Selena Cadori, após anos de estudos, consegue seu primeiro emprego. Ela recebe um aviso solene de como se portar naquele local, mas as lutas em seu coração logo começam: Incredulidade; Paixão e Dilemas. Sentimentos que outrora lhe eram desconhecido...
“Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra”. (Sl 119:9)
O bíblia foi fechada e uma breve oração foi feita, o livro voltou para o seu lugar: o criado mudo ao lado da cama.
Ele seguiu enquanto apertava a sua gravata para a janela de seu quarto a fim de ver a paisagem da cidade. Seus olhos azuis ficavam mais claros em frente à luz do sol, parecia o próprio céu. Ele pôs o blazer cinza e estava pronto para assumir suas responsabilidades na empresa novamente.
Danilo havia passado dois anos na Espanha fazendo seu mestrado, aproveitou para se aprofundar nos estudos em outros cursos e acabou voltando mais qualificado do que pensara. Sendo assim, o vice-presidente da empresa, seu padrinho, o colocou como supervisor do departamento de contabilidade. Ele não ansiava voltar a trabalhar naquele lugar novamente, mas depois que soube da condição de saúde do padrinho voltou sem questionar.
Saiu do apartamento e encontrou a Sra. Gracinda andando só de roupão no corredor. E então falou para a senhora de 70 anos.
– Está querendo fazer alguém se apaixonar, Sra. Gracinda? Olha que eu me candidato, hein? – ele disse sorrindo e a senhora não deixou de gargalhar.
– Eu já estou fora da pista, meu filho, mas eu tenho uma neta. – Ao ouvir aquilo Danilo caiu na risada. – Não ria, eu acho que vocês fariam um belo casal – ela disse o puxando para baixo a fim de ajustar a gravata. – Meu falecido marido fazia a gravata que nem você. – Ela deu uma afrouxada e melhorou o nó, deixando-o perfeito. – Você precisa de uma esposa.
– Ah! Mas veja como Deus é bom, Ele não me deu uma esposa, mas concedeu a senhora para ajeitar minha gravata – falou, dando um beijo nas bochechas enrugadas da velha senhora charmosa.
– O nosso Deus é muito bom, não é? – ela perguntou retoricamente.
– Ele é sim! – Danilo piscou para ela.
– Mas se você quiser conhecer minha neta, ela chega neste sábado. – A senhora bateu no ombro dele.
Danilo riu e assentiu, ao se despedir caminhou em direção ao elevador, deixando a senhora para trás.
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Ao chegar ao térreo do prédio, avistou a pequena Mel caminhando em sua direção com sua grande caixa quadrada de cor rosa.
– Sr. Kanaski essas rosquinhas estão mais maravilhosas do que nunca.
– Não foi o que você me disse ontem, Mel? – Ele arqueou a sobrancelha.
A pré-adolescente olhou para o lado, pensativa e logo respondeu:
– Mas uma confeiteira sempre faz um dia após o outro um melhor doce. Então sempre tem que comprar porque a cada novo amanhecer tem a melhor rosquinha.
– Vou comprar só por causa do seu discurso – ele sorrindo tirou o dinheiro da carteira e comprou cinco rosquinhas açucaradas. – Mel, se eu morrer de diabetes a culpa será sua.