Capítulo 17 - Sonhos Proibidos (parte II)

20 1 0
                                    

Amélia não tinha mais sonhado com o futuro chefe e no decorrer da semana fez um grupo para se comunicar com as meninas, uma grande utilidade viria depois a esse grupo que receberia o nome de 'SOS'.

- Temos que ir ver nosso futuro chefe. - disse Fernanda.

- Ah sim, temos. - respondeu Melissa. – E podem me chamar de Mel.

A amizade entre as garotas começava para valer nesse momento, mas não vou estragá-lo adiantando as coisas.

- Quando podem? – Deise se pronunciou.

A reunião foi marcada numa tarde de quinta pelas meninas, Joaquim foi informado e pediu a Celina que cuidasse de tudo, conversando com Jane sentado em seu escritório apresentou o currículo das garotas.

- Gostou?

- Maravilhoso.

- E o que achou de Amélia?

Jane levantou os olhos para ele.

- Ah saquei, é ela, não é? Porque para você jogar assim tem alguma coisa aí.

- Ela? - se fez de desentendido. – Quero que dê algo de confiança para ela fazer.

- Ah é sim, com toda super certeza. E aí? Saiu com ela ontem?

Ao mencionar a palavra ontem Jane trouxe em Joaquim uma pontada no peito.

- Não, sai por aí, dormi com outra.

- E por que não com ela?

- Não sei, eu gostei dela, é uma moça bacana, mas...

- O que?

- Ela me trava, alguma coisa nela me pede para manter uma certa distância, mas eu gosto dela, sinto afeição e foi de imediato.

- Hã, e isso não pode evoluir? Precisa ver bem o que é isso aí, para mim ela foi mais fundo do que as outras e quem está com medo é você e aí se trava por receio. - Jane bateu as folhas em pé na mesa. Era a deixa, mas Joaquim prometeu uma semana... Mas doía ver Jane assim, com o rosto sério.

- A Elizabeth saiu ontem. – ele mandou.

- Sim.

- E falou com você?

- Sobre o que? – ela o olhou diretamente sem meio termo.

- Ah, eu comentei que um colega aqui vendia seu apê, foi isso. - ele relaxou na cadeira.

- Vou vê-la mais tarde, ela anda estranha. Vou falar sobre o apartamento.

- Espero que se entendam.

- Também espero, vou indo, até.

- Até.

Joaquim fungou, com a dúvida corroendo suas entranhas correu abrir seu notebook e falou com Amélia que estava online.

- Tem um tempo aí?

- Tenho.

- Minha colega traiu a mulher que é minha amiga, eu vi tudo, eu conto para ela ou eu fico quieto?

Amélia demorou a responder, nesse momento pensava sensatamente porque se desse o conselho errado se culparia caso ele fizesse uma merda.

- Depende, isso é difícil, elas são casadas e você pode destruir um casamento. Mas não que eu apoie traição.

- Eu não sei o que fazer, acabou de sair da minha sala e eu quase contei tudo para ela, me ajude nessa e te devo uma eternamente.

- Pode conversar com a outra e pedir que conte.

AMÉLIA (A garota e a flor)Onde histórias criam vida. Descubra agora