Capítulo Trinta e Sete: Van Escolar

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Nota da Autora:Pessoal, peço mil desculpas pela demora dos capítulos. Eu vou me esforçar para postá-lo uma vez por semana e em breve voltar aos dois capítulos por semana. Sobre eles serem menores, é porque realmente eu já estava escrevendo pouco para não ficar semanas sem postar! Isso corta meu coração porque eu amo escrever - entretanto, nessas últimas semanas não consegui chegar em casa e colocar a mão na massa. Sou apaixonada pela Cacau, e por mim ia ter capítulo todo dia. Quem me dera se eu pudesse viver só disso. Seria uma vida perfeita rs. 

Agradeço muito por todos os votos e comentários. Toda vez que recebo um, meu coração dispará! E não estou brincando. Bem, não vou mais atrapalhar a leitura. Aproveitem!

Ah, calma... Próximo capítulo será escrito pelo Leon (uhuuuu! Já o comecei! Estou muito empolgada, espero que meus horários malucos contribuam para uma postagem breve).

Beijos e Boa Leitura!

*****

            Estava encarando obcessivamente a porta do escritório. Eu não via meu avô fazia tanto tempo que parecia que era mais de um ano. Não tinha como bater na porta, entrar e falar: Vovô que tal fazer isso? Na verdade, me senti intimidada. Criar uma rede de hotéis mais barata podia ajudar. Ia circular mais o fluxo de pessoas. Seria mais acessível, geraria uma falação na mídia – o que podia ajudar a dissipar o escândalo do sul.

            - Vai ficar aí o dia inteiro? – a voz feminina tão autoritária. Inconfundível. Virei e dei de cara com Margot. Quase corri para abraça-la. Eu tinha uma adoração por essa mulher. Os cabelos dela estavam ainda mais encaracolados e ela mascava insistentemente um chiclete. Usava uma calça azul boca de sino que espremia suas coxas e se abria um pouco depois dos joelhos. Um salto alto na cor nude e uma blusa apertada que esmagava seus seios imensos.

            - Olá! Faz muito tempo. – falei quase rindo. Era engraçado.

            Margot deu um meio sorriso como se dissesse que estava com saudade. Ela era minha defensora. Queria mesmo a abraçar. Pena que eu jurava que seria ruim. Ela não era o tipo carinhosa.

            - Achei que você fosse congelar de tanto tempo que passou olhando essa maçaneta. Virar uma estátua. O que você quer com o seu avô?

            Pisquei os olhos algumas vezes tentando achar palavras. Mas, não tinha. Nenhumazinha.

            - Bem, - ela se aproximou, sem delongas pegou na maçaneta e abriu a porta. Sem bater. Meu avô estava sentado na sua mesa, com a cabeça baixa. Quando a porta abriu, ele demorou alguns minutos para nos encarar. – Boa tarde, Fagundes.

            - Margot, por favor, senhor Fagundes. – ele a corrigiu de um jeito sério.

            - Senhor Fagundes, bem, eu vim ver como você está e dizer que o julgamento do ladrãozinho só saí no mês que vem. Sabe como é, fim de ano... – e ela deu de ombros.

            - Ok, obrigado. – foi tudo o que ele disse. Reparei que estava muito cansado. Com olheiras imensas. Parecia absurdamente velho. Ele estava preocupado... Parecia estar preocupado. Seus olhos claros mudaram de Margot para mim. Havia milhões de questionamentos nos seus olhos.

            - Oi. – foi tudo o que consegui dizer. Fazia tempo que eu não falava com ele. O velho parecia realmente velho.

            - Ela estava parada aqui que nem uma estátua. Só a ajudei a entrar. – Margot falou dando um sorriso irônico. O humor dela era algo incompreensível. Estava rindo da minha lerdeza, da minha falta de ação... Era até de dar raiva se eu não gostasse tanto assim dela.

A Herdeira (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora