- Alô?- Paula atendeu o celular.
- Onde você tá, mor?- Breno perguntou procurando a morena com os olhos de dentro do carro- Eu to aqui na frente te esperando. Pensei de a gente aproveitar a tarde juntinhos hoje.
- Oh, amor, desculpa- ela suspirou- Eu esqueci de te avisar, mas Caio e eu combinamos de visitar um escritório de advocacia depois de sair do trabalho.
- Você tá com o Caio?- ele apertou a direção.
- Sim, a gente tá a caminho do escritório já- só então Breno reparou no barulho do trânsito.
- Vai chegar tarde em casa?- ele controlou o ciúmes por confiar na namorada, mas ainda estava um pouco bravo por ela não o ter avisado.
- Não, depois daqui a gente vai pegar a Jade e o Caio vai nos levar em casa- a morena sabia da insegurança que o namorado tinha em relação ao outro, mas não havia sido ela quem escolhera a sua dupla de trabalho.
- Pode deixar que eu vou aí e pego vocês.
- Capaz, Breno, depois eu vou lá pra casa da Bruna então já vou estar a caminho- Caio quem respondeu, revelando que o celular da morena estava no altofalante.
- Então tá, bom... trabalho pra vocês.
- A gente se vê em casa, amor- dito isso a mulher desligou a chamada.
- Por quê exatamente ele não parece muito feliz?- Caio perguntou para Paula.
- Ele sabe que a gente transava antes de eu começar a ficar com ele. Acho que tá meio inseguro- ela revelou.
- Mas nós dois estamos comprometidos agora, não tem o porquê dessa insegurança.
- Eu sei, mas tem coisas que a gente não controla e eu entendo ele.
- Se for o melhor para o seu relacionamento, a gente pode conversar com a professora e...
- Não- ela o interrompeu- Nós somos adultos e não precisamos ficar com esse mimimi.
Breno passou o dia inteiro pensativo. Ele confiava na sua namorada, mas tinha medo que o envolvimento anterior que ela tinha com seu, agora, cunhado poderia despertar algo nos dois.
Quando terminou seu horário de trabalho, ele ficou tentado a ir até a escola pegar a filha e a namorada, mas ficou com medo de Paula o achar um namorado possessivo. Ele pegou seu carro e partiu para a casa. Ficou no sofá esperando até que a morena e sua filha entrassem pela porta.
- Oi, amor!- ela se aproximou dele e deu um selinho em seus lábios.
- Oi, papai!- Jade deu um beijo no rosto dele.
- Oi, filhota- ele apenas respondeu para a filha.
- Vou preparar um café pra nós- Paula avisou indo para a cozinha.
- Por que você tá com essa cara, papai?- a pequena se sentou ao lado do homem.
- Que cara, filha?- ele a olhou sorrindo e a puxou para o seu colo.
- Parece triste- ela passou a mãozinha pelo rosto dele.
- Não é nada. Coisas de adulto- o loiro deu um beijo na testa dela.
- Eu vou ficar abraçadinha com você pra ficar tudo bem!- Jade abraçou a cintura do pai e se deitou em seu peito- Eu te amo, papai.
- Eu também te amo, meu amor- ele apertou a filha nos braços e seguiu vendo o que passava na televisão agarrado à ela.
- Amor, vamos comer- Paula chegou na sala e viu a filha adormecida nos braços do homem- Dormiu?
- Nem tinha reparado- ele olhou para a pequena- Vou deitar ela aqui no sofá.
Ele ajeitou tudo e deitou a filha ali, logo indo para a cozinha.
- Não seria melhor a gente acordar ela pra comer?- o loiro questionou.
- Não, amor, ela tá cansadinha, deixa ela descansar- Paula serviu café nas xícaras e deu uma para o namorado.
- Como foi lá no escritório?- ele resolveu puxar assunto.
- Foi bom, a gente conseguiu bastante informação, mas vamos precisar ir lá outra vez- ela informou sorrindo.
- E dessa vez vai me avisar?- o loiro a olhou sério fazendo o sorriso dela sumir.
- Breno, eu não esperava que você fosse me buscar lá, desculpa por não avisar.
- Tudo bem- ele suspirou.
- Não tá tudo bem, você tá me olhando com essa cara desde que a gente chegou- a morena tomou um gole de seu café- Eu consigo sentir a irritação no seu silêncio.
- Eu só não to com muita paciência- ele falou.
- Quando você tá?- ela falou baixinho, mas ele escutou.
Os dois terminaram de tomar café em silêncio.
- Vou levar a Jade lá pra cima- Paula se levantou da mesa e foi para a sala.
Ela pegou a filha no colo e a levou até o quarto da menina, tirando a roupa dela e a deixando apenas de calcinha para não pôr roupas limpas antes de dar banho nela.
- Paulinha- Breno apareceu escorado na porta- Posso falar com você?
A morena deu um beijo na testa da filha e saiu do quarto passando pelo namorado e parando no corredor. O loiro fechou a porta e se virou para ela.
- Me desculpa por isso- ela seguiu em silêncio- Eu sei que pode parecer imaturidade, mas eu fico um pouco inseguro de saber que você tá com ele e...
- Você acha que eu sou capaz de te trair, é isso?- ela perguntou séria.
- Não!- ele exclamou- Quer dizer, eu não sei o quão intenso foi esse envolvimento de vocês e fico com medo que algo possa vir à tona nessa proximidade toda.
- Breno, nós não tivemos nenhum envolvimento sentimental. Tudo que a gente tinha não passava de necessidade física, era sexo e apenas isso- a morena revelou- Eu nunca nem cogitei namorar com ele ou envolver sentimentos. E outra. Eu amo você, Breno, e não seria capaz de te trair nunca!
Aquilo foi o que Breno precisava ouvir. Ele se aproximou da namorada e segurou seu rosto com as duas mãos colando sua testa na dela.
- Desculpa, meu amor, te amo! Te amo! Te amo!- ele fala em meio a selinhos.
- Tá tudo bem- ela sorriu e deu um longo selinho nele- Mas não desconfia de mim porque eu nunca te dei motivo pra isso.
- Eu vou confiar, meu amor!- ele deu mais alguns selinhos nela- Foi uma tortura ficar bravo com você.
- Viu, besta? Só quem sofre com essa bobeira é você. Eu tava bem de boa- ela brincou abraçando o pescoço dele e dando alguns beijos.
- Vou para de ser masoquista- deu uma risadinha a apertando entre seus braços- Eu te amo- ele sussurrou novamente olhando nos olhos castanho escuro.
- Eu também te amo, amor!
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Take Me Home
Fiksi PenggemarA vida de Paula se torna ainda mais difícil quando ela perde o emprego e acaba recebendo apoio de quem menos esperava.