Capítulo Quarenta e Um: Namorados

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Nota da Autora: Digamos que esse é um capítulo onde teremos uma imensa tensão sexual por aqui, por isso se você se ofende com algo assim, acho melhor só ler as duas primeiras páginas.


Irmão do suspeito do rombo milionário é o maior suspeito do sequestro da Herdeira do Panthera Hotel

Eu olhei a matéria e senti muita raiva. Leon me encarava sentado na poltrona no meu quarto. Eu já havia sido liberada. Estava só assustada, faminta e desidratada – além de careca. Mas, sem nenhum ferimento grave. Por isso, assim que acordei, terminaram uns exames e eu estava liberada.

Eu segurava o jornal com força.

- Me conte de vez o que aconteceu.

Ele me pediu pela décima vez. O problema era que eu não sabia exatamente se eu gostaria de falar o que houve. Suspirei. Estava sentada na cama o olhando. Sinceramente, daquele ângulo ele me parecia ainda mais prepotente e gostoso. Leon estava com os cabelos louros bagunçados, usando uma camisa social bordo com três botões a mostra, sem pelo nenhum, porque ele era praticamente desprovido de pelo. Calças pretas sociais justíssimas – quais eu adorava vê-lo vestir.

- Hmm... – murmurei. – Bem, - suspirei novamente. – Eu estava debaixo da escada. Numa salinha estilo uma despensa. Aí empilhei toda a comida que tinha ali na porta, e quando um daqueles clones de preto abriu a porta eu o empurrei com tudo. Soquei a cara dele com latas até ele desmaiar. – Depois descobri que na verdade, eu desfigurei o rosto dele... De tanta paulada que eu dei. O sangue dele espirrou por mim, sem que eu me desse conta e Leon até pensou que fosse meu sangue. Também soube que por pouco eu não o machuquei a ponto de morrer. Mas, eu estava protegida. O sequestro meio que me dava um álibi para a agressão. – Subi as escadas e entrei no último quarto. Era um quarto feminino. Empurrei a penteadeira e a cadeira para a porta, depois achei um batom no criado-mudo e escrevi SOS no lençol.

- Corri para a varanda e estendi o lençol nela. Eu estava desesperada. – comentei observando o olhar de Leon sobre mim. – Mas, então, eles arrobaram a porta e correram para a varanda. Nesse momento, ouvi o som de um helicóptero. Olhei e lá estava lá. Pensei: estou salva. Mas, nada aconteceu. Não me jogaram uma cordinha para eu subir. E aqueles caras estavam se aproximando cada vez mais. Então, tudo foi muito rápido. Discutimos. Eu me ameacei me jogar.

Nessa hora os olhos de Leon se arregalaram. E eu tive certeza do quanto eu o amo.

- Mas, eu não ia fazer isso. Não de verdade, né?

- Sim, continue.

- Mas, eles estavam cada vez mais perto... E eu subi na varanda. Me pendurei lá, só que eu acabei caindo. Na verdade, tropecei. – a memória era terrível. Eu achei que fosse morrer. – Eu achei que fosse morrer. – quando vi falei o que estava pensando. Nesse momento, Leon se aproximou de mim e me abraçou. Foi reconfortante. – O cara que estava mais perto de mim conseguiu segurar o lençol e... Depois conseguiram me puxar. Aí do nada, tudo foi muito rápido. A polícia invadiu o prédio. Renderam eles. Houve tiros. Eu tentei fugir, mas um daqueles homens vestidos de preto me segurou! E eu pensei que ele fosse me matar, até que um policial atirou e o sangue dele voou em mim. Mas foi uma bala de raspão. Eles foram rendidos e eu... Bem, o policial me passou para os braços de um bombeiro e por algum tempo achei que eu ia desmaiar, mas não desmaiei. Era tudo real.

Nesse momento, meus olhos estavam encharcados de lágrimas. Leon me beijou a boca, as bochechas e os olhos.

- Eu achei que ia te perder. – confessou.

A Herdeira (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora