Passamos longos minutos tentando recuperar a respiração e os sentidos. Eu não conseguiria proferir em palavras o entalo que surgia em minha garganta, uma sensação de reconhecimento. Como se fosse possível assimilar que eu estava no lugar certo com a pessoa certa, com todo o clichê que essa frase carregava. Mas como vocês bem sabem, eu não sou expert em administrar meus próprios sentimentos, enquanto ele acariciava meu braço com a ponta dos dedos eu permanecia em uma batalha interna, onde eu queria sair dali correndo ao mesmo tempo que eu havia me encontrado naqueles braços. Eu sempre seguia meus instintos, os meus desejos, as minhas vontades, e pela primeira vez eu me questionava sobre as consequências daquilo. Ele tão logo percebeu o quão distante estava, perdida, e selou nossos lábios demoradamente como para afirmar que ele estava comigo, era real. Me permiti sorrir com aquele gesto, afinal ele já havia prometido que estaria sempre ali.
Anahí – Toma banho comigo? – Perguntei quebrando o silêncio, o vendo sorrir e assentir com a cabeça.
Levantamos da cama e caminhamos até o banheiro, por vezes nos encarávamos e ao mesmo tempo desviávamos o olhar quando a tensão surgia. Liguei o chuveiro, e senti a água forte cair sobre minha pele, fechei os olhos tentando buscar um ponto de sanidade. Em vão, Alfonso...como ele queria ser chamado, iniciou um deslizar de dedos desde os meus ombros, alcançando minhas costas, com um movimento delicado ele afastou o cabelo dos meus ombros para logo depois roçar seus lábios ali. Ele estava reascendendo o que eu esperava apagar, e convenhamos, eu não iria e nem poderia dificultar. Me virei frente a ele e entrelacei os braços em sem pescoço, chocando nossos corpos, marcados pela recente e ensandecida transa. Iniciamos um beijo atrapalhado devido a quantidade de água que nos encharcava, e soltamos um sorriso cumplice quando percebemos que seria impossível. Alfonso me encostou na parede contrária ao box e prendeu meus braços ao redor do meu corpo, a partir desse instante tudo o que eu senti foi sua língua percorrendo o vale dos meus seios, para depois distribuir chupões em toda a extensão. Gemi em protesto, eu queria tocá-lo.
Anahí – Alfonso, eu não sou passiva, me solta. – Sussurrei de olhos fechados.
Alfonso – E o que você quer fazer? – Perguntou sem desviar a atenção dos meus seios que já estavam vermelhos e sensíveis.
Anahí – Eu vou fazer você gozar na minha boca, para aprender quem é que manda. – Abri os olhos o encontrando petrificado em minha frente. Ele afrouxou as mãos em meus braços e eu sorri vitoriosa, era assim que eu gostava, as regras eu ditava.
Enquanto ele me encarava com uma expressão desejosa, eu o guiei até a posição que eu queria.
Anahí – Agora você relaxa e aproveita. – Disse entre sussurros enquanto mordiscava o pescoço dele.
Deslizei minha língua fazendo um percurso prazeroso, senti a pele dele se arrepiar inteira em contato com meus lábios quentes, eu adorava causar esse efeito. Me ajoelhei em sua frente e repousei as mãos em seu membro iniciando uma massagem com delicadeza, Alfonso travou os punhos e sussurrou algo que eu não consegui identificar.
Entreabri a boca e rocei meus lábios por toda a extensão do membro dele, para só então introduzi-lo completamente. Ele já estava rígido e só piorou quando sentiu minha saliva quente, misturada com o estimulo que eu lhe proporcionava com gana. Enquanto eu me deleitava com ele em minha boca, ora o chupando com delicadeza, ora passando a ponta da língua em sua glande, Alfonso introduziu as mãos em meus cabelos manuseando minha cabeça a seu bel prazer.
Vez ou outra eu erguia meus olhos azuis cintilados e encontrava o seu verde, fumegando tesão. Eu estava excitada o suficiente, pronta outra vez, só em observar as feições dele, em ouvir os gemidos roucos que escapavam de sua boca todas as vezes que eu intensificava os movimentos. Senti um líquido escorrendo entre meus lábios e sabia que ele estrava prestes a gozar, seu corpo denunciava, assim como o meu nome era proferido com a voz embargada e arrastada. Não demorou mais para o clímax vir, Alfonso segurou meus cabelos com firmeza enquanto eu sentia ele se desmanchar em minha boca, ele balbuciou alguns palavrões com a voz rouca quando eu me afastei limpando o canto dos lábios, e logo depois abriu um sorriso antes de me puxar pelo braço e me tomar em um beijo voluptuoso.
