Quando cheguei no apartamento e vi tudo o que haviam preparado, meu coração se aqueceu, uma saudade daquele lar que tanto me passava segurança e conforto. Abracei Jensen por longos minutos, o qual não conseguiu conter as lágrimas ao me ver entrando pela porta, eu sabia o quanto ele era emotivo, mas naquele momento me entreguei a toda aquela emoção e me permiti marejar os olhos naquele abraço aconchegante de quem volta de uma longa viagem. Aquele era o meu melhor amigo, e era maravilhoso tê-lo de volta.
Mas, deslocada, era exatamente dessa forma que me sentia diante daquelas pessoas, que anteriormente eu adoraria jogar conversa fora e dividir boas rodadas de tequila. Claro, se não fosse o meu fígado pela metade, e aquela presença inusitada que Alfonso ousou trazer a minha casa. Porque sim, eu o havia convidado, mas apenas ele, e não uma possível amiga muito da sua sorridente, que não deixava de tocá-lo para chamar sua atenção.
Fui até a cozinha beber água, o único liquido que poderia ingerir nos próximos meses, e quanto retorno vejo Alfonso com sorriso de orelha a orelha, com a mão recostada naquela morena que eu bem sabia não conhecer. E posso afirmar, que agora não fazia a mínima questão. Travei os punhos contrariada e fui o mais depressa que consegui até meu quarto, batendo a porta com toda força que consegui. Quem ele pensava que era para vir acompanhado a minha festa? É muita audácia. E toda aquela história que eu era o mais importante não passava de balela, fiz as contas mentalmente, já não nos víamos a mais ou menos dois meses, mais dois de coma, quatro meses que ele poderia tranquilamente conhecer outra pessoa, mais levá-la até ali foi o auge da afronta.
Minha vontade era de voltar àquela sala e tascar o maior beijo de cinema em Jensen, mas meu juízo recém adquirido não permitiu, eu não deveria usá-lo daquela forma. Joguei um travesseiro irritada, que por pouco não acertou em Alfonso que acabava de entrar em meu quarto, com uma expressão confusa, e no mínimo surpreso com meu ataque de fúria.
Alfonso – Hey, qual o problema? Você está bem?
Anahí – O problema é que quero ficar sozinha, você não perdeu essa mania de invadir minha privacidade? – Respondi ríspida.
Alfonso – Só quis me certificar que estava bem. – Respondeu na defensiva.
Anahí – Poderia estar melhor, a festa perdeu a graça.
Alfonso – Porque eu cheguei? Se quiser posso ir embora, e você pode voltar a aproveitar sua festa. – Disse em um tom magoado, me encarando sério.
Anahí – NÃO. – Disse em um tom mais alto que o esperado. – Eu só queria não me sentir tão perdida entre todo mundo, parece que parei no tempo, não estou na mesma conexão. – Reformulei, se ele fosse embora significaria que teria mais tempo para ficar com ela, e aquilo eu não permitiria.
Alfonso – Sei que paciência não é seu forte, mas precisa fazer um esforço... tenta relaxar e não pensar nisso. – Disse girando meu corpo, me posicionando de costas para ele, onde começou a massagear meus ombros, com o toque firme, porém cuidadoso.
Anahí – Assim é mais fácil. – Sorri fechando os olhos, enquanto ele deslizava uma mão até minha nuca, se demorando ali ao aproximar o rosto para cheirar meus cabelos.
Alfonso – Cheirosa. – Disse entre um sussurro próximo ao meu ouvido, o que me causou arrepios. Vacilei o corpo para trás e ele me apoiou pela cintura. – Está bom assim? Hum? – Perguntou roçando os lábios em meu pescoço, depois que afastou meus cabelos, sem parar de massagear meu ombro com a mão livre.
Assenti com a cabeça, imersa nas sensações que o hálito quente dele contra a minha pele proporcionava. Meu corpo reagiu aquele toque, e eu não queria parar ali. Esqueci-me até da tal morena na minha sala, na minha festa, e com os meus amigos, e principalmente com o meu guarda-costas.
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All Of Me
FanficEu espero que você aproveite os raios solares que adentram sua janela entre as cortinas. Aproveite para me agradecer, eu lhe dei mais um dia para se arrepender. Eu espero que você aproveite o som da sua voz enquanto canta para seus milhares de fãs...