Capítulo 25

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  - Bom dia!- Breno disse sonolento ao sair de seu quarto e encontrar Paula saindo do banheiro.

  - Bom dia- ela foi até o homem e abraçou seu pescoço com os braços lhe dando um selinho- Dormiu bem?

  - Sim- ele sorriu e passou os braços pela cintura dela- A Jade já acordou?

  - Ainda não- a morena suspirou- O estresse emocional foi demais pra ela.

  - Imagino que sim. Ela tem só cinco anos e já teve que passar por isso- ele olhou nos olhos castanhos cobertos pelos óculos de grau- Desculpa.

  - Pelo quê?- perguntou confusa.

  - A Letícia era minha namorada e isso só aconteceu porque eu terminei com ela- ele acariciava a cintura da mulher que estava descoberta devido ao top roxo que ela usara para dormir.

  - Você não tem culpa de ter namorado uma psicopata- Paula desceu as mão as descansando no braço musculoso do homem.

  - Mudando de assunto- sua voz se tornou um pouco infantil e ele apertou os braços em torno dela- Como você dormiu depois do nosso beijo?

  A morena riu jogando a cabeça pra trás e fazendo o loiro dar um pequeno beijo no pescoço dela.

  - Eu dormi muito bem- ela voltou a posição inicial e sorriu- Poderia ter dormido melhor, mas...

  - A gente mora junto, linda, oportunidades não faltarão pra você dormir na minha cama- ele mordeu o lábio inferior olhando para a boca dela.

  - Ou você na minha- ela imitou o gesto dele.

  - Posso te dar outro beijo?

  - Não precisa nem perguntar.

  O loiro sorriu, subiu uma de suas mãos encaixando no pescoço dela e então grudou os lábios nos da mulher. Paula prendeu o lábio inferior do loiro entre os seus e deu uma puxadinha enquanto passava a língua por ele. Logo as línguas de ambos se encontraram iniciando um beijo calmo.

  Com a mão que tinha na cintura da morena, Breno passou a acariciar as costas dela, conhecendo sua textura até onde a roupa deixava. Paula segurava a nuca do homem com uma mão e com a outra ela apertava o braço dele como pedido de mais.

  O beijo foi interrompido pelo som do celular da morena dentro do quarto.

  - Não- Breno resmungou e a segurou em seus braços quando ela foi sair.

  - Vai acordar a Jade- essa frase o fez a soltar e então ela foi até o quarto pegando o celular e voltou para perto do loiro- Merda- olhou para o identificador de chamada.

  - O que foi? Não vai atender?- perguntou estranhado.

  - É a minha mãe, parece que ela sente quando alguma coisa aconteceu- Paula suspirou indecisa se atendia ou não.

  - Ela deve estar preocupada, atende- ele aconselhou.

  A morena resolveu atender sua mãe e desceu as escadas para falar com a mulher.

- Mamãe- Breno ouviu a voz de Jade no quarto.

Ele abriu a porta e viu a menina sentada na cama, com o cabelo bagunçado, enquanto coçava os olhos com as mãos.

- Bom dia, pequena!- ele se sentou ao lado dela.

- Bom dia- ela sorriu para o homem- Cadê minha mamãe?

- Ela tá falando no celular com a sua vovó- Breno sorriu acariciando os fios bagunçados da menina.

- Vovó Kelly?- ela sorriu.

- Acho que sim- o loiro não sabia quase nada sobre a família de Paula, apenas que viviam em Belo Horizonte.

- Eu vou ir ao banheiro e já volto, Breno- Jade falou se levantando da cama e saindo do quarto.

- Cadê a Jade?- Paula perguntou entrando no quarto depois de alguns minutos.

- Ela foi ao banheiro- o loiro disse.

Paula deu uma olhada no banheiro, vendo que a porta estava entreaberta e pode ouvir o barulho da torneira, indicando que a pequena escovava os dentes. Ela se aproximou de Breno, abaixou seu tronco apoiando as mãos nas coxas dele, que estava sentado na cama, e mordeu o lábio do loiro dando uma puxadinha.

- Agora que começou não para mais né?- ele falou sentindo os selinhos que ela distribuía ao redor de sua boca.

- Se quiser parar é só me avisar- ela olhou nos olhos dele.

- O que eu mais quero é beijar a sua boca, linda.

Breno pôs uma mão no rosto dela e então selaram os lábios. O beijo daquele momento era sem língua, apenas os lábios trabalhavam e matavam a vontade de sentir a maciez do lábio do outro.

- Hm- Paula deu um selinho em Breno e se afastou- Ela já vai voltar.

A morena foi até seu armário e só então o loiro reparou na roupa que ela vestia. Ele sorriu ao ver a calça de pijama de cachorrinhos em conjunto com um top roxo de corações e as meias de estrelas nos pés.

- Parece uma criança- ele riu e sinalizou a roupa dela.

- Sai do meu quarto pra eu virar mulher então- ela brincou o puxando pela mão e o levando até a porta.

- Te espero lá embaixo!- deu um último selinho na morena e saiu.

Jade foi para seu próprio quarto e trocou de roupa, logo descendo as escadas e encontrando Breno já com a mesa do café posta.

- To morrendo de fome- ela se sentou ao lado do homem.

- Eu também, pequena, mas to esperando sua mãe- ele revirou os olhos.

- Nem parece que vai só ficar em casa.

- Pois é, né?

Paula desceu as escadas já com outra roupa.

- Podemos comer!- ela se sentou em frente aos outros dois.

Eles tomaram café e então Jade foi para a sala enquanto a morena e Breno foram para a cozinha.

- Tudo bem na conversa com a sua mãe?- Breno perguntou enquanto lavava a louça.

- Tudo bem sim. Eu preferi não falar nada pra ela sobre o trem da Jade. Ela sempre foi contra eu vir pra cá e isso só daria munição pra ela- a morena explicou se sentando na bancada.

- Ela era contra por quê?

- Eu tinha uma filha de dois anos e não tinha nada pra me apoiar aqui, então ela achou arriscado, mas eu vim mesmo assim- deu de ombros.

- Ainda bem que veio, se não eu não ia conhecer você e nem a Jade- ele secou as mãos e foi até ela apoiando as mãos em sua cintura.

- Uai, nunca se sabe- ela passou os braços pelo pescoço dele- Vai que você fosse dar um passeio em BH e esbarrasse me mim por lá.

- Mas aí não ia ser a Paula estudante de direito, ia ser só a Paula.

- Ridículo- ela deu uma risadinha e grudou os lábios aos do homem.

- A gente mal começou a ficar e eu já to amando- ele sorriu passando o nariz no rosto dela para sentir o seu cheiro.

- Me amando?- ela afastou ele o fazendo a encarar com os olhos arregalados- Eu to zoando, besta!- Paula deu um tapa do ombro dele rindo e o puxou novamente o abraçando.

- Gosta de me botar em saia justa né, Paula?- ele riu acariciando as costas dela.

- Adoro!

Eles ficaram um tempinho ali conversando sobre coisas aleatórias e aproveitando aquela sintonia que recém iniciavam a explorar.

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