Abro um olho e vejo aquela luz vermelha vinda dos números enormes do meu relógio. Ela é tão incomodativa que às vezes só me apetece pega nele e atira-lo pela janela fora. No entanto, foi a minha avó que me deu porque " estás sempre a adormecer por isso o teu presente de anos é (suspense) um despertador gigante!" Imaginem a minha cara quando vi o meu presente de aniversário. O melhor desta história é que eu prefiro os gritos horríveis da minha mãe do que uma campainha escolar dentro de casa. A sua luz é tão forte que tenho de fazer várias tentativas para conseguir ver uns números gigantes. 1,8,0,7, seis da tarde? Incrédula, pestanejo e volto a ler. Eu não acredito! Rapidamente me levanto, visto o meu robe que estava pousado no pufe e vou logo para a cozinha. Quando encaro a luz forte da janela da cozinha vejo a minha mãe a preparar o peixe para o jantar. Jantar! Eu nem almocei!
- Mãe, porque é que não me chamaste? - mostro a minha irritação enquanto procuro uma maçã para trincar.
- Filha, ontem foste-te divertir. Depois de uma época de testes cansativa o que mais mereces é descansar. - continua concentrada a preparar o jantar.
- Mas já sabes que eu não gosto de acordar tarde! Parece que... - interrompe-me.
- Não viveste o dia como se tivesses desperdiçado um dia da tua vida. Eu sei, filha! Mas como podes ouvir está a chover imenso e estamos sobre aviso laranja. Parece que está tudo fechado e as pessoas estão como nós, refugiadas em casa. - lava as mão. - Logo á noite choverá mais e irá trovejar imenso por isso, vou fazer isto! - ela vira-se rapidamente com dois baldes enorme para fazer pipocas - Noite de cinema! - um sorriso surge no meu rosto com uma força enorme. - Mas antes vamos arrumar esta casa e jantar.
- Quer dizer, almoçar. – rio.
Entrementes, o som forte da chuva a bater na janela faz-nos silenciar.
- Acho que alguém está a mandar-nos trabalhar. - atira-me com a almofada azul do sofá.
- Parece que sim!- atiro-lhe de volta mas acerto-lhe mesmo na cara.
As risadas eram muitas e a minha mãe é razão do meu sorriso. Ela tem a força da chuva que quando cai domina a terra transformando-a com o seu poder. Uma mulher que é mãe e pai, já que o meu preferiu não o ser. Quando a chuva cai tudo se molda a ela, os amimais refugiam-se nos seus ninhos tais como nós nas nossas casas. Eu moldo-me á minha mãe querendo ter a sua forma de ser. Obrigado chuva que cai do céu, trouxeste o meu céu ao meu mundo. Entre brincadeiras fomos arrumando a casa e dando concertos ao vivo, somos tão desafinadas. Quando demos por ela já eram oito e meia da noite. O vento já soprava e a chuva continuava tirana.
- Mãe, olha o jantar no forno! - grito tentando combater o barulho do aspirador que combate ao mesmo tempo com o vento e a chuva.
Rapidamente a minha mãe larga o aspirador e corre para o forno, parecia uma barata tonta. Abre o forno e um enorme vapor paira no ar.
- Ufa! Não queimou. - suspira.
- Vou comer peixe, iupi! - mostro todo o meu contentamento descontente.
Ela olha-me, tenta esconder um sorriso e retira a assadeira do forno. Consequentemente, começo a por a mesa e logo começamos a jantar. É natural a minha fome era imensa, apenas comi uma maça.
- Eu sei que não gostas muito de peixe, mas para uma atleta precisas de comer bem. - afirma enquanto tira o peixe para o meu prato.
- O meu primeiro jogo é sexta-feira, estou mais ansiosa do que nervosa. Este ano acho que temos hipótese de subir de divisão! - falo rápido para ter tempo de começar a comer.
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BETWEEN I - entre corpo e voz [Português De Portugal]
RomansaTEM AUDIOBOOK E ESTÁ CONCLUIDO Ser abusada deixa traumas para a vida! Apaixonada pelo lutador de boxe mas não pode se relacionar sexualmente devido ao seu trauma. Elizabeth Carter ou Lisie é uma menina simples com uma vida normalíssima mas com um p...