19° Capítulo - Conectados

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Uma, duas garrafas de tequila, eu queria esquecer o acontecido enquanto Jensen me encarava ciente que algo estava errado. A cada shot que eu dividia com Emma recebia seu olhar reprovador, sim eu estava fugindo da conversa. Ele ficara sabendo por alto da briga envolvendo Jared e Herrera, mas naquela noite eu não estava disposta a esclarecer. Eu tinha algo mais interessante a fazer, principalmente quando o meu guarda-costas me secava sem o menor pudor, como se fosse me beijar ali mesmo, na frente de todos que estavam alheios aos nossos encontros.

Ergui o último copo, solvendo o líquido que descia quente em minha garganta de uma só vez, repousando logo em seguida no balcão ao redor do bar do hotel que estávamos hospedados. Me despedi de todos com um acenar de mãos e caminhei visivelmente desinteressada até ao elevador, antes da porta fechar lancei um sorriso provocador para Alfonso, que balançou a cabeça negativamente prendendo o riso entre os lábios.
Enquanto passava os andares eu me olhava no espelho, o machucado nos lábios não estava visível, ótimo. Quando as portas se abriram entrei depressa em meu quarto, deixei a porta entreaberta, Herrera entendera o recado.

Passaram poucos minutos e lá estava ele, apoiado na porta já fechada, os olhos desejosos sobre mim.

Alfonso – Sunshine...- Disse em um suspiro. Até que havia gostado daquele apelido, era diferente como tudo que era relacionado a nós dois.

Anahí – Você é bom em decifrar códigos. – Respondi enquanto deslizava o zíper do meu vestido vagarosamente na lateral do meu corpo. – Vamos ver se também é bom em adivinhações.

Alfonso – Sou todo ouvidos. – Respondeu, tirando a jaqueta preta e jogando sobre a poltrona.

Anahí – Cada acerto seu, eu tiro uma peça de roupa. Vamos lá, como me chamo? – Perguntei prendendo o riso.

Alfonso – Anahí Giovanna Puente Portilla. – Respondeu sucinto, e eu gargalhei.

Anahí – Bom garoto. – Afirmei. Afastei as alças do meu vestido e ele deslizou sobre o meu corpo, caindo nos pés.

Alfonso – Você é linda Sunshine. – Disse passeando os olhos pelo meu corpo.

Anahí – Não tente me comprar, foco nas perguntas. – Ordenei serena. – Qual o meu hobby favorito?

Alfonso – Dormir, certamente. – Ironizou, as mãos dentro dos bolsos, mantendo o auto controle.

Anahí – Temos um observador nato. – Levei as mãos até às costas desabotoando o sutiã, para logo depois jogar na direção dele.

Alfonso – Minha cor preferida. – Disse pegando a peça no ar. – Preta.-  Finalizou cheirando a peça com um tom muito erótico. Vibrei ao olhá-lo.

Anahí – Anotado. Vamos a última pergunta, o que estou pensando? – Instiguei.

Alfonso – Em quantas vezes eu vou te fazer gozar essa noite, nessa cama. – Respondeu com a voz rouca, me encarando sem desviar o olhar.

Prendi minha calcinha rendada entre os dedos, e deslizei em minhas pernas, jogando a peça longe.

Anahí – Bingo... agora vem pegar seu prêmio. – Respondi estremecida.

Alfonso avançou em minha direção chocando nossos corpos já quentes. Ele apoiou as mãos em minha bunda me pressionando contra sua ereção.

Alfonso – Olha como você me deixa. – Sussurrou em meu ouvido.

Anahí – Essa é a intensão. – Sorri com o canto dos lábios.

Espalmei as duas mãos contra o peito dele e o empurrei em direção a cama. Ele caiu sentado, as mãos apoiando o corpo, uma visão privilegiava eu diria. Caminhei até ele o auxiliando a tirar a camisa, fiz questão de desabotoar a calça dele para depois abaixar o zíper. Ele ergueu o corpo e eu o ajudei a tirá-la por completo, juntamente com a cueca box também preta.

Ainda de pé, me coloquei entre as suas pernas, e ele me puxou pela nuca em um beijo faminto, apoiei as mãos em seu ombro, enquanto a dele que estava livre pressionou minha cintura. Ah aqueles lábios...eu havia mesmo sentido falta daquele sabor, nossas línguas se cumprimentaram tão saudosas como nós, a tequila exalando pelos poros lembrando que eu estava um tanto alta, mas sóbria o suficiente para aproveitar aquela noite em cada detalhe. Afastamos nossos lábios assim que o ar nos faltou, era possível tatear o desejo que corria em nossa pele.

Anahí – Eu quero que você me beije bem aqui. – Disse apontando o vale entre os meus seios.

