Take Me Home

Capítulo 36

- Minha mãe e a Bruna já começaram a organizar as coisas pro aniversário da Jade!- Breno revelou ajeitando seu lado da cama e sentando ao lado da namorada.

- Já? Mas mal acabou janeiro- Paula tirou a atenção do livro que lia e olhou para o loiro.

- Elas gostam de planejamento com antecedência- ele passou um braço por baixo do próprio travesseiro e virou de frente para ela se deitando.

- Sabe o que eu tava pensando?- ela fechou o livro e pôs no criado-mudo que tinha ao seu lado- Acho melhor a gente poupar a passagem até BH e convidar meus pais pra virem na festa de vocês aqui.

- Acha que eles aceitariam?- ele sorriu.

- Lógico que sim, Breno!- ela virou um pouco seu corpo, ainda sentada, para olhar seu rosto- Ano passado eles vieram pro aniversário dela já que a gente não tava em condição de viajar.

- Eu vou adorar receber seus pais. Eles podem ficar até aqui em casa se quiserem.

- E eles vão dormir aonde, amor?- ela deu uma risadinha nem percebendo a forma que o chamou.

- Tem um quarto vago aqui na frente, e as suas irmãs podem dormir no quarto da Jade. Tem um colchão lá no meu escritório que nem tem uso quase- ele pegou a mão dela e beijou.

- E a Jade?

- A nossa filha dorme com a gente- falou elevando as sobrancelhas.

- E a comemoração do seu aniversário, como é que fica?- ela deitou seu corpo e ficou virada de lado, de frente para o namorado.

- Ai, Paulinha, até lá a gente da um jeito- Breno ficava impressionado em como sua namorada era boa de argumento e rápida nas respostas.

- Mas e aí? Onde eu entro na organização da festa?- Paula perguntou acariciando os fios loiros do homem.

- Você pode dar algumas ideias pra minha mãe e pra Bruna já que conhece a Jade como ninguém- ele pôs a mão na cintura dela acariciando- E antes que você fale, eu que vou pagar tudo! É meu aniversário e da minha bebê, não quero você se metendo!- ele fingiu braveza.

- Tá bom- ela riu não o contrariando- Hoje me chamaram pra uma conversa lá no serviço.

- E foi sobre o que?- ele ficou um pouco nervoso pela mudança de tom da voz dela.

- Eles disseram que vão me efetivar- ela revelou sorrindo- Vou desempenhar a mesma função, só que minha carga horária vai aumentar e o salário também, além dos outros benefícios que vão entrar.

- Isso é perfeito!- ele sorriu a puxando pela cintura e colando os corpos- Eu to muito feliz por você, meu amor!

- Ah, eu sou seu amor?- ela passou uma perna pela cintura dele deixando os corpos mais colados.

- Sim, e eu sei que também sou o seu, não adianta fingir que não- ele subiu a mão pela perna dela que estava descoberta devido à camisola.

- Eu não ia negar não- a morena deu uma risadinha- Mas isso não significa que eu já te amo- ela se fez de difícil.

- Eu nem pensei nessa possibilidade- ele reparou no bloqueio que a morena tinha com esse sentimento- Mas independente de qualquer coisa, você e Jade são os meus amores.

- Sabe o que eu tava reparando? Ela tá com o impulso de te chamar de 'papai', mas parece que algo trava- Paula se lembrou das últimas interações da filha com o namorado.

- Sério?- ele sorriu feliz.

- Sim, algumas vezes eu vi ela iniciar a palavra, mas logo mudar pra outra.

- Como você acha que eu posso fazer ela se sentir a vontade sem pressionar ela?

- Ah, acho que se você deixar mais explícito o papel que ela desempenha na sua vida, talvez a ajude a ver que é recíproco todo o sentimento- a morena acariciava a orelha do namorado.

- Você já apresentou outros namorados pra Jade?

- Nunca- ela revelou- Na verdade todos os caras que eu já me envolvi depois de virar mãe, nunca queriam aceitar essa parte da minha vida, sabe? Eles me queriam inteiramente, mas não tinha como, então o relacionamento simplesmente terminava.

- Nenhum deles se encantou com essa fofura?- perguntou abismado.

- Lógico que sim, mas na hora que eles queriam me ver e eu não podia por minha filha estar doente ou só querendo ficar comigo, eles achavam ruim.

- Por que a gente não se conheceu antes, hein?- ele deu um selinho nela- Ia poupar tanta coisa da minha vida.

- Sabia que eu tenho a impressão de que a gente já se conhecia?

- Por quê?

- Ah, sei lá, eu tenho essa sensação- ela apertou a perna na cintura dele e deu um beijinho em seus lábios.

- Deve ser a nossa sintonia.

Breno encaixou a mão no pescoço da namorada e sugou seus lábios com os dele, iniciando um beijo. As línguas exploravam a boca do outro com necessidade.

- Você trancou a porta?- Paula perguntou sentindo a mão do loiro descer e a puxar pela bunda colando mais os corpos.

- Sim- ele respondeu voltando a beijar ela.

Paula virou os dois ficando por cima do loiro e então os beijos começaram a esquentar cada vez mais. Ela puxou a camisola para cima ficando apenas de calcinha e jogou a coberta longe para sentir o corpo do namorado.

- Eu falei que o do banho não ia ser suficiente- Breno deu uma risadinha beijando o busto da namorada.

- Mamãe!- a voz de Jade, seguida de uma batida, foi ouvida do outro lado da porta.

- Já vai, meu amor!- Paula saiu de cima de Breno e vestiu sua camisola, logo jogando a coberta por cima do loiro novamente- O que foi, meu anjo?- perguntou ao abrir a porta.

- Eu posso dormir com vocês?- a menina resmungou coçando os olhinhos demonstrando seu sono.

- É claro que pode, minha pequena!- Paula pegou a filha no colo e fechou a porta- Temos companhia.

A morena deixou a filha na cama e ela foi para o lado de Breno se aconchegando ao loiro.

- Grudinho- ela riu vendo a menina grudada ao seu namorado e se deitou ao lado dela.

- Deixa o meu bebezinho- Breno a envolveu com os braços fazendo a pequena se aconchegar mais ainda a ele.

- Vou desligar o abajur, gente- Paula informou e desligou se ajeitando ao lado da filha.

- Boa noite, meu amores!- Breno falou dando um selinho em Paula e um beijo na cabeça de Jade.

- Boa noite, filhinha- a morena beijou a cabeça da pequena- Boa noite, amor- deu outro selinho em Breno.

- Noite- foi só o que Jade conseguiu falar pois logo pegou no sono.

- Vai dormir, mor- Breno falou vendo que a morena mexia no celular.

- Apelidinho novo?- ela riu bloqueando a tela e deixando encima do criado-mudo.

- Você tá me chamando de 'amor' também- ele disse baixinho.

- É gostosinho te chamar assim.

- Digo o mesmo, linda- ele sorriu mesmo sabendo que ela não veria- Dorme bem!

Eles deram alguns selinhos e então se aconchegaram a Jade, que estava entre eles, e pegaram no sono em seguida.