Capítulo 57

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  - O que aconteceu?- Bruna foi rapidamente até Breno quando ele apareceu no corredor- Tá tudo bem?

  - Mais ou menos- ao mesmo tempo que era visível a felicidade nos olhos dele, uma pontinha de tristeza se via presente.

  - O que foi, filho?- Maria Olívia acariciou o braço do homem.

  - Ele nasceu muito cedo e pequeninho, então vai ter que ficar na incubadora por um tempinho- ele explicou.

  - Mas ele tá bem?- Sérgio perguntou preocupado.

  - Sim, só que ele é frágil, então vai precisar de bastante cuidado até ficar bom- ele suspirou.

  - Oh, filho, vai ficar tudo bem- o homem abraçou o filho que se deixou derramar lágrimas no ombro do pai.

  - Eu sei que vai- ele separou o abraço e limpou o rosto- Mas é ruim ver ele lá naquele lugar- respirou fundo e olhou para os bancos- Cadê a Jade?

  - O Caio levou ela pra comer alguma coisa, daqui a pouco eles devem estar de volta- Bruna falou- E a Paulinha, como tá?- mudou o assunto.

  - Tá um pouco abalada com a situação. Ela nem conseguiu pegar ele no colo direito.

  - Ela já tá no quarto?- MO perguntou.

  - Daqui a pouco vão levar ela.

  - Papai!- Jade chegou com Caio e desceu de seu colo correndo até o pai.

  - Oi, meu amorzinho- ele pegou a menina e beijou seu rosto.

  - Cadê o meu irmãozinho? Já posso conhecer ele?- ela sorriu.

  - Ainda não, meu amor- ele acariciou o cabelo dela- Seu irmãozinho vai precisar ficar mais um tempinho no hospital pra ficar bem forte, aí sim você vai poder conhecer e brincar com ele pra sempre!

  - E a mamãe? Não vou poder ver ela também?- perguntou triste.

  - Claro que vai, filha! Daqui a pouco você vai ver a mamãe- ele beijou o rosto dela.

  - A família da Paula já foi avisada?- Bruna perguntou.

  - Sim, a Paulinha ligou pra eles a caminho do hospital. Eles disseram que pegariam o avião o quanto antes.








  - Mamãe!- Jade foi a primeira a entrar no quarto em que Paula estava.

  - Oi, filha!- ela sorriu para a pequena que corria em sua direção.

  - Você tá bem?- ela parou ao lado da cama e deu um beijinho na mão da morena.

  - To sim, meu amor- inclinou o corpo e beijou a testa da filha.

  Os familiares de Breno entraram no quarto e viram que a mulher estava com uma aparência meio abatida.

  - Oi, Paulinha!- Maria Olívia foi até a nora e beijou sua testa como forma de carinho.

  - Olá, Maria Olívia- ela deu um pequeno sorriso para a outra.

  - Quanto tempo?- a mais velha perguntou por entrelinhas, mas a morena entendeu.

  - No mínimo dois meses- ela suspirou.

  Breno parou atrás da filha e pegou a mão da namorada que segurava a da pequena, apertando as duas.

  - Mas e aí? Como que meu sobrinho é?- Bruna perguntou em tom de descontração para aliviar o clima tenso que estava ali.

  - Moreninho- Paula falou rindo.

  - É, nem o Matheus quis vir parecido comigo- Breno fez um bico.

  - Relaxa, amor, quem sabe um dia aconteça- Paula consolou dando um beijinho na mão dele.

  - Mas e o rosto? É parecido com o seu também?- Sérgio perguntou encantado tentando imaginar como era seu netinho.

  - O nariz é igualzinho ao do Breno!

  - Tadinho- o homem lamentou.

  - Amor!- a morena o repreendeu.

  - O que? Eu acho o seu narizinho a coisa mais linda, deveria se espalhar pra todos nossos filhos- ele explicou fazendo a mulher o olhar apaixonadamente.

  - Quando vem o terceiro?- Caio se aproximou da cama e beijou a testa de Paula.

  - Calma, moço!- ela o empurrou levante o fazendo rir- Esse aí mal nasceu. O próximo é só daqui a uns três ou quatro anos.

  - Mas eu já vou estar velho, amor- Breno resmungou.

  - Que velho o que, moço? Deixa de ser besta!

  - Ninguém mandou querer se meter com as novinhas- o cunhado do loiro o zoou.

  - O resto, como é?- Bruna ainda estava curiosa com a aparência do pequeno.

  - Não deu pra ver muito- Paula explicou- eles tiveram que levar ele pra incubadora, mas acho que o corpo dele é igualzinho ao do Breno, pelo menos os dedos da mãozinha são.

  - Pelo menos alguma coisa- o loiro falou revirando os olhos e pegando a sua filha mais velha no colo.

  - Quase tudo é igual ao seu, amor, deixa de ser chato- a morena o repreendeu- Única coisa que ele tem igual a mim é a cor do cabelo e a boca.

  - Igual a Jade.

  - A Jade é muito mais parecida comigo do que com você- ela rebateu.

  - Não tenta ganhar essa batalha, Breno, você tá perdendo!- Sérgio falou fazendo todos rirem.

Depois de um tempo os pais de Paula entraram pela porta.

- Vovó!- Jade desceu do colo de Breno e foi acorrendo até Kelly.

- Oh, meu amorzinho, que saudade!- ela pegou a neta no colo e a abraçou fortemente.

- Eu também tava com saudade- ela beijou o rosto da avó- De você também, vovô!- ainda no colo da mulher ela abraçou Luiz.

- Eu tava morrendo de saudade também, minha pequena- ele beijou seu rosto várias vezes- E cadê o meu outro netinho?- não haviam informado nada a eles sobre a situação de Matheus, então a pergunta causou uma tensão na sala novamente.

Breno se aproximou deles e falou em voz baixa.

- Ele nasceu muito cedo e fraquinho, então vai ficar na incubadora por um tempo- o homem informou fazendo a expressão dos dois perderem a felicidade de antes.

- Mas ele tá bem né?- Breno concordou com a cabeça- Então é o que importa!- Kelly sorriu para acabar com a tensão- Agora eu quero dar um beijo na minha filhinha.

Ela pôs Jade no chão e foi até a filha após cumprimentar as pessoas ali presente.

- Oi, filha!- beijou a testa de Paula.

- Oi, mãe- a morena forçou um pequeno sorriso.

- Como tá se sentindo pós-parto?- passou a mão pelo cabelo preso da mulher.

- To bem. Ficaria melhor se meu filho estivesse aqui comigo- ela mordeu o lábio superior para segurar o choro e olhou para as próprias mãos que estavam em seu colo.

- Logo ele vai estar no seu colo, meu amor. Eu tenho certeza que tudo vai ficar perfeitamente bem e vocês vão ir juntinhos pra casa viverem felizes- ela segurou o rosto da filha com as duas mãos e deu um longo beijo em sua testa.

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