Era só o que precisávamos para nos unir novamente, nos conectarmos, atraídos como uma espécie de ímã, certos que o melhor lugar naquele momento, não era o mais luxuoso hotel, ou um país paradisíaco, e sim um banheiro, de pouco mais de 10 metros quadrados, que exalava prazer e luxuria, estávamos totalmente perdidos naquele encontro. Ele ergueu uma de minhas pernas, apoiando em sua cintura, enquanto voltava a me preencher novamente, me segurei em seus ombros para manter o equilíbrio, não fazia ideia de quanta água já havíamos derramado, só sentíamos escorrer entre nossos corpos aumentando o atrito.
Alfonso – Goza pra mim. – Sussurrou em meu ouvido.
Aquela voz embargada foi o suficiente para que eu me entregasse a um novo orgasmo, não menos intenso, fazendo com que as paredes da minha intimidade latejassem de prazer, colei nossos lábios abafando um gemido sôfrego. Alfonso esperou que eu aproveitasse as sensações para só depois retornar com as estocadas que o levaram ao ápice, me apertou em seus braços com os olhos ainda fechados, tentando manter a lucidez. Só então nos encaramos novamente, deixamos um sorriso escapar, aliviando o clima que nos rodeava.
Alfonso – Somos uma ameaça para o planeta. – Disse se referindo ao chuveiro ainda aberto.
Anahí – Essa culpa você carrega, eu só queria tomar banho. – Ironizei.
O clima descontraído que nunca tivemos pairou naquele instante, finalmente conseguimos tomar banho, eu massageava os cabelos com o condicionador quando notei uma cicatriz no ombro dele, pouco abaixo da clavícula.
Anahí – O que foi isso? – Apontei curiosa.
Alfonso – Isso? – Perguntou tocando na cicatriz. Assenti com a cabeça. – Foi um tiro, sabe como é.... acidente de trabalho. – Sorriu despreocupado.
Anahí – Como é? E você acha normal se arriscar assim? – Me apressei a responder. – Você poderia ter morrido e está rindo com essa cara pra mim? – Franzi a sobrancelha incomodada.
Alfonso – Ossos do ofício. – Respondeu antes de selar nossos lábios. – Não tem porque se preocupar, esse não foi o primeiro, talvez não seja o último, mas tudo sempre dá certo. Eu tenho sorte. – Piscou.
Anahí – Vira essa boca pra lá. – Estapeei seu ombro. – Eu não quero transar com um sequelado.
Alfonso – Você é bem interesseira. – Gargalhou.
Anahí – Trabalho apenas com verdades. – Sorri depositando um beijo na sua cicatriz. – Você não pode se machucar, quem vai me perseguir todos os dias? Joseph não faz meu tipo.
Alfonso – Fico bem feliz por isso. – Sorriu antes de me apertar em um abraço.
Terminamos o banho, e me enrolei na toalha enquanto via ele se vestir, caminhamos até a porta para nos despedimos.
Alfonso – Bom fim de noite. – Sorriu. – Eu estarei aqui do lado, você já sabe o restante da frase.
Anahí – Eu sei. – Pisquei.
Alfonso contornou meus lábios com o polegar. Me encarou como se tentasse perdurar aquele momento. Depositou um beijo carinhoso em meus lábios e logo após virou as costas e saiu. Quando fechei a porta o meu corpo parecia cair em si, corri para cama e afundei minhas cabeças entre os travesseiros, eu estava longe de querer afastá-lo, eu o queria perto, e isso definitivamente me assustava. Então entre meus devaneios adormeci, feliz demais para mensurar.
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Um capítulo bem quentinho para esquentar nossos corações!!!
Me digam o que acharam dessa entrega dos dois, estou ansiosa para saber...
<3
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All Of Me
FanfictionEu espero que você aproveite os raios solares que adentram sua janela entre as cortinas. Aproveite para me agradecer, eu lhe dei mais um dia para se arrepender. Eu espero que você aproveite o som da sua voz enquanto canta para seus milhares de fãs...