BETWEEN I - entre corpo e voz [Português De Portugal]

Capítulo 31 - A confissão de amor

Eu não quero estar á sombra dos meus medos, eu só quero sentir o prazer que ele me faz viver. Eu preciso de enfrentar os meus medos e com alguém como o Diego será mais fácil. Admito que o seu toque é como um vício que mesmo sabendo que me pode trazer malícias, eu quero viciar-me vezes sem conta. Ele leva as suas mãos para o interior da minha cocha e desliza os seus dedos pelas minhas virilhas. Eu contraio o meu corpo e aperto os seus braços. Lentamente ele desliza os seus dedos pela minha fonte de prazer e as minhas mãos apertam-nos com mais força. Eu sinto um fio de calor a subir por mim acima e a minha anca começa a mover-se automaticamente. De repente ele toca meu clitóris e o meu prazer aumenta de uma forma descomunal e diversos gemidos saem pela minha boca. A minha cabeça cai no seu ombro enquanto sinto o meu corpo a lutar contra o relaxamento que aquilo trás em mim. A minha anca reduz o movimento.

- Não lutes, deixa-te ir. – ele sussurra ao meu ouvido.

Eu sinto os seus dedos a largar o meu clitóris, a descer para a minha entrada e a pressionar um bocado. Eu dou um pequeno salto devido á dor que me causou ou pela novata sensação.

- Se te magoar diz-me que eu paro. – ele sussurra e eu assinto com a cabeça.

O seu dedo pressiona mais um pouco e a dor misturada com o prazer disputam quem tem mais poder. Eu aperto um pouco os seus braços e o seu dedo começa a movimentar-se para a frente e para trás. Um forte gemido solta-se da minha boca e o prazer envolve o meu corpo.

- Eu vou ensinar-te que o prazer é bom, tão bom ao ponto de desejares cada vez mais. Como agora, que vou aumentar o teu prazer e o teu corpo vai desejar mais e mais. – fala ao meu ouvido e, para aumentar a minha perdição, puxa a minha orelha.

As sensações que correm no meu corpo e os meus prazerosos suspiros dizem-me que as suas palavras são inteiramente verdade. Os seus dedos novamente pressionam na minha entrada enquanto o prazer misturada com dor se voltam a manifestar. Talvez o facto de estar dentro de água ajuda os seus dois dedos a entrar facilmente dentro de mim. Os seus dedos aumentam a velocidade e as minhas pernas agitam-se enquanto o meu corpo contorcem-se junto ao seu peito. Outro gemido sai entre meus dentes e o movimento dos seus dedos faz-me querer sentir ainda mais o seu toque. As minhas mãos apertam seus braços na tentativa de me controlar. De repente sinto-os a sair dentro de mim e as minhas costas repousam no seu peito enquanto a minha respiração abranda. Os seus braços voltam a rodear o meu corpo e as suas mãos a repousar na minha barriga. Eu queria que ele continuasse no entanto, o facto dos meus pesadelos terem-se mantido na jaula, fez este momento perfeito. Este momento foi tão perfeito para o meu corpo assim como a minha mente.

- Aos poucos vais devorando os teus pesadelos – diz ao meu ouvido. – e um dia serás minha por inteiro. – beija a minha cabeça.

Inteiro? Isso é o que não sou já que o Thomas ainda surge no pensamento devido á metade do meu coração que lhe pertence. A sua traição deixou-me desolada, esquece, Elizabeth, ele não merece o seu lugar no teu peito. Eu quero que o Diego o complete para que eu lhe possa pertencer por inteiro. "Estás na sua cidade, tão próxima dele." " Vê-lo com os teus olhos e senti-lo com as tuas mãos." Para, mente! O quanto é errado este teu ato. Eu relaxo no seu peito e começo a brincar com a espuma que me rodeia na tentativa de distrair esta mente. Eu pego um pouco de espuma e sopro-a várias vezes. Um sorriso surge no meu rosto e a alegria domina no meu peito. A voz de Diego e o aperto do seu abraço arranca-me dos meus pensamentos.

– Eu preciso de te dizer que desejei todos os dias te encontrar e ver os simples traços do teu rosto. Eu desejava ouvir a tua voz e ver os teus olhos verdes que tanto mexem comigo. No entanto, eu sabia que precisavas de espaço e quando estivesses pronta falarias comigo. Passava um dia, dois, três, um mês e a minha ansiedade comia sempre um bocado de mim. Tu não voltaste.