49 - All Or Nothing

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Lauren POV

"Hey, acorda!"

Eu ouvi uma voz. Algo como um sussurro atravessou os meus ouvidos. Eu não consegui abrir os olhos, por mais que eu tentasse. Algo me mostrava que eu estava fraca o suficiente pra não conseguir fazer isso por agora.

"Lauren, por favor, abra os olhos."

E lá estava, mais uma vez. Eu senti dois tapinhas fracos em minha bochecha esquerda. As mãos que seguravam meu queixo estavam geladas, até demais. Isso me incomodou, já que trouxe arrepios pelo meu corpo inteiro, de certa forma me deixando com frio.

"Lauren, eu preciso que abra os olhos por favor!"

A voz já estava um pouco mais desesperada. Parecia um tom familiar, mas o som saía um pouco abafado e isso não me deixava distinguir se eu conhecia realmente a voz ou não. Aos poucos, fui conseguindo abrir os olhos, mas bem perto disso acontecer, uma luz forte bateu em minhas íris, provocando uma ardência absurda e dolorosa. Fechei minhas pálpebras de novo rapidamente. Grunhindo baixinho.

"Droga!"

O tal rapaz resmungou entre dentes, piorando mais ainda minhas chances de ouvir certas coisas que ele dizia. Senti suas mãos em minhas duas bochechas segurando com força.

"Lauren, tente mais uma vez."

Eu não sabia o porque, mas algo me dizia pra seguir suas orientações. Meus sentidos simplesmente obedeciam tudo o que ele dizia, pareciam ter vontade própria. Porém, foi necessário obedecer. Eu realmente precisava acordar logo.

"Sim! Isso!"

Vibrou animado quando meus olhos foram se abrindo, mais devagar que uma tartaruga. Pisquei algumas vezes pra me acostumar com a luz vinda de uma janela com grades, bem no lado superior esquerdo. Eu levantei meu pescoço, sentindo aquela região doer bastante. E não era só isso, algumas partes do meu corpo estavam mais do que doloridas.

Pelo amor, alguém aqui me espancou e eu não tô lembrada?

Dei uma olhada ao redor, quando minha visão melhorou um pouco. Eu estava em uma espécie de galpão diferente, que mais parecia uma caixa feita de metal. Nela tinha duas cadeiras, uma de cada lado, direita e esquerda, bem no canto. Não tinha mais nada ali, além desses dois objetos.

Ao tentar mexer meu corpo, notei que ainda estava presa. Só que dessa vez ao invés de estar sentada, amarrada com cordas que realmente machucaram meus pés e pulsos, agora era algo bem diferente. Eu me encontrava em pé, com os pulsos presos por correntes, assim como meus tornozelos. Observei atentamente cada detalhe, e notei que pareciam ser feitos de um material muito bom. Isso me deixou um pouco assustada, com a possibilidade de nunca conseguir me soltar daqui.

Que merda é essa?

– Até que enfim, Lauren!

A tal pessoa parecia…aliviada? Franzi a testa em sua direção, mas me arrependi ao sentir uma dor de cabeça infernal. Por instinto, eu pensei em levar uma de minhas mãos até minha têmpora, mas lembrei que estava presa. O rapaz pareceu notar que eu estava com dor e mudou sua feição para preocupado. Algo que me fez ficar extremamente confusa. Ele caminhou até uma porta de metal, bem a minha frente, e pegou uma jarra com água, enchendo um copo.

– Aqui, beba isso.

Ele usava uma máscara, que só mostrava seus olhos e boca, por isso não pude ver seu rosto completamente. Caminhou até mim, e colocou o copo na minha boca, virando com cuidado pra não entornar. Eu bebi tudo, mas pedi um pouco mais.

I'll Give My Best For You (Camren Infantilismo)Onde histórias criam vida. Descubra agora