Mudando O Destino. CONCLUÍDA. SEM REVISÃO

Capítulo 52

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Socorro

Chegar em São Paulo nunca foi tão longe. Acordamos às 7:00hs com minha mãe me ligando.

- As crianças estão no hospital, parece ser sério... vêm logo pra cá..

E desligou o telefone, sério minha mãe quer me matar de preocupação e ansiedade.

Chorei o caminho todo até o aeroporto, nosso desespero era tanto, mas não tinha vaga em outros vôos, ficamos esperando até às 13:00hs para poder embarcar.

Gustavo me acalmava, hora parecia querer chorar junto comigo. Fomos direto para o hospital, assim que chegamos minha mãe me informou da situação, e era só esperar.

Quando olhei Eduarda, vi que algo não estava bem, ela estava horrível, mas seu rosto, estava doente.

Uma médica estava passando e eu grudei nela.

- Escuta ... doutora..

- Olha nada mudou no quadro das crianças, só saberemos depois de duas culturas...

- Não, Isto eu já sei.. quero saber o que minha irmã têm?

- Como assim?

- Olha ela está diferente, fisionomia não só de cansada, ou medo, está diferente, olhar as vezes desfocado, como se estivesse com vertigem, ou algo assim. Ela tem pressão alta, vocês estão acompanhando a pressão dela?

- Não, na verdade ela não disse nenhuma queixa, não reclamou de nada.

- Dra os filhos estão doente, ela não vai reclamar e nem falar o que está sentindo, me deixa entrar lá sim? Ela precisa de apoio, o marido está tão apavorado quanto ela. Minha irmã precisa de mim lá.

- Você não pode entrar, vou medir a pressão e se precisar medicar ela ok? Vou buscar o aparelho.

A médica saiu, olho Eduarda e dou um sorriso triste, Clarinha está chorando, com os braços estendidos para mim, me corta o coração.

E lá estava de novo, o olhar desfocado de Eduarda, tenho certeza que se estivesse em pé teria caído.

A vi ficar sonolenta, assim do nada, ela não é assim, o que me faz levantar e ir até o vidro.

E então começa um caos, Miguel está convulsionando no colo de Eduarda, corro com Gustavo gritando por ajuda, ainda lembro de pensar no quanto é engraçado tantas pessoas gritando por socorro, quando meu nome é Socorro.

Assim que os médicos abrem as portas, corro para dentro, que se dane isolamento, só não entrei antes porque trancaram por fora, parece que Rúbia, Fernando e minha mãe pensaram o mesmo, já que entraram comigo.

Gustavo acompanhou Thiago e Miguel, precisam retirar o foco de infecção, farão algo na garganta dele.
Eu corri para Eduarda, ela não estava bem.

A medicaram para pressão, eu fui acudir as crianças, as acalmar, deu certo.. Eduarda apagou.

- Nossa a pressão dela está 18.1 extremamente perigoso, vamos manter ela no soro com medicamentos, ela deveria ter falado que não estava bem.

A médica reclama enquanto coloca outros remédios no soro.

- Dra? Precisa fazer um exame de gravidez, ela estava com medo de estar grávida.. Lucinha fala com a voz bem rouca.

O que nos deixa tensos, com a pressão tão alta certamente afetou o pequeno feto.

- Meu Deus, vou colher sangue agora..