Capítulo 33

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- A gente vai até a casa de seus pais de aplicativo?- Breno perguntou enquanto esperavam suas malas.

- Não, meu pai vem buscar a gente aqui. Nosso voo tava um pouco adiantado, acho que é por isso que ele não chegou ainda- ela olhou para o relógio vendo as horas.

Pegaram as malas e foram para fora do aeroporto encontrando o carro de Luiz sendo estacionado. Ele saiu do carro e correu, primeiro, até a neta.

- Que saudade que o vovô tava de você, meu amor!- ele pegou Jade no colo e a abraçou forte.

- Viu, Breno? Essa é o bom de ter filhos. O seu próprio pai esquece que você existe e que tá de aniversário- Paula falou brincando.

- É ciumenta mesmo, viu?- Luiz riu e deixou Jade no chão novamente- Vem cá, minha primogênita!- ele a envolveu com os braços dando o abraço reconfortante de pai- Parabéns, minha filha- ele beijou o rosto dela várias vezes durante o abraço.

- Obrigada, pai- eles separaram o abraço e ela puxou Breno pela mão- Pai, esse é Breno, meu namorado, e esse é Luiz, o meu pai.

- Muito prazer- Breno sorriu e apertou a mão do homem.

- O prazer é todo meu. Precisa ver como a Paula fala de você pelo telefone, parece uma boba apaixonada- a fala de Luiz fez Breno olhar sorrindo para a namorada.

- Pai!- ela resmungou revirando os olhos.

- Vovô!- Jade esticou os braços pedindo para o homem a pegar.

Luiz pegou a pequena no colo e ela se agarrou a ele.

- Quem pode dirigir? Eu vou ter que ir com essa macaquinha aqui no banco de trás- ele beijou a cabeça da neta.

- Eu dirijo, pai- Paula sugeriu sorrindo ao ver o grude da filha com o pai.

- É seguro, Luiz?- Breno perguntou para o sogro e Paula bateu com sua bolsa nele.

- Olha, ela acha que tá apostando corrida- o loiro começou a gargalhar com a frase do outro- Mas te garanto que, com a Jade no carro, a gente chega vivo em casa.

- Vocês são ridículos- Paula falou pegando a chave da mão do pai- Põe as coisas no porta-malas, Breno!

Ele pôs tudo no porta-malas enquanto Luiz entrava no carro com a neta. Breno entrou no carona ao lado de Paula que já estava posicionada no banco do motorista.

- Posso ligar pra minha mãe e dizer que amo ela?- ele fingiu que ia pegar o celular quando a morena ligou o carro.

- Vai a merda!- ela o xingou dando partida no carro.

- Olha a boca na frente da sua filha, Paula Carolina!- o pai a repreendeu.




- Alivia esse pé aí, Paula!- Breno disse segurando no pegador do teto.

- Eu vou te jogar pra fora desse carro- ela disse rindo e dobrou a direita entrando na rua da casa.

- Como que ela passou na autoescola?- o loiro perguntou brincando para o sogro.

- Ela fingiu que era uma motorista prudente- respondeu em tom de brincadeira.

- Vocês dois são terríveis, né?- ela negou com a cabeça entrando na garagem.




- A arquitetura dessa casa é massa demais!- Breno olhava tudo com atenção.

- O Breno é arquiteto, pai- Paula informou largando sua bolsa no sofá.

- Você que projetou a casa que vocês moram?- Luiz perguntou.

- Sim, foi um dos meus primeiros projetos- o loiro revelou orgulhoso.

- A Paula me mandou algumas fotos, você fez um ótimo trabalho.

- Obrigado!

- Cadê a vovó, a tia Clara e a tia Luiza?- Jade perguntou quando o avô a pôs no chão.

- Elas foram no salão, daqui a pouco estão de volta- o homem falou- Vocês não querem ajeitar as coisas lá no quarto da Paulinha e da Jade? Tem um colchão do quarto da Luiza e...

- A gente vai ficar em um hotel, pai- a morena disse se sentando no sofá.

- Por quê? Tem bastante espaço no quarto, filha.

- A gente prefere dormir juntos- ela falou sabendo que o pai estava sugerindo que seu namorado dormisse no chão.

- E a Jade?- ele não insistiu mais.

- Ela disse que quer ficar aqui- a morena revelou.

- Vovô, eu quero dormir- a pequena coçou os olhos.

- Eu vou deitar lá com ela gente, fiquem a vontade!- ele pegou Jade no colo e subiu as escadas.

- Quer ir conhecer a casa?- Paula perguntou quando o namorado se sentou ao seu lado.

- Não- disse manhoso- Quero ficar juntinho com você.

Ele abraçou a namorada e ela pôs suas pernas por cima das dele.

- Seu pai sabe o porquê de você ter ido morar comigo?- perguntou acariciando os cabelos castanhos.

- Não, eu só falei depois que a gente começou a namorar- a morena revelou- A minha mãe daria um chilique se soubesse o real motivo.

- Então é o nosso segredinho- disse com voz infantil e a apertou em seus braços- Já namorou muito nesse sofá?

- Demais- respondeu rindo- Era cada filme que virava em mão boba.

- E seus pais?

- Era só quando eles não estavam em casa. Minhas irmãs eram pequenas então eu sempre fazia uma pequena chantagem pra elas não contarem ou comprava o silêncio delas com doces- falou causando risadas no namorado.

- Sempre foi terrível, né?- ele beijou o rosto dela.

- Ah, é bom uns beijinhos calientes de vez em quando, principalmente quando a gente é novinho e só beija na boca, nem faz sexo ainda- deu alguns selinhos no namorado.

- Por quê exatamente eu to extremamente tentado a fazer amor com você aqui?- Breno encarou aqueles olhos escuros.

- Eu também to, meu bem, mas minha família pode aparecer a qualquer momento.

- E eu não teria coragem também, tá doida?- ele tirou as pernas dela de cima das dele.

- Eu também não, mas eu queria- ela se agarrou ao seu tronco e beijou a orelha dele.

- Para, sua atentada!- ele fechou os olhos sentindo os beijos da morena- Imagina que legal se o seu pai desce as escadas.

- Eu tenho uma filha, meu pai sabe que eu já transo- falou rindo e se afastou do homem olhando seu rosto.

- Mas eu ia desmaiar aqui no meio da sala.

- Tá bom, parei- ela se ajeitou no sofá- O que acha de ir visitar a indústria dos doces do meu pai depois?

- Você tá falando sério?- ele a olhou animado.

- Lógico que sim!

- Eu seria o homem mais feliz do mundo- ele beijou seu rosto várias vezes.

Take Me HomeOnde histórias criam vida. Descubra agora