Capítulo Trinta e Cinco: Porta dos Fundos

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            Não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Já era domingo de manhã e eu estava aqui desde sexta à noite. Aqui era a casa de Leon. O apartamento onde ele morava. Ele havia passado para pegar algumas mudas de roupa no Hotel, mas isso foi muito rápido. Depois voltamos para cá e mais uma vez ele me dominou totalmente. Acho que perdi as contas de quantas vezes nós transamos. Era só nos olharmos que logo estávamos enganchados outra vez. Era mágico.

- Hmm... – ele gemeu e me puxou para mais perto de si.

- Bom dia, - murmurei sorrindo. Era tão delicioso isso. Nem consigo imaginar o que nesse mundo poderia estragar esse momento! Eu posso dizer que estava muito feliz. – tudo bom?

- Bom dia. – disse sem abrir os olhos. Eu afastei um meu cabelo do meu rosto e suspirei feliz. – Hmm... sabe o que podíamos fazer agora?

E isso eu já sabia o que era. Dei um sorriso e segurei o rosto dele. – Você é muito saidinho. – comentei rindo. Nunca imaginei que meu priminho poderia ter tanto fogo.

- Eu só sigo meus instintos. – disse rindo.

- Só vamos escovar os dentes, antes. – comentei. Porque sejamos sinceros, não é mesmo? Beijar sem escovar o dente é meio porquinho...

Ele riu. – Como você quiser.

Mas, nem eu nem ele nos mexemos da cama.

- Estou com preguiça de levantar. – ele comentou.

- Eu também.

- Hmm... – ele me abraçou ainda mais forte.

E sentir o perfume de Leon logo pela manhã era maravilhoso.

- Leon, - eu o chamei e ele me encarou. – eu estou muito feliz. – falei. Não sabia se estava precipitada ou se estava sendo bobinha, eu só sei que saiu tão natural que nem mesmo percebi o peso dessas palavras.

- Eu também.

Quando ele disse o mesmo, meu coração pareceu mais leve. Saber que ele estava feliz, como eu, era incrível. Nem sabia descrever o que estava passando na minha mente e no meu peito. Senti meu coração acelerar e meu corpo todo aquecer. Podia dizer que em meses, eu estava finalmente tranquila.

Era um sentimento doce e tenro.

DING DONG! DING DONG! DING DONG! DING DONG!

A campainha começou a tocar insistentemente. Nós nos olhamos assustados. Quem poderia ser a essa hora da manhã? Meu Deus! Será que era a Joyce? Meu Deus! Ele me enganou... Era ela, só podia ser ela... Era uma farsa. Era ela pedindo para voltar... E eu ficaria sobrando. NÃO!

Meu coração pareceu se quebrar em mil pedacinhos. Leon deu um sorriso encorajador, afastou-se de mim e saiu da cama. Senti falta do calor dele quase que instantaneamente e isso foi muito estranho.

- Vou ver quem é.

Eu acompanhei ele sair do quarto com meus olhos. Ele demorou pouquíssimos minutos para voltar.

DING DONG! DING DONG!

Com a campainha tocando novamente, tive certeza que Leon não recepcionou a pessoa. Pelo contrário, estava branco que nem leite, ainda mais branco do que era. Os seus olhos estavam assustados.

- Quem é? – perguntei.

- Minha mãe. – respondeu. Congelei! A megera da mãe dele estava aqui. Lascou! Como assim? – Ela não tem a chave da porta?

A Herdeira (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora