Capítulo 47

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  Paula saiu de casa irritada, a quantidade de problemas que estava tendo no trabalho e no seu relacionamento familiar a estavam deixando cada vez mais exausta. Ela queria apenas espairecer como vinha fazendo por várias noites seguidas. Não importava onde e nem com quem, ela apenas queria ir se encher de álcool e esquecer até do seu nome.

  A morena entrou no carro de aplicativo e então partiu para a balada que ela sabia que bombava as quintas-feiras. Sim, era uma quinta-feira e Paula não estava dando a mínima para as responsabilidades e muito menos para o trabalho, ela só queria se divertir.

  Adentrou o local após mostrar a sua identidade, nem pagar foi necessário já que o segurança disse que mulheres bonitas tinham passe livre. Ela sabia que era uma cantada ridícula, mas resolveu entrar na onda para não ter que gastar seu dinheiro. Seu destino ao entrar no local foi certeiro: o bar. Não ligou para a quantidade de homens que apareceram ao seu lado para paquerar, na verdade ela sequer os enxergava já que o local era escuro e optou por deixar seus óculos de grau em casa, dificultando ainda mais a visão.

  - Qual o pedido, gata?- o barman se aproximou do balcão e sorriu para ela.

  Ela deduziu que ele era bonito, não conseguia o enxergar muito bem, mas pode ver, mesmo que de maneira embaçada, o pescoço e os braços tatuados, cabelo castanho muito bem alinhado e um sorriso extremamente branco e reto.

  - Onde que eu posso comprar minhas fichas?- ignorou o galanteio.

  - Na verdade não tem ficha, moça- ele deu uma risadinha- Hoje é open por ser o aniversário do dono!

  Ela não tava nem aí pro dono, mas uma pontinha de felicidade surgiu quando ouviu a frase.

  - Então me trás a sua bebida mais forte!- ela sorriu de lado o olhando de maneira sexy.

  - Cuidado pra não ficar indefesa- ele a olhava enquanto preparava o drink.

  - Não se preocupe quanto a isso, eu já sou bem grandinha!

O homem terminou de preparar o drink e então entregou para ela.

- Se estiver interessada em algo mais tarde, estou a disposição- ele piscou para ela e foi atender outro cliente.

Ela tava com vontade de beijar na boca, mas sabia que aquela não era sua melhor opção já que frequentava o local em outros dias. A morena pegou seu drink e saiu andando pela balada. Ela foi para o meio da pista e começou a dançar da maneira mais sensual que conseguia. Não era intenção inicial, mas muitos homens tentaram chegar e colar o corpo ao dela, porém a morena sempre dava um jeito de dar um fora.

- Alguém já falou que você é muito sexy- um homem chegou por trás dela e sussurrou.

Paula já estava cansada de dançar sozinha e aquele era o momento em que ela queria beijar na boca, então resolveu devolver a paquera do homem.

- Você acha?- se virou de frente para ele e sussurrou em seu ouvido sem sequer olhar seu rosto.

- Não tem como não achar- ele segurou a cintura dela e começou a mover o corpo no ritmo da música.

- Você tá sozinho?- ela deu uma pequena mordida no lóbulo da orelha dele.

- Quer mesmo saber?- o homem deu uma risadinha e apertou mais a cintura dela.

- Hmmmm... não- ela subiu a mão livre e segurou o cabelo dele dando uma lambida em sua orelha.

- Não faz assim que eu te levo pro banheiro- passou a mão levemente pela bunda dela.

- Eu quero beijar na boca, mas nesse momento eu só quero encher a cara!- deu uma mordida no pescoço do homem e se desvencilhou de seus braços saindo da pista.

Ela foi para o bar e começou a beber tudo que era possível. Como era open, não havia nada que a impedisse de beber o quanto quisesse. Enquanto virava alguns shots de bebida, ela ouvia as cantadas do barman que já estava quase atravessando o balcão para beijar a boca dela.

- Não quer ir ao banheiro comigo rapidinho?- ele se debruçou na bancada e sussurrou próximo ao rosto dela.

- Acho melhor você seguir com o seu trabalho.

Paula já estava completamente fora de si e cada gole de bebida a fazia ficar cada vez mais louca.

- Te achei- uma voz sussurrou em seu ouvido e ela identificou ser a do homem da pista.

- Tava me procurando?- olhou para ele, mas não consegui enxergar quase nada, apenas que era alto e tinha barba.

- Eu fiquei tentado a beijar essa sua boca- ele mordeu o lábio olhando para a boca dela.

- Não seja por isso!

A morena empurrou os ombros dele o fazendo sentar em um dos bancos e se posicionou entre suas pernas. Ela pôs as duas mãos na nuca do homem, apertando seus cabelos macios, e pôde sentir as mãos dele indo até o finalzinho de sua cintura. A língua dela foi de encontro aos lábios do homem, porém ele pôs a sua para fora e o contato fez os corpos se arrepiarem. Ficaram nessa provocação por um tempinho, mas logo ele se irritou e encaixou os dedos de uma mão no cabelo castanho e puxou em sua direção iniciando um beijo de verdade.

- Gostosa- ele sussurrou durante o beijo enquanto apertava os cabelos dela com uma mão e a bunda com a outra- Eu to precisando de você agora.

- Tá pensando que eu sou o quê?- ela deu uma risadinha mesmo estando totalmente entregue ao que a boca do homem fazia em seu rosto e pescoço.

- Uma mulher que claramente tá querendo sexo também- ele se separou e olhou nos olhos castanho. Mal sabia ele que a mulher sequer o enxergava.

Ela mordeu o lábio inferior e puxou o cós da calça dele o fazendo se levantar e a seguir. Os dois adentraram o banheiro masculino e ele fechou a porta.

- Aproveita que não é sempre- ela não fez questão de ligar a luz, apenas deixou as luminárias que mal iluminavam o local.

O homem a sentou na pia e começou a beijar com mais vontade ainda que antes. Sua mão explorava todo o corpo da morena enquanto as línguas se deliciavam. Eles não estavam nem aí se alguém poderia entrar, ambos apenas queriam a satisfação e pronto!

Paula, que já não aguentava mais a tortura que aquele momento estava proporcionando, desceu as mãos até a calça do homem enquanto ele a beijava e abriu a mesma revelando a cueca preta. Ele não estava mais com vontade de enrolar, então desceu a calça e a cueca até o joelho para realizar seu desejo. O homem subiu o vestido da morena até a cintura e desceu a calcinha da mesma para poder então fazer a conexão de corpos.

Tudo era intenso e frenético ali, os beijos, o ritmo, as pegadas, as arranhadas, nenhum dos dois estava ali para brincar. Em dado momento, durante o ato, Paula apoiou suas mãos na pia deixando o tronco para trás, apenas sentindo a movimentação do homem e a pegada dele em suas pernas e seios. Ela encarou o rosto dele pela primeira vez tentando ver quem estava em sua frente, e não precisou de muito para que a resposta fosse revelada.


- Breno?!- a morena acordou assustada e ofegante

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