Capítulo Quarenta e Dois: Como as coisas são

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Nota da autora: Olá, gente, como vão? Desculpe a demora! Eu não conseguia sentar para terminar o capítulo. Fim de ano é entrega de muitos projetos no meu trabalho e eu estou ficando doidinha, trabalhando, às vezes, 12 horas por dia!!! E demoro uma hora e meia para chegar em casa. Mas, finalmente, consegui terminar o capítulo. O que venho falar hoje é que, além desse capítulo, falta pouco para eu fechar o primeiro livro de Cacau!! Mas, logo em seguida vem o livro dois! É que se não esse livro vai ser maior que a bíblia rs. Espero que continuem lendo, porque ainda há muitas aventuras na vida dessa menina para contar. Opa, mas calma, que ainda faltam alguns capítulos para encerrar o livro 1!!  E por isso, lá vai mais um!

Outra novidade é a capa! Eu troquei. Na verdade, fazia tempos que eu estava com essa imagem, mas nunca conseguia terminar. Quero agradecer muito a AnnaVoig96 por ter me enviado capas lindas! Eu as adorei, de verdade. Mas, infelizmente não pude utilizá-las. Mas, adorei o toque, porque de fato a capa não atraía muito, né? Não sei se essa é boa, podem falar. Mas, o bom dessa é que  todo mundo já vai saber que a Cacau é negra antes de abrir o livro rs. 

 Bem, pessoal, agora sem mais enrolações: Obrigada por acompanharem as aventuras de Cacau!! Beijos

-----------------------Boa leitura!

            - Olá. – eu falei ao entrar no quarto. Menezes estava lá, sentado numa poltrona e zapeando os canais na TV. Assim que me viu, ele se levantou e foi até mim.

            - Senhorita Carolina. – e me estendeu a mão de forma cordial. Mas, eu o puxei para mim e ele me deu alguns tapinhas nas costas, sem jeito.

            - Não sabia que haviam se tornado tão amiguinhos assim. – Leon comentou com ironia.

            Menezes deu um sorriso tímido. – Bem, depois do susto, acho que é compreensível.

            - Realmente, foi um sufoco! – comentei rindo e passando a mão pela minha carequinha. Eu havia ligado o foda-se e não estava me importando com a minha falta de pelagem no topo da cabeça. Mas, estava evitando me olhar muito no espelho. Na verdade, ninguém parecia querer comentar sobre isso.

            Porém, toda vez que eu pensava nisso vinha na minha cabeça: Melhor o cabelo do que algum dedo. E isso me acalmava de um jeito que parecia que eu tinha tomado uma caixa inteira de maracujina. Era muito reconfortante.

            Virei o rosto em direção da cama. Lá estava meu avô. Ângelo estava dormindo. Mas, assim que me aproximei da cama, os olhos se abriram e ele me encarou em silêncio. Ele estava com o medidor de batidas preso no dedo e tomava soro. Mas, de resto parecia absolutamente normal.

            - Hey... – murmurei. Ângelo me parecia fraco. Aquele velhote astuto tinha os olhos azuis opacos, sem aquele brilho de ironia que sempre os reluzia. Ele estava ainda mais branco, tanto que eu sentia que podia ver todas as suas veias do corpo e ele estava com olheiras profundas, que mostrava um cansaço tão alto que eu estava quase pedindo para ele dormir de novo.

            - Não foi dessa vez que vocês se livraram de mim. – ele disse dando um sorrisinho irônico. Eu sorri de volta. A voz dele saiu arrogante como sempre. Apesar do corpo fraco. Era o terrível e velho Ângelo de sempre.

            - Nem você se livrou de mim, velhote. – comentei quase chorando.

            Eu queria ter raiva e ódio. Queria até mesmo culpá-lo por ser meu avô, afinal eu só fui sequestrada e perdi os meus cabelos por causa disso. Porém, eu estava aliviada. De certa forma, Ângelo era minha única família no momento... Sem pensar muito, eu me aproximei ainda mais dele e o abracei como nunca havíamos feito antes. Em nenhum momento eu imaginei que poderia ser a primeira a dar o passo. Eu só estava aliviada de estar ali...

A Herdeira (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora