Capítulo 45

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- Acorda, papai!- a voz de animada Jade despertou o homem.

Breno abriu os olhos e, a claridade que vinha da rua por conta da janela aberta, fez que sua cabeça doesse mais ainda.

- Quem abriu essa porcaria?- ele resmungou pressionando as mãos nos olhos.

- Fui eu, papai, desculpa- sua animação sumiu- Já é de tarde e você não tinha acordado, então eu vim aqui ver se você tava bem.

- Oh, meu amor- ele se arrependeu de como falou e ignorou a dor de cabeça se sentando na cama e abraçando a filha- Muito obrigado por se preocupar- ele sorriu.

- A mamãe deixou seu prato de comida servido, quer que eu traga pra você?- ela separou o abraço e o olhou.

- Não precisa, filha, o papai desde- ele acariciou o cabelo dela que estava preso em duas tranças- Cadê sua mamãe?

- Ela tá arrumando as roupas dela ali no quarto da frente.

- Como assim?- perguntou surpreso.

Mesmo que dividisse o quarto com o loiro, a morena preferiu deixar a maioria de suas roupas no outro quarto para não bagunçar o do namorado.

- Ela tá só ajeitando- a frase de Jade o tranquilizou.

- O papai vai ir tomar um banho, tá bom?

- Tá, eu vou ir lá ver meu desenho.

Jade saiu do quarto e Breno foi para o banheiro, ele tomou um banho frio e, saindo, viu encima da pia um remédio e um copo de água. O loiro sabia muito bem quem havia e deixado e porque, então bebeu.

Ele não lembrava do que acontecera na noite anterior, mas sabia que havia bebido mais do que o normal e que provavelmente chegara em um estado deplorável em casa. O homem pôs uma bermuda e saiu do quarto vendo a porta do da frente aberta.

- Oi- disse meio tímido com medo de a morena estar brava com ele.

- Boa tarde- ela olhou rapidamente para ele e voltou a atenção para as roupas que dobrava encima da cama.

- Você já almoçou?- resolveu puxar mais assunto pois não havia ficado claro se ela estava brava ou não.

- Sim, não te acordei porque imaginei que você precisaria de mais tempo de sono pra curar a ressaca- Paula não olhava para ele.

- Você tá brava comigo?- ele mordeu o lábio inferior e ela parou o que fazia de virando para ele e olhando em seus olhos.

- Eu deveria?

- Não, eu... eu não sei- ele suspirou.

- Você quer conversar?- ela desviou o olhar e seguiu dobrando as roupas.

- Você tá numa hora boa pra conversar? Sem brigas?- ele perguntou o que ela sempre costumava perguntar quando tinha que abordar algum assunto sério.

- Sim.

Breno entrou no quarto e fechou a porta para Jade não chegar e ouvir o que seria conversado ali.

- Senta aí- ela pôs algumas roupas na poltrona e deixou um espaço livre na cama para ele.

- Você não vai parar pra nós conseguirmos ter uma conversa decente?- ele reparou que ela não pararia a arrumação.

Paula suspirou e largou a roupa que tinha em mãos cruzando os braços em frente ao peito.

- Você não tá brava pelo jeito que eu cheguei em casa ontem? Quer dizer, eu não lembro muito bem, mas sei que não deve ter sido bom.

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