Mudando O Destino. CONCLUÍDA. SEM REVISÃO

PRÓLOGO

Escuto os gritos de socorro de minha mãe, meu pai esta a espancando novamente, eu corro para o quarto e junto meus irmãos mais novos.

- Lucinha segura os dois, não sai de debaixo da cama ok? Levarei a chave do quarto, tenho de ajudar a mamãe.

Lúcia está chorando mas segura firma JP de 4 anos, e Clarinha de apenas 8 meses.

Ela os puxa para baixo da cama, eu tranco a janela, e depois a porta, e corro para o quarto dos meus pais.

Mamãe esta caida no chão, enquanto meu pai chuta a barriga dela.

- GRÁVIDA DE NOVO SUA VAGABUNDA.. EU FALEI QUE NÃO QUERO MAIS FILHOS

- PARA PAI POR FAVOR, O SENHOR VAI MATAR ELA..

Grito e me jogo na frente da minha mãe, ele me puxa pelo cabelo e soca meu rosto.
Mas não saio da frente da minha mãe, ele está transtornado de raiva, me dá um chute nas costelas do lado direito do meu corpo, me fazendo cair e gritar de dor.

- FICA FORA DISTO OU VAI SOBRAR PARA VOCÊ.

Vejo os vizinhos assistindo a Violência pela janela e a porta da casa esta aberta, mas não fazem nada para ajudar, volto a abraçar minha mãe, agora desacordada e com muita sangue saindo por sua parte íntima, sua calça jeans surrada está ficando encharcada.

- Já fiz o que tinha de fazer, dúvida ainda ter criança aí.

Ele sai do quarto e eu puxo minha mãe para a sala, enquanto ligo para meu namorado Pedro, juntos a socorremos, ao dar entrada no pequeno hospital do Município eu já sabia o que o médico diria.
A levaram para sala de cirurgia, tão precária quanto o pequeno hospital, e 40 minutos depois o médico volta. Médico este que é meu tio Roger, irmão do meu pai Rogério.

- Sinto muito Duda mas ela não aguentou, fiz o possível mas a hemorragia foi muito grande, o útero estava rompido além de ter uma hemorragia no baço. Não tinha como salvar, talvez se fosse na Capital, aqui os recursos são poucos.

Diz e vai embora, sem um pingo de carinho ou compaixão na voz, tão frio como meu pai, por isto encobriu no prontuário a causa da morte.

Voltei para casa desolada, como contar para as crianças? O que será de nossas vidas agora?