I'll Give My Best For You (Camren Infantilismo)

26 - Are You Crazy?

Lauren POV

Já era a terceira vez que eu colocava meu despertador pra mais cinco minutos. Se eu iria me atrasar? Provavelmente. E esse era o único problema naquele momento.

Num ato súbito de coragem, me levantei indo pro banheiro. Tomei um banho e escovei meus dentes. Fui me vestir com uma roupa confortável e adequada para o frio. Ainda estava um clima nublado e gelado em Nova Jersey, se bobear, daqui a pouco iria nevar, mesmo estando fora do período. Por último coloquei uma touca na cabeça e minha mochila nas costas, antes de descer as escadas e seguir pra cozinha.

– Bom dia, velhotes! - cumprimentei meus pais.

– Velhos são seus avós! - ri após a fala da minha mãe.

– É brincadeira! - me sentei. – O que tem pro café?

– O que você quiser. - meu pai mostrou. – Pão, torrada, frutas, panquecas…basta apenas escolher.

– Certo.

Coloquei um pouco de leite no copo e peguei uma torrada, passando Nutela na mesma. Tenho quase certeza de que esse foi o café da manhã mais rápido da minha vida. Não tive tempo de aproveitar, já havia acordado um pouco tarde, não queria me atrasar mais ainda. Tirei meu carro da garagem e fui buscar minha namorada. Ao chegar lá, ela já esperava na porta, sentada na calçada junto de sua mãe. Aquela rua estava vazia, o que era um pouquinho estranho, mas ao mesmo tempo era comum de se ver. Talvez pelo frio poucas pessoas saiam de casa, a não ser aquelas que precisam trabalhar, e estudar como eu.

Estacionei o carro ali do outro lado da rua, antes de sair do veículo e ir até elas.

– Bom dia, Lauren! - Sinu sorriu.

– Bom dia! - disse a ajudando a levantar da calçada.

– Obrigado! Estou ficando velha! - riu.

– Que isso, a senhora ainda tem muito pela frente! - ela assentiu.

– Espero que esteja certa, querida! - afagou meu ombro.

Olhei pra Camz notando que ela estava triste. Tão triste que nem veio me cumprimentar.

– Oi, pequena! - me ajoelhei na sua frente. Ela me olhou.

– Oi, Lolo! - deu um sorriso fraco.

– O que foi, hein? - alisei aquele rostinho.

– Mila queblou o binquedo ti papai deu.

– Qual brinquedo? - ela me mostrou uma tartaruga pequena.

– Mila deixou cair no chão sem queler. - continuou. – Antes ela bilhava candu apetava ati ó! - mostrou um botãozinho. – Mas agola ela nom bilha mais.

– Não precisa ficar assim, meu amor!

– Papai vai ficar blavo com a Mila, nom vai? - seus olhos lacrimejaram.

– Ele não sabe? - negou. – Ele não vai ficar bravo com você, tá bom? - assentiu. – Ele te ama, e desse brinquedo nós compramos outro. Tem vários desse no “Toy Play”. Não se preocupe!

Me levantei a ajudando a fazer o mesmo. Ela pediu colo e eu a peguei. Ela fungou antes de apoiar a cabeça em meu ombro. Minha sogra entregou a mochila dela e a mamadeira também.

– Ela não comeu nada porque ficou preocupada com esse assunto. - explicou. – Tente fazer ela tomar no caminho.

– Claro!

– Boa aula, meninas! - desejou.

Coloquei a Camila no banco do passageiro e sua mochila no banco de trás. Prendi seu cinto antes de fechar as portas e seguir pro banco de motorista, apertando meu cinto também. Eu era muito rígida com esses negócios de segurança, desde pequena. Eu era precavida, puxei isso do meu pai. Porém ele era mais do que eu. Lembro da minha mãe contando uma vez que, quando eu comecei a dar meus primeiros passinhos na infância, ele praticamente ia sempre me seguindo pra garantir que eu não caísse. Isso durou até meus 8 meses. Pra minha mãe, foi uma época engraçada.