9 - Mila doesn't want to sleep!

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1 mês depois…

Lauren POV

Inco, cato, tês, dois, um e já! - sorri ao observar Camila começar a correr com o brinquedo do meu cachorro na mão. Ele odiava quando pegavam sua bolinha.

Era perto do final da tarde e estávamos brincando no quintal enorme da minha casa onde também ficava a piscina. Minha mãe convidou Os Cabello's pra almoçar aqui com a gente nesse fim de semana. Alejandro estava jogando ping pong com meu pai no terraço, minha mãe estava na cozinha conversando com Sinueh e eu fiquei com a tarefa de distrair a Camz e passar o máximo de tempo com ela.

O único problema foi que meu cachorro ganhou toda a sua atenção fazendo ela me esquecer completamente. Fiquei chateada, confesso, mas foi só um pouquinho. Eu deixei de me importar quando vi o sorriso lindo dela aparecer em seu rosto enquanto jogava a bolinha para Flinch, meu Pug, pegar.

Tudo ocorria bem até ela inventar de correr com a bolinha dele na mão, eu acho que eu deveria ter avisado ela no começo que ele não gosta quando fogem ou escondem seu brinquedo. É como se você quisesse declarar sua própria morte.

Quando Camila cansou ela soltou a bola dele e parou de correr, mas meu cachorro não fez o mesmo e continuou atrás dela que voltou a correr assustada e com medo. Seu olhar se encontrou com o meu em um pedido de ajuda e eu fui logo na direção deles. Parei na frente dela que pulou no meu colo enquanto eu tentava parar meu cachorro com o meu pé.

– Flinch, Hey, calma garotão! - pedi mexendo meu pé perto dele pra ele não avançar sobre nós. Ele arranhou minha canela mas se acalmou, sentou e ficou nos encarando com a língua pra fora. – Sua água tá aqui, ó.

Disse empurrando a vasilha com água fresca na direção dele que começou a tomar. Suspirei e encarei Camila que agora observava ele matando a sede. Ela me olhou e eu arqueei a sombrancelha pra mesma que sorriu sapeca pra mim.

Eu ia dizer algo mas fomos interrompidas por nossos pais que apareceram rindo de algum coisa. Eles nos olharam e sorriram pra nós duas.

– Vamos, filha? Precisamos ir pra casa! - Sinu disse se referindo a Camila que passou seus braços pelo meu pescoço.

– Mila nom qué ir pa casa, mamãe! - negou com a cabeça.

– Então onde quer ir?

– Mimir cum a Lolo. - disse e eu encarei os adultos.

– Bom, Lauren concordou com isso? - Alejandro me olhou.

– Na verdade eu nem sabia. Mas se vocês permitirem e meus pais também, seria um prazer dormir com ela hoje. - sorri levemente ao notar que Camila brincava com os botões da minha blusa.

– Sem problema nenhum quanto a nós, não é querido? - minha mãe encarou meu pai.

– Imagina, Camila é bem vinda pra ficar aqui quando quiser. - meu pai concordou.

– Sélio? - minha pequena perguntou surpresa com a resposta do meu velho que assentiu sorrindo com a feição da garota.

– Não deveria ter falado isso, agora ela vai querer dormir aqui todos os dias. - Alejandro comentou recebendo risadas.

– Se vocês deixam, não vejo problema em nossa filha dormir aqui. - A mãe de Camila aprovou antes de encarar o marido. – Algo contra?

– Bem… - fez suspense.

– Pu favozinho, papai! Mila pomete xe compotar. - Cruzou os dedinhos fazendo sua famosa cara do gato de  botas.

– Como resistir a esse rostinho, não é? - fez uma careta engraçada. – Claro que eu deixo minha princesinha, mas só se dar aquele abraço gostoso no papai!

Minha pequena desceu do meu colo e abraçou seu pai de modo apertado recebendo um beijo na testa, logo em seguida fez o mesmo de sua mãe. Eles iriam pra casa quando eu lembrei de algo.

– Dona Sinu, vocês trouxeram a bolsa da Camz?

– Sim, eu havia esquecido! - pôs a mão na testa. - Está no carro, venha conosco buscar.

Fomos até o veículo que estava estacionado em nossa garagem, peguei a mochila pequena e rosa antes de me despedir deles. Fui com a Camz direto pro meu quarto pois não tínhamos muita coisa pra fazer no andar de baixo, ainda estava cedo pra dormir por isso distrai ela com algumas brincadeiras.

– Lolo, Mila qué desenho. - falou abafado pela chupeta e apontou pra TV que tinha no meu quarto.

– Certo, o que quer assistir? - perguntei pegando o controle.

– Doki. - ela se levantou e sentou na minha cama, fiz o mesmo e coloquei no desenho desejado por ela.

A mesma apoiou a cabeça em meu ombro e pôs seu braço direito entre o meu braço esquerdo entrelaçando nossas mãos. A encarei sorrindo bobamente. Ela era tão linda! As vezes eu achava que era uma obra prima ou um anjo que Deus enviou pra mim.

Sai de meus pensamentos com o chamado de minha mãe, desci as escadas e fui até a cozinha onde tinha um prato com quatro sanduíches naturais e dois copos de sucos. Obviamente um dos copos tinha uma tampa com bico, pois Camila só bebia qualquer líquido em copos assim. Menos o leite que era na mamadeira.

Sorri e agradeci a minha mãe antes de voltar pro quarto tomando cuidado pra não deixar nada cair, entreguei o suco pra Camz que tomou um gole enquanto eu me sentava na cama. Pegamos um sanduíche e começamos a comer.

(…)

– Está na hora de dormir, Camz. Vamos, devolve meu celular! - pedi encarando ela que estava jogada na minha cama vendo vídeos infantis na internet.

– Masi Lolo, Mila nom tá com xoninho. - nem me encarou pra dizer isso.

– Não importa, já está tarde! - me aproximei dela. – Me dá o celular!

– Nom quelo!

– Camila…- tentei manter a calma.

– Mila nom qué mimir! - me olhou com uma feição brava e com os braços cruzados.

– Me dá meu celular!

– Nom! - afastou o aparelho.

– Me dá agora, Camila! - falei em um tom bravo e autoritário.

Ela fez bico mas me entregou o aparelho, suspirei ainda chateada com seu comportamento já que ela nunca me desobedeceu ou rebateu sobre minhas ordens. Tirei do vídeo e desliguei meu celular o colocando no criado mudo ao lado da cama.

– Vem, vamos trocar de roupa. - acreditem, minha voz ainda não estava mansa.

Ela me seguiu até meu closet onde eu peguei um dos meus moletons largos e quentinhos junto de um short que cabia nela. A ajudei a vestir e logo troquei as minhas roupas também. Os pais dela não trouxeram um pijama na bolsa até porque eles não imaginavam que ela dormiria aqui hoje, por isso emprestei uma das minhas roupas pra ela.

Depois que escovamos os dentes nos deitamos na cama, uma em cada canto. Ela estava quieta e eu também, não falaria nada ainda pra não acabar falando rudemente com ela. Não gostei da forma como ela me respondeu.

– Lolo? - sua voz baixinha e mansa preencheu meus ouvidos. Fiz um som nasal. – Diculpa!

Suspirei. Olhei em seu rosto e assenti.

– Tudo bem, mas não faça isso de novo. - pedi e ela concordou deitando a cabeça em meu ombro.

– Noite, noite, Lolo!

– Boa noite, pequena! - beijei seus cabelos e fechei meus olhos. Esperando o sono chegar.




I'll Give My Best For You (Camren Infantilismo)Onde histórias criam vida. Descubra agora