Caminhamos com as mãos entrelaçadas, quem visse de fora talvez não notasse a loucura que éramos por dentro. Mas nós dois sabíamos, e era suficiente. A praça estava movimentada, mais à frente havia um aglomerado de pessoas, em uma espécie de feira, que despertou a minha curiosidade, o suficiente para sair arrastando Alfonso pela mão.
Anahí – Aí não acredito, são cachorrinhos. – Disse animada, vendo algumas pessoas saindo com os animais recém adquiridos.
Alfonso – Estou surpreso, pensei que gostava de gatos. – Franziu o cenho me acompanhando. – Eles combinam com sua personalidade independente.
Anahí – Oh não, eu amo cachorros. São tão fofinhos. – Respondi agachando na frente de um cercado com filhotes. – Olha aquele ali. – Apontei.
Alfonso – É minúsculo, cabe na palma da minha mão. – Gargalhou. – Moço pega aquele ali pra mim. – Acenou para o vendedor que entregou o cachorro logo em seguida. – Olha só, não disse. – Afirmou segurando o filhotinho com uma só mão, o cachorrinho, de fato, cabia direitinho na palma da mão dele. Era um maltês, mais parecido com um floco de neve de tão pequeno e branquinho.
Anahí – Oi bebezinho, como você é lindo. – Interagi com ele. – Oh é uma fêmea! – Gargalhei ao notar. Alfonso negou com uma risada diante do meu entusiasmo.
Alfonso – Bem danadinha por sinal. – Disse quando ela começou a morder os dedos dele.
Anahí – Não fala assim, ela só quer brincar. – Respondi tomando-a das mãos dele.
Fiquei entretida por um bom tempo brincando com ela, que se exibia toda faceira abanando o rabinho, enquanto Alfonso se afastava para observar os outros cachorrinhos, haviam de diversas raças.
Eu ainda lembro de quando eu tinha dez anos e tia Ângela, — após muitos apelos meus, é claro —, cedeu e adotou um cachorro pra gente. Mais pra mim, confesso, ela exigiu que eu cuidasse dele e de toda a bagunça que ele fizesse, e eu não fiz caso nenhum, até disso eu sinto saudades... Eu estava a caminho da escola quando o encontrei na rua. Não era mais um filhotinho, Max, como o chamei, era um vira-lata e já era adulto, mas me ganhou de imediato quando começou a me seguir e latir como se quisesse dizer que também estava me escolhendo para ser sua dona. Eu realmente me sentia bem com um cachorro para cuidar e conversar na maioria das vezes, sim, Max muitas vezes foi um bom ouvinte. Chego a querer rir ao lembrar das vezes que me escondia com ele no parque por trás das árvores para contar como foi a minha manhã na escola.... Quando fiz treze, infelizmente ele morreu, e desde então eu não consegui mais me apegar a nenhum cachorro ou qualquer outro animal. Não para ter comigo, não gostaria de passar pelo mesmo sofrimento de perdê-los.
Alfonso – Você gostou mesmo dela, não é? – Alfonso comentou depois de um tempo, ergui o rosto para confirmar e ele sorriu, acariciando a patinha da cachorrinha em minhas mãos – Ela é pequena igual você.
Fiz uma careta pra ele que ria da própria constatação enquanto eu toda cuidadosa, tentava deixar a cachorrinha confortável entre minhas mãos.
Anahí – Ela é adorável, olha só! – Sorri mais ainda ao sentir as lambidinhas dela em meus dedos, fazia cócegas e eu não evitei rir.
Alfonso – Que bom então, porque eu acho que ela também escolheu você. Estica as mãos para colocar uma coleira nela. – Olhei para ele um pouco confusa.
Anahí – Não me diga que... – Alfonso sorri, confirmando antes que eu complete minha fala e eu não pude evitar minha surpresa – Você comprou ela?!
Alfonso – Dizer que adotamos é mais bonito. – Ele riu, ponderando e eu sigo sem acreditar, mas desta vez com um sorriso bobo nos lábios.
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All Of Me
FanfictionEu espero que você aproveite os raios solares que adentram sua janela entre as cortinas. Aproveite para me agradecer, eu lhe dei mais um dia para se arrepender. Eu espero que você aproveite o som da sua voz enquanto canta para seus milhares de fãs...