Capítulo 42

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Olá... Vamos lá, acho que este é o último capítulo da semana, se conseguir terminar o 43 o posto até sábado.😉 Espero que gostem, não esqueça de deixar uma 🌟.

Eduarda

Thiago é de outro mundo, aliás toda família dele, os pais, Gustavo, dona Helena, eles abraçaram a adoção das crianças e já aceitaram como membros da família.

Mas Thiago abraçou ser pai, esta todo bobo e cuidadoso com os pequenos, mesmo Miguel tendo medo de se aproximar de homens, já percebeu que o papai Thiago é legal, Lucinha tem muito crédito nisto, já que fica o tempo todo repetindo que Thiago é o papai legal.

Fiquei com o coração na mão ao ver o desespero de Miguel, querendo peito, Clarinha também chorava muito quando mamãe morreu, ela queria mamar e eu não tinha leite para dar, ainda bem que ela aceitou bem o NAN, Miguel também aceita a mamadeira, mas acredito que é mais do que querer mamar no peito, acho que é a segurança que a mãe passa para o bebê, um acalento, carinho, talvez o único momento de segurança que ele tinha com a mãe.

Saímos do hotel e fomos para o Cartório de Registro, aonde fizemos o Registro dos nomes das crianças, aproveitei para dar entrada na alteração dos nomes de Lucinha, Paulinho e Clarinha,  acrescentar o Pinheiro, já que ele estava entrando como tutor responsável deles, junto comigo. Mesmo o processo de guarda sendo travado em São Paulo, o cartório de Registro que fez a certidão de nascimento foi aqui, pelo menos aqui já consigo adiantar as coisas.

As coisas andaram rápidas, pessoal de São Paulo aqui chama atenção, e como é um dia depois do Natal, estava bem vazio.

Terminamos tudo às 11:20hs, paramos em um restaurante para almoçar, dar mamadeira, trocar fraldas, e etc...

Fico me lembrando do sufoco que foi sair de Manari com as crianças, o cansaço no ônibus, dias de estrada, paradas, banhos, parece outra vida.
Nunca pensei que voltaria ao Recife, e três anos depois, tantas águas já rolaram e estou aqui, e agora com mais dois filhos.

Dr Fernando acertou com a funerária a compra de um lote no cemitério de Manari, e deixou tudo encaminhado para a remoção dos corpos da minha família, para ficarem todos juntos.

Bateu uma curiosidade para saber como estão os 5 filhos do monstro, mas não acho uma boa ideia ter contato com eles. Morro de medo que tenham se tornado iguais a ele, provavelmente o mais velho já completou 18 anos, então os mais novos devem ser responsabilidade dele agora.

Saímos de Recife às 14:00hs, comprei as cadeirinhas para os pequenos, já que o avião não tinha cinto de segurança para eles, depois de encaixar tudo direitinho, levantamos vôo.

Lucinha ficava toda hora os olhando, como se conferindo que estava tudo bem, na verdade, estávamos todos babando pelas crianças.

- Este de longe foi o melhor Natal da minha vida, que bom que deu tudo certo, e no fim viemos buscar uma e estamos levando duas, minha esposa esta toda feliz lá em casa.
O piloto fala, sorrindo todo bobo.

Ficamos conversando, vez ou outra Miguel me olhava curioso, e se esticava para olhar pela janela.
As 17:40hs chegamos em São Paulo, eu queria ir direto para casa, acolher os pequenos, dar banho, ver Paulinho e Clarinha, mas me lembrei que estavam com a Rúbia, então não tinha jeito, tivemos de ir direto para o Morumbi, não antes de agradecer inúmeras vezes os pilotos.

Quando chegamos, fiquei assustada com a movimentação, funcionários estavam carregando caixas, e era uma correria de gente.
A bebê estava com Thiago e Miguel comigo, assim entramos Paulinho e Clarinha correram gritando Mamãe.

Paulinho se aproximou olhando curioso, Clarinha empacou no meio do caminho, me olhando assustada e então abriu o berreiro.
Chorando com a chupeta na boca, era impossível entender o que ela queria falar, passei Miguel para Lucinha, e enquanto abraço Paulinho puxo Clarinha para mim.
Ela chora alto, me agarra e chora de soluçar.

Mudando O Destino. CONCLUÍDA. SEM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora