Mudando O Destino. CONCLUÍDA. SEM REVISÃO

Capítulo 11

Olá Boa tarde... Continuando o capítulo 10.
Espero que gostem, se leu e gostou deixa uma 🌟

Depois do que Michelle falou, vi o olhar de raiva de todos eles, sem exceção todos agora me odeiam.

- Não tem mais jeito querida, conte a verdade, toda a verdade, você não está sozinha ok? Pode contar comigo, Dona Fátima diz e sai da sala.

- Tudo bem, eu contarei a verdade, porém não com a Michelle aqui, não confio nela.

- De jeito nenhum, ela descobriu ela fica. Dr Henrique diz irritado.

- Isto envolve a segurança de vidas importantes para mim, pessoas que amo, eu não confio em sua filha. Podem me demitir então, eu tenho fé que vou encontrar outro emprego, eu amo trabalhar aqui, mas não vale a pena por em risco quem eu amo.

- Saia Michelle, afinal isto não é problema seu, envolve sócios e não você uma estagiária. Dra Thalita diz, ainda irritada.

- Pai? Ela o olha com os olhos esbugalhados.

- Você ouviu sua chefe, vá.

Ela saiu batendo o pé, fechei a porta, mas continuei em pé.

- Ok.. eu não menti sobre o monstro, ele é meu Pai, ele vendeu minha irmã Lucinha na época com 12 anos para o coronel que foi morto na troca de tiros com a polícia.
Mas a um ano e 5 meses atrás não era nem em sonho que isto um dia aconteceria, minha mãe também foi vendida para o monstro quando tinha 13 anos.
Quando ela soube do que o monstro fez, foi contra, em meio a discussão deles ela começou a passar mal e ele descobriu que ela estava grávida de novo, então começou a espancar e bater muito nela.
Eu peguei a Clarinha na época de  8 meses, Paulinho com 4 anos e entreguei para Lucinha, os tranquei no quarto e fui ajudar minha mãe.

Me joguei sobre ela, apanhei muito junto com ela, então ele saiu, socorri minha mãe, mas ela teve rompimento do baço mas uma grande hemorragia por causa do aborto, e eu a perdi, infelizmente ela morreu.

Me deixou sozinha com as crianças, e eu não sabia o que fazer.
Quando voltei para casa, destranquei as crianças, e tentei do meu jeito explicar que a mamãe não ia voltar.

Mas depois o monstro voltou, disse que não me faria nada porque na época meu namorado era rico, para eu ir morar com ele, porque um dia depois do enterro da minha mãe ele ia pegar as crianças.
Lucinha ia para o coronel Domênico e Paulinho e Clarinha para o Coronel Presciliano.
Eu não podia deixar, eu sou a mais velha, eles são tudo que tenho, então minha melhor amiga, junto com a mãe dela, me ajudaram, corremos e preparamos nossa fuga, saímos na madrugada depois do enterro da minha mãe.
Em desespero, sem conhecer nada, só um nome da amiga da mãe da Socorro, quase 3 dias dentro de um ônibus, foi um sufoco, foi difícil, eu estava apavorada e com duas crianças muito pequenas, mas chegamos aqui.
Denunciei o monstro, porque ele deu queixa de sequestro das crianças, o resto vocês já sabem.
Eu entendo que eu era irmã mais velha, mas depois me tornei a mãe deles, eles não têm outra pessoa, e eu assumi o papel de mãe mesmo que seja irmã.

Todos ficaram em silêncio, ninguém falava nada. Então continuei a falar.

- Eu vou pegar minhas coisas, agradeço a oportunidade, mas não vou deixar meus bebês, meus filhos, minha vida por causa de um emprego.

- Espera... Dr Henrique me chama.

- Sim.. respondi de cabeça erguida, meus irmãos, meus filhos não são motivos de vergonha.

- Você está todo este tempo, aliás você e sua amiga, duas crianças de 18 anos, estão criando três crianças sozinhas?

- Não sozinha, porque sempre temos alguma ajuda, mas sim 99,9% do tempo sim.