- Você acredita que amanhã a gente já se forma?- Paula olhou para Caio enquanto estavam em um jantar na casa de Maria Olívia.
- Não! Meu estômago tá borbulhando de nervoso- o homem respondeu.
- Quando chamarem o nome de vocês a gente vai soltar até fogos de artifício- Maria Olívia brincou.
- E você vai se comportar com o papai, né, meu amor?- a morena falou para Matheus que estava sentado em seu colo.
- Não!- a fala fez todos na mesa rirem.
Havia se passado dois anos desde o nascimento de Matheus e Paula e Caio já haviam acabado a faculdade, estavam apenas à espera da colação de grau que seria no dia seguinte.
Todos pensavam que Matheus seria uma criança calma, já que ele sequer chorava de madrugada e dava muito pouco trabalho para os pais, mas o menino surpreendeu e virou um bagunceiro de primeira. Paula não podia virar as costas que ele dava um jeito de fazer algo que ela havia mandado não fazer.
- Por que tão anjo?- disse irônica e dramática ao mesmo tempo.
- Viu? E você reclamava de mim!- Jade falou rindo.
A menina já estava com nove anos de idade.
- Quem que esse menino puxou?- Breno perguntou.
- Puxou você, né, seu conversado!
- Conversado!- o menino repetiu fazendo as pessoas rirem.
Ele já falava de tudo. Tudo que falavam ele fazia questão de repetir, até as coisas que não deveria, como palavras feias.
- Não vejo a hora dessa formatura sair logo e essa mulher aceitar meu pedido de casamento- Breno resmungou.
- Eu já aceitei, amor, só que agora a gente precisa de um tempo pra arrecadar verba- ela piscou para ele.
Breno havia pedido a namorada em casamento na festa de primeiro aninho de Matheus, inclusive festejaram o noivado em uma reunião familiar na praia, porém a mulher seguia com a ideia de que o casamento apenas aconteceria depois que se formasse.
- E vocês vão morar aonde depois que o casamento acontecer?- Bruna perguntou.
A irmã de Breno e Caio já haviam oficializado a união, inclusive a mulher estava com três meses de gestação.
- Na casa do Breno-Paula falou- Eu vou pôr meu apartamento pra alugar e aí vamos ter uma renda a mais.
- E eu finalmente vou poder morar com a minha família- o loiro sorriu e beijou o rosto da noiva.
- Mãe, posso levar o Math pra brincar na sala?- Jade perguntou.
- Pode, filha- ela pôs o menino no chão-Se comporta!
Ele fez 'ok' com os dedos e saiu correndo.
- Se ele soubesse o real significado disso... seguiria usando- o loiro falou rindo.
- Eu acho que ele até já sabe- Caio brincou.
- Esse menino é terrível- Paula pôs a mão na testa.
- Eu espero que o nosso seja um anjinho igual a Jade- Bruna pôs a mão na barriga.
- Acho difícil, Bruna- Sérgio falou- Você era terrível também e Caio não parece alguém que foi uma criança boazinha.
- Não fui mesmo- ele riu.
- A gente tá ferrado!- Bruna riu e beijou o rosto de seu namorado.
- Eu não quero acabar com o clima de felicidade, mas como ficou o caso da Letícia- Maria Olívia perguntou para a nora.
O julgamento da mulher havia sido há poucos dias e apenas Paula comparecera no local.
- Foi condenada- falou com um tom de alívio- A pena foi menor do que eu esperava, mas pelo menos ela vai pagar pelo que fez.
- Ainda bem- Breno puxou a noiva pelo ombro e beijou sua testa.
- Como tá o bebê da sua irmã?- Bruna perguntou acabando com o clima ruim.
- Lindo- Paula abriu um sorriso- Ela me manda cada foto que eu fico apaixonada. Uma pena eu não estar com tempo pra visitá-la.
Clara, irmã da morena, havia ganhado o seu primeiro filho meses após o casamento com seu namorado.
- To com saudade de ter um bebezinho pequeno já- a morena falou.
- Vamos fazer outro então- Breno sugeriu.
- Muita calma, moço! Esse daí tá dando trabalho demais. Não dou conta de cuidar de um bebê agora.
- Para de ser apressado, Breno!- Maria Olívia disse rindo.
- Para quieto, Matheus!- Breno repreendeu o filho que andava de um lado para o outro no auditório.
Havia finalmente chego o grande dia, Paula e Caio se formariam e poderiam começar a exercer suas profissões. Os dois já estavam lá no backstage se arrumando enquanto os familiares estavam sentados nos primeiros bancos do auditório para verem a colação de grau.
- Será que vai demorar muito?- Jade resmungou.
- Esses eventos sempre são demorados, filha- o loiro falou- Mas daqui a pouco a sua mãe aparece linda lá no palco.
- E o tio Caio também- Bruna falou- Vai tá mais lindo ainda que a sua mãe.
- Não!- Matheus exclamou fazendo careta para Bruna.
Ele odiava que falassem qualquer coisa de sua mãe.
- Desculpa então- ela riu da reação do sobrinho.
- Eu nem acredito que ela vai finalmente se formar- Kelly falou- Lutou tanto pra conseguir entrar nessa universidade.
- Ela é merecedora- Luiz disse sorrindo.
Passou um tempo e então a cerimônia foi iniciada. Passou alguns vídeo no telão e logo os formandos foram para o palco fazendo os familiares aplaudirem e gritarem.
- Ela tá linda!- Breno disse emocionado ao ver a noiva com a beca e a faixa vermelha na cintura.
- Ela é linda!- Luiz exclamou.
O nome de cada formando começou a ser chamado e então chegou a vez de Caio.
- Vai nessa, amor!- Bruna gritou super alto enquanto o restante de seus familiares, e os familiares de Caio, gritavam e aplaudiam o mais alto que podiam.
Passou vários nomes e então chegou a vez de Paula.
- Linda!- eles gritavam e aplaudiam emocionados.
Não se sabia quem chorava mais ali, se era Kelly, Luiz ou Breno. A disputa estava acirrada.
Paula pegou o diploma, o certificado e então pôs o chapéu na cabeça voltando para o seu lugar. Não sem antes mandar um beijo para a sua família.
A cerimônia foi finalizada e, um tempo depois, Caio e Paula foram em direção aos familiares que já os esperavam em outro local.
- Parabéns, amor da minha vida!- Breno abraçou a noiva- Eu to muito feliz por você!
- Obrigada, amor!- ela deu um selinho no homem e foi receber os cumprimentos dos demais que estavam ali.
Todos estavam felizes, e logo partiram para o local onde aconteceria a comemoração.
A morena achava que seria apenas um jantar em família, mas não sabia do que realmente a esperava no local.
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Take Me Home
FanfictionA vida de Paula se torna ainda mais difícil quando ela perde o emprego e acaba recebendo apoio de quem menos esperava.