CAPÍTULO XLVIII

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SEXTA-FEIRA, 23:58

EVA P.O.V

Desço as escadas da casa do Even e ando em direção à sala, procurando pelos meus amigos. Logo acho a Vilde, o Isak e o Even dançando na pista, e vou até eles.

- Voltei. - digo.

- Já? - Vilde me olha com o cenho franzido.

- Pois é, já. - faço uma careta e ela me entende, rindo.

- Poxa, ele tinha cara de ser bom.

- Só a cara mesmo. - falo e todos eles riem - Cadê aquela garota que estava aqui? A... A Ella?

- Emma. - Isak corrige - Ela está... hum, ela está... - o vejo olhar pro Even meio desesperado, e o seu namorado simplesmente nega com a cabeça.

- O que foi? - pergunto - Que cara é essa de vocês?

- A Emma foi... ao banheiro. - Even sorri torto.

- E por que vocês estão assim?

- Porque... porque...

Ouço Vilde estalar a língua e suspirar.

- Parem de mentir pra Eva, ela merece saber a verdade. - ela diz - Uma hora ou outra ela vai olhar pra trás.

- Olhar pra trás? - pergunto, e assim faço.

Quando me viro, sinto o meu chão cair. A Emma estava nos braços do filho da puta do Christoffer, os dois quase se engolindo. Sinto uma pontada de raiva subir pela minha espinha e respiro fundo.

- Eva... - Isak tenta me consolar.

- Não fala nada, tá tudo bem. - me viro pra eles de novo - Eu vou só encher a cara até esquecer o meu nome, posso?

- Pode, e eu vou com você. - Vilde me leva até a cozinha e começa a preparar alguns drinks pra nós - Olha, desculpa por te fazer ver aquela cena, mas...

- Não precisa se desculpar. - a interrompo - Obrigada por aquilo, eu precisava cair na real. Às vezes eu ainda acho que tudo isso é um pesadelo e que eu e o Chris ainda somos próximos. Não é bom viver nessa ilusão, então obrigada.

- De nada... mas sem ficar na bad, hoje vai ser só alegria, e isso aqui vai te ajudar muito. - ela me entrega um copo com um líquido azul meio amarelado.

Cheiro antes de beber e faço uma careta.

- O que foi que você colocou aqui? Tá com cheiro de álcool de cozinha.

- Uísque, vodca e uma bebida azul que eu não faço a menor ideia do que é. Se você quiser posso colocar cerveja também.

- Tá doida? Desse jeito eu vou ter um coma alcoólico.

- É o objetivo. - ela dá de ombros rindo enquanto faz o seu drink também.

Quando está pronta, fazemos um brinde.

- À uma noite sem nenhum garoto nos atrapalhando! - ela grita.

- À uma noite sem nenhum garoto nos atrapalhando! - repito rindo e batemos os copos - Tim-tim!

Bebo cinco goles de vez e sinto a minha garganta arder. Isso tá puro álcool. Consigo sentir todo o caminho que a bebida faz pelo meu corpo de tão forte que ela é. E eu quero mais.

- Primeiro round, ok! - Vilde comemora e começa a fazer outro drink - Agora o segundo... vai ser só tequila, tá? Li em algum lugar que não se mistura tequila com outras coisas se você não quiser morrer.

- É melhor ser só isso então. - rio.

Ela prepara os drinks e fazemos um outro brinde à mesma coisa mais uma vez. Mas dessa vez, a bebida está em dois copos de shot, que eu viro sem problemas.

Heartburn - Chris & EvaOnde histórias criam vida. Descubra agora