No caminho do hotel passamos em um drive-thru, do Mcdonalds, não queria abusar da companhia dele, estava me sentindo estranha passado aquele momento de angústia. Não trocamos mais nenhuma palavra, ele voltou a sua neutralidade e eu a minha pose de dona do mundo. No elevador só se ouvia as respirações, ele recostado na lateral, as mãos dentro dos bolsos da calça, e eu fitando o visor que mostrava os andares enquanto enrolava um cacho entre os dedos. Quando o elevador se abriu e dei o primeiro passo notei que a porta do meu quarto estava entreaberta.
Anahí – Você não fechou a porta? – Perguntei.
Alfonso – Espera. – Me puxou pelo braço – Tem alguma coisa errada, arrombaram a porta.
Foi apenas dois minutos, cronometrados. Herrera bipou a escuta que utilizava, e logo em seguida um segurança até então desconhecido por mim, apareceu nos corredores e me pegou pela mão, sem tempo para apresentações, ele já me puxava em direção ao elevador.
Anahí – O que é isso? O que está acontecendo? – Tentei me desvencilhar, em vão.
Alfonso – Anahí ele vai tirar você daqui, vá. – Mandou, a voz rígida, a face contraída, tinha alguma coisa muito errada.
Anahí – Eu não vou a lugar nenhum, eu quero saber o que está acontecendo. – Reuni forças pra me soltar daquele brutamontes, mas ele era forte demais. - Herrera, mande esse homem me soltar, AGORA. – Gritei a plenos pulmões.
Alfonso – Leve-a. – Assentiu com a cabeça, dando permissão para o outro me levar.
O segurança, identificado apenas como B1 em uma tarja posta na camisa, me pegou nos braços, eu estava imobilizada. Quando chegamos a garagem, me colocou dentro de um carro com fumê espelhado, travou as portas e começou a dirigir com uma velocidade acima do permitido. Eu queria enforcá-lo, estava irada, eu precisava saber, perguntei várias vezes, tentei de forma amigável, depois filho da puta foi o adjetivo mais leve dos que me referi a ele. Nada, nenhuma resposta. Eu não sabia se quer para onde estava indo. Até que reconheci o lugar, o aeroporto de Madrid.
Descemos do carro, B1 no meu encalço. Não estava entendendo nada, mas tive que seguir as suas ordens. Passei por um check-in, por força do maligno, porque eu só estava com o celular e um batom na bolsa a tiracolo. Quando entrei na sala de embarque lá estavam eles, Jensen, Emma, e mais dois dos B’s, babacas.
Anahí – Que loucura é essa? Alguém pode me explicar? – Caminhei enfurecida ao encontro deles.
Jensen – Caralho Anahí, eu falo, falo.... Você não me escuta, mais que porra! – Bradou, quase me estapeando com aquelas palavras.
Anahí – Epa, epa... eu não fiz nada, quando vi já estava aqui. Ele me arrastou. – Apontei pro segurança tentando me defender.
Emma – Ai Ani, tive tanto medo, você ainda vai me matar... ser sua amiga é um teste pra cardíaco. – Me puxou pelas mãos e me abraçou, quase me sufocando. Emma era assim, exagerada.
Jensen me olhava com o rabo do olho. Quando foi que ele parou de me aturar? Onde estava o amigo carinhoso, que atendia minhas vontades e me mimava?
Jensen – Vem aqui Anahí. – Falou enquanto massageava as têmporas, parecia tentar se acalmar.
Caminhei até ele, tentei reconhecer as feições, estava ríspido demais. Então ele cedeu e me puxou para um abraço, me aninhou e soltou um longo suspiro.
Jensen – Me prometa, prometa que vai seguir à risca as ordens da equipe. Me prometa Ani. – Repousou as mãos no meu rosto, fazendo com que eu o encarasse.
Anahí – Só se você me falar o que aconteceu. – Coloquei minhas mãos sobre as dele.
Jensen – Invadiram seu quarto, reviraram tudo e deixaram outra carta, dizia que não via a hora de encontrar você no inferno. Porra Ani, eu não sei mais o que fazer, ele sabe todos os seus passos, tivemos que desmarcar tudo e pegar esse voo às pressas... – Me apertou em um abraço, senti a respiração acelerada, ele estava mesmo preocupado.
Anahí – Jensen, calma...eu to aqui não to?! Não vai me acontecer nada...- Segurei o rosto dele com as duas mãos. – É isso que ele quer, deixar a gente acreditar que estamos perdendo o controle, mas isso não vai acontecer. Relaxa. – Depositei um beijo na bochecha dele.
Certamente eu disse aquilo para tentar acalma-lo, eu ainda não conseguia acreditar que aquela ameaça era real, mas iniciar uma discussão sobre o assunto naquele momento estava fora de cogitação. Ele estava atordoado, e eu não iria piorar a situação.
Passageiros do voo 5689 com destino a Manhattan, embarque imediato pelo portão A29.
Estávamos todos ali, exceto Herrera.
Anahí – Espera, e Herrera? Ele não vai? – Perguntei, logo após apoiei as mãos na cintura.
Jensen – Não, ele precisa ficar pra tentar recolher alguma prova, digitais, algo do tipo... – Respondeu enquanto caminhava em direção ao portão de embarque. – Porque, algum problema? – Franziu a sobrancelha.
Anahí – Não, nenhum...digo, era só curiosidade. – O acompanhei.Emma ergueu uma sobrancelha e eu conhecia aquele gesto, certamente ela estranhou o meu repentino interesse. E aquilo iria me render uma maratona de perguntas. Deus me ajude, eu só estava curiosa.
-Olá amorinhos!
Estou muito feliz com a interação de todos vocês, amando os comentários, inclusive comentem o que estão achando, é muito importante receber esse feedback.
Como agradecimento, hoje vou postar uma sequência de três capítulos, espero que gostem do desenrolar da história tanto quanto eu.Um beijo 😘 !
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All Of Me
FanfictionEu espero que você aproveite os raios solares que adentram sua janela entre as cortinas. Aproveite para me agradecer, eu lhe dei mais um dia para se arrepender. Eu espero que você aproveite o som da sua voz enquanto canta para seus milhares de fãs...