Alfonso me atendeu e distribuiu beijos molhados entre os meus seios, para em seguida deslizar a língua em um deles, dando atenção ao bico e toda a extensão da auréola, nossa aquilo me deixava bem excitada, senti meu corpo se arrepiar em um misto de tesão e ansiedade, mas eu não tinha pressa. Com a mão livre Alfonso tateou minha intimidade, encontrando meu clitóris, o massageando com delicadeza, o ritmo certo para me levar as nuvens.

Arfei com aqueles estímulos, joguei os cabelos para trás e fechei os olhos aproveitando as sensações que eram tê-lo chupando meu seio e me masturbando ao mesmo tempo.  Apoiei as duas mãos em seu ombro, para tentar me equilibrar logo que ele introduziu dois dedos em minha intimidade.

Alfonso – Prontinha pra mim. – Sussurrou próximo ao meu ouvido.

Eu poderia gozar ali mesmo, como o meu corpo inteiro pedia, mas veja bem, eu preferia gozar com ele dentro de mim, todo e completamente entregue. Quando eu estava próxima do clímax, ordenei que ele parasse, deixando-o um tanto confuso, mas daquela vez ele não estava disposto a parar. Em um movimento rápido ele mudou nossas posições e me deitou sobre a cama, só tive tempo de me acomodar, antes de sentir sua língua quente me sondar onde antes estavam seus dedos. Soltei um gemido alto, me contorcendo sobre os lençóis enquanto ele brincava com minha intimidade, não foi preciso muito para me entregar ao primeiro orgasmo, tentei prolongar o máximo possível, para só então gemer desconexa, com a respiração descompassada, segurando os lençóis como se precisasse daquilo para manter a sanidade.

Herrera me encarava com devoção, senti as bochechas esquentarem, alguns fios de cabelo desalinhos sobre o meu rosto, meu peito subia e descia freneticamente, esbocei um sorriso quando o vi se acomodando entre minhas pernas.

Não consigo descrever em palavras a sensação que era tê-lo dentro de mim, não era nada casual como eu gostava de definir, a entrega era total e mútua, eu sentia como se ele não quisesse estar em outro lugar, e fosse incapaz de pensar em algo fora daquele quarto, assim como eu.

Daquela vez ele estava sobre o meu corpo, pele com pele, extasiados. Herrera ergueu meus braços, entrelaçando nossos dedos acima da minha cabeça, enquanto me penetrava em um ritmo que só ele sabia, e que me levava a loucura. Colamos nossos lábios, mas fomos incapazes de iniciar um beijo, dado a nossa respiração um tanto ofegante, abafando assim os gemidos.
Entrelacei minhas pernas ao redor do quadril dele, para que me preenchesse completamente, o peso do corpo pouco me incomodara, eu estava delirando conforme as estocadas fortes e violentas que ele não conseguia conter, e era exatamente desse jeito que eu gostava.

Anahí – Alfonso... – Gemi desnorteada.

Alfonso – Olha pra mim. – Disse entre um gemido rouco, colando nossas testas.

Abri os olhos e o encarei, o azul cinzento dos meus olhos misturados com o verde afogueado. Colamos nossos lábios em um gemido sôfrego, dividido por nós, enquanto minhas pernas bambearam, cúmplices de outro orgasmo que estava me arrebatando. Herrera afrouxou as mãos e desabou com todo o peso sobre mim, pulsando dentro da minha intimidade, se deleitando do seu próprio e insano prazer.

E só depois de recuperados, trocamos um beijo calmo, para reafirmar o quanto nós queríamos permanecer ali.

Alfonso – Seu hobby preferido ainda é dormir? Perguntou entre meus lábios.

Anahí – Acho que preciso rever alguns conceitos. – Respondi com a voz falha.

Alfonso tombou para o lado, me virando em sua direção, ficamos nos olhando e trocamos um sorriso cúmplice.

Anahí – O que fez você mudar de ideia? Sobre aquilo de eu não fazer seu tipo. – Perguntei com um pingo de ironia.

Alfonso – Eu não sabia como  lidar com um furacão. – Sorriu descontraído.

Anahí – E resolveu entrar no olho dele assim, do nada ? – Deslizei o polegar contornando os lábios dele, ainda inchados.

Alfonso – O caos pode ser muito tentador. – Depositou um beijo em meus dedos. 

Nos encaramos sorrindo, afundados na tormenta, presos no caos que era despir o orgulho, o medo, e a insegurança que frequentava nossa mente toda vez que nos entregávamos. Cientes que aquilo não bastava, mas enfeitiçados demais para enxergar.


All Of MeOnde histórias criam vida. Descubra agora