23° Capítulo - Naked

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Na manha seguinte, acordei disposta a quebrar o ciclo de procrastinação que me encontrava. Tomei um banho gelado, aos pulos dentro do box confesso, para logo depois me vestir com uma calça preta de academia, um moletom cinza, e um tênis confortável, amarrei os cabelos em um rabo de cavalo, catei o celular e os fones de ouvido e caminhei em direção a sala.

Joseph – Você acordada tão cedo? – Se assustou ao me ver, ele segurava uma xicara de café preto.

Anahí – Nós vamos sair, estou precisando liberar endorfina. – Disse pegando a xicara da mão dele e solvendo um gole.

Joseph – Você viu o frio que está lá fora? – Questionou confuso.

Anahí – Não deve estar mais forte que o daqui de dentro. – Repousei a mão sobre o peito. – Deixa de preguiça, vem. – Deixei a xicara sobre o aparador e o puxei pela mão.

Joseph – Que tipo de pessoa gosta de sair de casa de manhã cedo, nesse inverno, para correr? Você está me assustando. – Sorriu irônico.

Anahí – A pessoa que quer viver a vida. – Sorri com o canto da boca.

Joseph – E sobre aquilo de ajudá-la, fiquei curioso. – Questionou enquanto entrávamos no elevador.

Anahí – Vamos trocar um favor, eu te ajudo com Emma, nem pense em negar, você está caído aos pés da minha amiga. – Frisei. – E você me ajuda, com Alfonso.

Joseph – Desculpe? – Perguntou confuso.

Anahí – Joe, você só falta comer a Emma com os olhos, vem me dizer que não gosta dela?

Joseph – Essa parte eu entendi e não nego, agora Alfonso? Eu pensei que você odiava ele. – Ergueu a sobrancelha.

Anahí – E odeio, eu quero ir na casa dele soltar uma bomba, você pode ser meu cumplice nesse assassinato? – Perguntei, séria.

Joseph – Ele é meu amigo. – Respondeu ultrajado.

Anahí – E eu sua chefe, quer ser demitido? – Instiguei contrariada.

Joseph – Cantora, não assassina. – Balançou a cabeça negativamente.

Saímos do elevador ainda discutindo sobre aquele assunto, ele me olhava assustado com as ideias mirabolantes que eu contava para tentar fugir do real motivo, me divertia com as caras que ele fazia. Iniciamos a caminhada em direção ao um local destinado a esportes ao ar livre, que ficava a duas quadras de distância do meu prédio. O clima frio ainda não era forte o suficiente para expulsar aos adeptos a corridas matinais, o lugar estava bem movimentado.

Joseph ainda me olhava com o canto do olho, me seguindo com muita naturalidade enquanto eu ofegava descompensada, só ali percebi o quanto estava sedentária. Diminui o ritmo dos passos, e tirei os fones de ouvido.

Anahí – Você está me olhando como se eu já fosse uma criminosa. – Gargalhei.

Joseph – Tenho medo de mulheres como você. – Confessou com o cenho franzido.

Anahí – Olha, eu não vou fazer nada de ruim ok? Eu só preciso esclarecer algumas questões que ficaram pendentes, nada envolvendo tiros ou esquartejamento. – Pisquei.

Joseph – Se eu levar você até lá, ele não vai querer me matar depois? – Pontuou em negociação.

Anahí – Ele não pode te matar, quem vai cuidar de mim? – Questionei. – E outra, eu posso convidar Emma para comer os seus brownies, só omito a parte que eu não farei companhia. O que acha ein? – O cutuquei no braço.

All Of MeOnde histórias criam vida. Descubra agora