meus olhos é ela. Ela joga os seus braços para o meu pescoço e toca os seus lábios nos meus. Automaticamente, os meus lábios dançam com os dela enquanto os meus braços abraçam a sua cintura. Eu fecho o meu abraço e o seu corpo encosta-se ao meu enquanto que as suas mãos mexem nos meus cabelos. Quando a sua boca se abre um pouco, a minha língua encontra a sua e o sabor da sua boca envolve-se na minha. O meu nariz capta o cheiro do seu cabelo e o meu corpo sente o seu, este é o meu paraíso. Sou cegado por estes sentimentos! O seu beijo é tão intenso e de uma forma diferente e boa. Desta vez ela tomou a iniciativa quando eu tinha baixado os braços. Após algum tempo no meio destas sensações, ela descola os seus lábios dos meus e encosta a sua testa na minha.

- É por isto que eu sorrio. – digo ofegante, no fim sorrio devido à alegria que sinto no meu peito.

Automaticamente, ela sorri para mim após recuperar a respiração. A sua testa encostada à minha e o seu sorriso aberto para mim faz-me reerguer o meu peito. 

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BETWEEN I - entre corpo e voz [Português De Portugal]Onde histórias criam vida. Descubra agora